RESUMO DAS 10 PRINCIPAIS DOUTRINAS BIBLICAS:
1. Bibliologia – A doutrina da Bíblia
2. Teologia – A doutrina de Deus
3. Cristologia – A doutrina de Cristo
4. Paracletologia – A doutrina do Espirito Santo
5. Angeologia – A doutrina dos Anjos
6. Eclesiologia – A doutrina da Igreja
7. Antropologia – A doutrina dos Homens
8. Soterologia – A doutrina da Salvação
9. Harmatiologia – A doutrina do Pecado
10. Escatologia – A doutrina das ultimas Coisas
BIBLIOLOGIA - Doutrina das Escrituras
I. INTRODUÇÃO
A) Terminologia:
Bíblia - Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17)
Escrituras - Termo usado no Novo Testamento (N.T.) para, os livros sagrados do A.T., que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2Pe 3.16)
Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12)
B) Atitudes em Relação à Bíblia:
Racionalismo -
a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.
b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão humana.
Romanismo -
A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final.
Misticismo -
A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.
Neo-ortodoxia -
A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.
Seitas -
A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor.
Ortodoxia -
A Bíblia é a nossa única base de autoridade.
C) As Maravilhas da Bíblia:
1) Sua formação: levou cerca de 1500 anos.
2) Sua Unidade: Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro.
3) Sua Preservação.
4) Seu Assunto.
5) Sua Influência.
II. REVELAÇÃO
A) Definição:
“Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”
B) Meios de Revelação:
1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)
2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)
3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)
4) Através de Milagres (Jo 2.11)
5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21)
6) Através de Cristo (Jo 1.14)
7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)
III. INSPIRAÇÃO
A) Definição:
Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).
B) Teorias sobre a Inspiração:
1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento.
2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.
3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (e.g., os Dez mandamentos).
4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais)
5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.
6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.
7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.
8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.
9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros.
C) Características da Inspiração Verbal e Plenária:
1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais.
2) Ela se estende às próprias palavras.
3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os.
4) Inclui a inerrância.
D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária:
1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador.
2) 2Pe 1.20,21. O “como” da inspiração - homens “movidos” (lit., “carregados”) pelo Espírito Santo.
3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2).
4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25).
5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35).
6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)
E) Provas de Inerrância:
1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4).
2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35).
3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, “descendente”; Mt 22.31,32, “sou”).
IV. CANONICIDADE.
A) Considerações fundamentais:
1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros.
2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.
B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.):
1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.).
2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29).
3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T.
C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.):
1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos?
2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?
3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja?
4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?
D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.):
1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16).
2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João.
3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.
V. ILUMINAÇÃO
A) Em Relação aos Não-Salvos:
1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4)
2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)
B) Em Relação ao Crente:
1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2).
2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)
VI. INTERPRETAÇÃO
A) Princípios de Interpretação:
1) Interpretar histórica e gramaticalmente.
2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo.
3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.
B) Divisões Gerais da Bíblia:
1) Antigo Testamento (A.T.):
A- Livros históricos: de Gênesis a Ester.
B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.
C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.
2) Novo Testamento (N.T.):
A- Evangelhos: Mateus a João.
B- História da Igreja: Atos.
C- Epístolas: de Romanos a Judas.
D- Profecia: Apocalipse.
C) Alianças Bíblicas:
Noética (Gn 8.20-22)
Abraâmica (Gn 12.1-3)
Mosaica (Ex 19.3 - 40.38)
Palestiniana (Dt 30)
Davídica (2Sm 7.5-17)
Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28)
Transcrito da “A Bíblia Anotada” Pg 1624,1625.
I. A Natureza de Cristo
A. A Natureza Humana de Cristo
B. A Natureza Divina de Cristo
1. Nomes Divinos:
2. Pelo culto divino que Lhe é atribuido:
3. Pelos ofícios divinos que Lhe foram atribuídos:
4. Pela associação de Jesus, o Filho, com o nome de Deus Pai (IICo.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19).
5. Atributos divinos Lhe são atribuídos:
5.1 Atributos de Natureza:
1. Profeta
III. A Obra de Cristo
1. Sua Morte.
2. Sua Ressurreição
3. Sua Ascenção. At 1.9
6 - PNEUMATOLOGIA – A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é uma das pessoas da Trindade Divina, sendo constituído da mesma essência da divindade e plenamente Deus, como Deus o Pai e Deus o Filho. A palavra espírito tem sua origem no hebraico – RUAH – ou no grego – PNEUMA – de onde vem a palavra pneumatologia, a doutrina do Espírito Santo.
As doutrinas da Trindade e das pessoas da divindade não são passíveis de entendimento racional pela mente do homem finito, mas são claramente reveladas pela Escritura. Por este motivo, é necessário buscar a confirmação bíblica de todas as afirmações referentes ao estudo da doutrina do Espírito Santo, a pneumatologia.
O Pai e o Filho são termos que indicam relacionamento, da mesma forma, o Espírito Santo é assim chamado pela sua natureza e pela sua operação como a causa da regeneração e santificação dos homens. O Filho é a perfeita imagem de Deus, e o Espírito é a operação do poder de Deus.
A natureza e ofício do Espírito:
Natureza: O Espírito não é uma emanação ou manifestação do poder de Deus, mas uma pessoa eterna e coexistente na essência do Deus único da Trindade Divina, ele é infinito, perfeito e santo possuindo todas as qualidades e atributos divinos em posse de sua pessoa, sendo distinto do Pai e do Filho em uma essência única que é o Deus da Escritura.
2 Coríntios 3,17: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”.
O Espírito de Deus é referido já no segundo verso da bíblia e em várias partes do Velho Testamento, porém os hebreus consideravam o Espírito como uma emanação de Deus ou como a simples presença ou o poder de Deus. O Espírito não deve ser visto como criado ou simplesmente emanando ou emanado do poder de Deus, mas como uma pessoa divina coeterna e coexistente com Deus. O Espírito pairava sobre o caos, transformando a matéria criada em um universo ordenado conforme a vontade de Deus.
Gênesis 1,2: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”.
Ofício: O Espírito executa no mundo criado as decisões de Deus, sempre procedente do Pai e do Filho. Ele é a fonte de toda a vida, ele habita no crente e provê a preservação de sua salvação, toda a inteligência dos seres vivos, desde a estrutura genética das plantas e animais microscópicos até o mais sofisticado cientista, tem sua fonte única na onipresença e onisciência do Espírito de Deus, a matéria é inanimada e só possui vida, movimento e intelectualidade através do Espírito, sempre provindo do Pai e do Filho.
Salmo 104,29-30: “Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó. Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”.
As operações gerais do Espírito referem-se às obras da criação e providência, pelas quais ele origina, mantém e dirige toda a vida natural, concedendo dons e restringindo o poder do pecado na realização do plano eterno de Deus. As operações especiais do Espírito referem-se à operação da redenção onde ele aplica a obra de Cristo nos escolhidos do Pai, concedendo, unicamente pela graça, os dons da fé, do arrependimento e preservando a salvação, pela sua comunhão permanente, durante toda a vida terrena do crente.
Romanos 8,11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
Cristo é a luz do mundo, dele emana todo o conhecimento de homens e anjos, salvos ou caídos, mas o Espírito é quem distribui estes dons, sendo a origem e razão da vida intelectual em toda a terra. O Espírito se relaciona com o homem através da mente extracorpórea, entende-se aqui a mente como a alma (espírito), que constitui juntamente com o corpo a unidade psicossomática do homem. O Espírito opera a natureza racional do homem através da alma, esta ação do Espírito é geral para toda a humanidade e não se relaciona com a ação santificadora que exerce nos regenerados para a preservação de sua salvação.
Jó 32,8: “Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio”.
Jó 35,10-11: “Mas ninguém diz: Onde está Deus, que me fez, que inspira canções de louvor durante a noite, que nos ensina mais do que aos animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos céus?”.
Esta sabedoria referida nestes versos, no livro de Jó, pode ser a sabedoria secular: cientistas, artistas, técnicos e enfim, todas as qualidades intelectuais que fazem o homem sábio em suas atividades no mundo.
O dom artístico e especial também provém do Espírito.
Êxodo 31,2-5: “Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores”.
A habilidade política e administrativa também é concedida pelo Espírito, como se pode ver em Moisés, Josué, nos Juízes, em Gideão e todos os líderes do povo judaico e também de outros povos, como por exemplo: Ciro e Dario.
Números 27,18: “Disse o SENHOR a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos”.
Ofício do Espírito na redenção do homem:
A encarnação: O corpo de Cristo no ventre da virgem foi gerado pelo poder de Deus através do Espírito Santo.
Lucas 1,35: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”.
A natureza humana de Cristo: Os dons da natureza humana de Cristo foram elevados a um patamar superior ao de todos os homens da história da humanidade através da ação do Espírito.
João 3,34: “Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida”.
O profeta Isaías já profetiza este fato alguns séculos antes:
Isaías 42,1: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios”.
A revelação: o Espírito é o único revelador da verdade divina, todos os profetas falaram pelo Espírito, todos os escritores bíblicos foram inspirados pelo Espírito e toda a revelação da Palavra aos eleitos de Deus é feita através do Espírito.
Miquéias 3,8: “Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado”.
É preciso lembrar sempre que a ação salvadora e preservadora do Espírito é proveniente da graça de Deus e da redenção adquirida por Cristo, sendo que o Espírito atua procedente do Pai e do Filho, toda a ação da salvação e da revelação da Palavra é obra da Trindade Divina, operada pelo Espírito em pleno consenso dentro da Trindade.
Lucas 11,13: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”.
A verdade de Deus: toda a verdade é revelada pelo Espírito, que transmite este conhecimento aos homens em maior ou menor grau, conforme os dons definidos pela graça de Deus, mas também pode trazer aos reprovados a operação do erro, afim de que não vejam, não ouçam e não sejam salvos. Os réprobos, todavia, não necessitam da operação do erro para que não venham a crer, pois o homem natural não discerne as coisas de Deus e nem pode conhecê-las, pois elas somente se conhecem através do Espírito.
1 Coríntios 2,14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
O ofício geral da redenção: todas estas funções do Espírito conduzem a uma atividade particular na redenção do homem que pode ser definida como: transmitir o conhecimento, convencer o mundo do pecado, aplicar o dom da fé em Cristo aos eleitos justificados, regenerar o homem e preservar sua salvação, trazer o arrependimento e a necessidade de mudança de vida, unir os crentes a Cristo e a si mesmos através da igreja.
A restrição do pecado: esta também é uma importante função do Espírito onde ele atua restringindo a possibilidade de homens e anjos caídos realizarem todo o mal que pretendem.
Pode-se ver, desta forma, que o Espírito Santo é o operador de toda a verdade, da santidade, da consolação e preservação dos eleitos e da igreja, assim como o equilíbrio do mundo pela restrição da maldade pretendida pelos réprobos e anjos caídos.
A DOUTRINA DO ESPÍRITO NA IGREJA CRISTÃ
Os cristãos primitivos, até o início do quarto século, acreditavam que havia um Espírito Santo, da mesma natureza do Pai e do Filho, pelo qual eles eram, por meio de Cristo, reconciliados com o Pai. Os crentes confessavam esta fé no ato do batismo e no recebimento da bênção apostólica. Não havia entre os teólogos da época uma definição da pessoa e ofício do Espírito Santo, mas no século terceiro a controvérsia ariana tomou vulto, e o Concílio de Nicéia, em 325 d.C. e logo em seguida o Concílio de Constantinopla, em 381 d.C. foi convocado para definir a doutrina do Espírito Santo.
O Credo Apostólico afirma simplesmente: Creio no Espírito Santo, estas mesmas palavras foram afirmadas no Credo Niceno, mas no Credo de Constantinopla, ficou definida a doutrina do Espírito, com a seguinte forma:
“Creio no Espírito Santo, o divino, o doador de vida, que procede do Pai, o qual deve ser adorado e glorificado com o Pai e com o Filho, e o qual falou pela boca dos profetas”.
O Credo Atanasiano, que veio logo em seguida afirma que:
“O Espírito é consubstancial com o Pai e com o Filho, é eterno e não criado, onipotente, igual em majestade e glória e procede do Pai e do Filho”.
As afirmações do Credo de Constantinopla, complementadas pelo Credo Atanasiano, permanecem até hoje como norma de igreja cristã, sendo todas as variações assumidas pelos arianos, sabelianos, socinianos, arminianos e dispensacionalistas consideradas heréticas e abomináveis a Deus e à igreja de Cristo.
A personalidade do Espírito
A personalidade, ou pessoalidade, do Espírito Santo somente é abordada com clareza no Novo Testamento, mas existem várias afirmações deste fato no Velho Testamento que não foram reveladas aos hebreus como manifestações pessoais, eles consideravam o Espírito como uma emanação do poder de Deus.
Na criação do mundo, de acordo com livro do Gênesis, além do segundo verso, onde o Espírito paira sobre o caos, Deus manifesta claramente a pluralidade de pessoas na sua essência.
Gênesis 1,26: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”.
Gênesis 11,7: “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro”.
AS PROFECIAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO NO VELHO
TESTAMENTO
Existem no Velho Testamento profecias sobre a
obra do Espírito Santo e o ministério de Jesus Cristo.
A unção do Espírito:
Isaías 61,1: (*) “O Espírito (RUAH) do SENHOR (YAHWEH) Deus (ADONAI) está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados”.
(*) Também fica definida, neste verso, a pluralidade de Deus, as três pessoas da divindade são apresentadas de forma distinta e pessoal.
O conhecimento:
Isaías 11,1-2: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.
A salvação do povo de Deus:
Isaías 44,3: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes”.
A regeneração:
Ezequiel 36,27: “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”.
O Pentecostes:
O profeta Joel prevê o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes.
Joel 2,28-29: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”.
A PROMESSA DO ESPÍRITO NO NOVO TESTAMENTO
Antes de sua morte, Jesus prometeu que ele e
o Pai enviariam a seus discípulos outro consolador, ou paráclito (Parakletos) -
o Espírito Santo - um ajudador e conselheiro que daria continuidade à obra de
Cristo. O fato de Jesus prometer outro paráclito indica que Jesus foi o
primeiro deles e promete outro que irá proceder à aplicação e manutenção de sua
obra, em seu nome e como um dom de Deus, infundindo e mantendo no crente justificado
a fé e o arrependimento para a vida, necessários à salvação. O ministério do
Espírito Santo é um ministério relacional e pessoal, o que implica na
pessoalidade do Espírito.
João 14,16-17: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”.
Após sua ressurreição Jesus coloca o Espírito sobre os apóstolos, afim de que o recebessem, como um dom de Deus, para a realização da obra a eles destinada. Pode-se observar claramente pela Escritura, que os apóstolos somente venceram o seu medo e timidez após a ressurreição. A obra dos apóstolos é a continuação da obra de Jesus, motivo pelo qual ele os envia no poder do Espírito.
João 20,22: “E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
Os apóstolos não receberam somente a ousadia através do Espírito, mas também foram guiados pela instrução do Espírito em seu ministério.
João 16,13-14: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.
O Pentecostes
O dia de Pentecostes é o dia da comemoração da colheita, era uma data festiva comemorada pelos judeus cinquenta dias após a páscoa, sendo uma festa importante no calendário judaico. Este foi o dia em que os primeiros cristãos receberam o Espírito publicamente, como demonstração do poder de Deus, falando em línguas diversas que eram entendidas pelos judeus de diversas localidades que haviam vindo a Jerusalém para a festa. Este foi um milagre de Deus, e, como todo o milagre, teve uma finalidade específica e determinada, demonstrando aos presentes o poder de Deus em Cristo através do Espírito para a salvação daquele que crê, tanto gentios como judeus.
Pode-se notar claramente nos versos abaixo, no livro de Atos, que as línguas faladas neste dia eram perfeitamente inteligíveis às pessoas presentes, tratando-se de línguas utilizadas usualmente em diversos outros países e regiões, línguas oficiais e reconhecidas pelos visitantes presentes como linguagem corrente em seus países de origem. Não se pode utilizar estes versos para justificar o falar em línguas que se vê hoje nas igrejas pentecostais, que não passam de grunhidos e sons grotescos e ininteligíveis, constituindo nada mais que superstição grosseira que desonra a igreja de Cristo.
Atos 2,4-6: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua”.
João Batista profetizou que Jesus batizaria com o Espírito, este fato havia sido previsto no Velho Testamento pelo profeta Joel e Jesus tinha repetido a promessa. O Pentecostes selou de forma definitiva o final da era do Velho Testamento e marcou o início do cristianismo. A partir do derramamento do Espírito no Pentecostes, o desenvolvimento do ministério cristão recebeu um avivamento formidável que o levou a todos os povos do mundo conhecido naquela época.
Colossences 1,6: “Que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade”.
A pessoalidade do Espírito Santo:
O Espírito Santo é descrito na Escritura como uma pessoa, tanto quanto o Pai ou o Filho. A negação da pessoalidade ou divindade do Espírito se constitui em heresia grave, pois nega a Trindade Divina e como consequência todo cristianismo. Por outro lado, existe hoje na igreja evangélica grande abuso no relacionamento com o Espírito nas religiões pentecostais e carismáticas.
É necessário muito cuidado com as referências e relações com o Espírito, não é possível ter muito ou pouco de um ser infinito, também não é possível a um ser onipresente estar em um lugar e não estar em outro, também não é possível a um ser onipotente estar em algum lugar com muito poder e em outro com menor poder, não se deve esquecer que o Espírito é Deus e usar o seu nome em vão é desobedecer aos mandamentos divinos, principalmente ao terceiro, que é o único mandamento que vem com advertência.
Êxodo 20,7: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
Nenhuma igreja ou denominação detém o poder de manipular o Espírito pretendendo fazer uso de seu poder em batismos, curas ou qualquer outra atividade, o batismo é em o nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e não no Espírito.
João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
Provas bíblicas da pessoalidade do Espírito Santo:
O Espírito Santo Fala:
Atos 8,29: “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o”.
O Espírito Santo ensina:
João 14,26: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.
O Espírito Santo busca:
1 Coríntios 2,10: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”.
O Espírito Santo testemunha:
João 15,26: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.
O Espírito Santo determina:
1 Coríntios 12,11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente”.
O Espírito Santo intercede:
Romanos 8,27: “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”.
O Espírito Santo se aborrece:
Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Estas afirmações somente podem ser dirigidas a um ser pessoal.
A divindade do Espírito Santo
O Espírito Santo é representado na Escritura como possuindo a autoridade e os atributos divinos, os Pais da Igreja nunca apresentaram dúvidas quanto à divindade do Espírito e também concordam com o fato de que ele é uma pessoa.
No velho testamento as realizações de Deus e do Espírito são usadas frequentemente de forma intercambiável.
Salmo 51,11: “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”.
Salmo 104,30: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”.
A bênção apostólica:
2 Coríntios 13,14: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”.
A fórmula batismal:
Mateus 28,19: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
O Espírito Santo é eterno:
Hebreus 9,14: “Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”
O Espírito Santo é Onipresente:
Salmo 139,7: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?”
Deixar de reconhecer a divindade do Espírito Santo é perverter e deturpar a doutrina da Trindade, perdendo-se assim o conhecimento do verdadeiro Deus. Não há serviço ou louvor verdadeiro quando o Deus da Escritura não é cultuado: o Deus da Trindade Divina.
Oséias 6,6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”.
As obras de Deus são realizadas pelo Espírito:
Criação:
Jó 33,4: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida”.
Encarnação:
Mateus 1,18: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo (*)”.
(*) Pelo poder de Deus, através do Espírito Santo.
Regeneração:
João 3,5: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.
A nova vida:
Romanos 8,11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
As profecias:
2 Pedro 1,21: “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”.
Vê-se ainda que no livro de Isaías, onde ele apresenta o SENHOR dos exércitos falando, o apóstolo Paulo reapresenta estes mesmos versos no livro de Atos como o Espírito assumindo esta fala;
Isaías 6,5-9: “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”.
Atos 28,25-26: “E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis”.
Novamente em Isaías, onde Deus foi contristado, o Espírito foi contristado e se tornou em inimigo pelejando contra eles.
Isaías 63,7-10: “Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades. Porque ele dizia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não mentirão; e se lhes tornou o seu Salvador. Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade. Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles”.
PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO
A maior prova da divindade do Espírito Santo é o pecado imperdoável conforme afirmado por Jesus quando confrontado pelos fariseus quanto à realização dos milagres em seu ministério. Os fariseus atribuíram os milagres de Jesus, executados através do Espírito Santo, a espíritos vulgares - a Belzebu, o chefe dos demônios - desprezando e blasfemando contra a ação do Espírito, o que provocou a reação de Jesus, afirmando que esta blasfêmia jamais seria perdoada neste mundo nem no mundo do provir. Esta é uma revelação inconteste da dignidade absoluta do Espírito.
A blasfêmia contra o Espírito santo:
Mateus 12, 31-32: “Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”.
O Espírito Santo tem o ministério de atuar na vida dos crentes, aplicando e preservando a salvação adquirida por Cristo.
A perseverança do crente somente é possível pela ação do Espírito, o homem natural, ou mesmo o regenerado, não tem capacidade, por si mesmo, para manter sua salvação. O Espírito também atua nos homens ímpios e nos anjos caídos, mantendo-os sempre voltados para o mau, mas exercendo a função de restrição do pecado, de forma que estes homens e anjos nunca conseguem executar todo o mal que pretendem. Ele habita nos crentes e também defende o crente das operações dos ímpios e do maligno, Satanás não está autorizado a tocar nos filhos de Deus.
Jó 1,12: “Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR”.
Por tudo que já foi dito, pode-se afirmar que o Espírito é uma pessoa e sua atuação é pessoal, por isso, são revelados na bíblia, alguns pecados contra o Espírito.
Mentir ao Espírito é mentir a Deus:
Atos 5,3-4: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”.
Entristecer o Espírito:
Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Resistir ao Espírito:
Atos 7,51: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”.
O pecado contra o Espírito é gravíssimo, como afirmou Jesus, todavia, não se deve esquecer que as pessoas que assim o fazem foram destinadas a isso na eternidade, os ímpios existem para que a glória de Deus se manifeste na salvação dos eleitos, e continuam praticando o mal para que se encha a medida de sua iniquidade.
Gênesis 15,16: “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus”.
Mateus 23,32: “Enchei vós, pois, a medida de vossos pais”.
PRINCIPAIS HERESIAS RELACIONADAS AO ESPÍRITO SANTO
Movimentos principais: A personalidade e/ou divindade do Espírito Santo foi negada na igreja primitiva pelos monarquistas sabelianos, pelos pneumatomaquianos, arianistas e outros.
Monarquismo: A divindade e pessoalidade do Espírito Santo foram negadas por Sabellius no terceiro século desta era e deu origem ao movimento chamado monarquismo. Sabellius sustentava que não existiam três pessoas na deidade, mas um só Deus que se manifestava em três formas diferentes (modalismo).
Arianismo: O bispo Árius, da igreja de Alexandria, também no terceiro século, sustentava que Cristo foi criado por Deus como um deus de menor poder, que por sua vez trouxe à existência o Espírito Santo. Dessa forma existiam três deuses diferentes (triteísmo).
Pneumatomaquianos: Também chamados macedônios, em referência ao bispo Macedônio, opunham-se à divindade do Espírito Santo, isto foi no final do século IV.
Socinianos: Durante a reforma, os socinianos, baseados nas idéias de Lélio Socínio, propagadas por seu sobrinho Fausto Socínio, consideram que em Deus há uma única pessoa e que Jesus Cristo é um homem comum.
Unitarianismo (Os irmãos que negam a trindade): O unitarianismo foi inicialmente uma manifestação dentro da reforma protestante, o intelectual espanhol Miguel de Servetto discordou da doutrina da Trindade e publicou vários livros a este respeito dando início às primeiras igrejas unitárias, os anabatistas. Este unitarismo pode se manifestar como uma forma de modalismo, ou seja, Deus é um só que se manifesta de várias formas ao longo da história, ou ainda pode também considerar Deus como uma só pessoa que é o pai de Jesus, um homem que foi elevado à divindade no seu batismo, ou ainda uma forma de arianismo. Esta vertende existe até hoje e não há uma definição única em sua manifestação.
O testemunho Interior do Espírito Santo
A Escritura revela por si mesma a prova inquestionável de sua autoridade divina, além disso, apresenta muitos sinais desta autoridade, todavia todas essas provas e evidências não são por si mesmas suficientes para persuadir qualquer pessoa de sua veracidade. Este convencimento e persuasão somente acontecem pelo testemunho interior do Espírito Santo, este era o ensino claro dos reformistas, principalmente João Calvino.
Existe uma grande diferença entre apresentar as provas e persuadir a pessoa, é preciso sempre, expor a Palavra com veracidade, paciência e conhecimento, mas, ainda assim, o ministério do ensino pertence ao testemunho interior do Espírito Santo, que atua unicamente mediante a pregação expositiva fiel das verdades bíblicas, abrindo a mente e o coração do homem para o entendimento e aceitação da Palavra.
Por este motivo, nenhum pregador tem, por si mesmo, a capacidade de conversão de seus ouvintes a não ser pelo ministério do Espírito.
Romanos 8,16: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
Esta persuasão do Espírito não se manifesta em atos exteriores, nem apresenta sinais evidentes da persuasão ou conversão, como por exemplo: falar em línguas ou entrar em êxtase. Muito menos é possível que uma pessoa, seja ela quem for, possa induzir, por sua vontade, algum ato do Espírito.
João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
A ação do Espírito é interna e pessoal, não se constitui em apresentação de novas informações, nenhum segredo, nada que não seja possível pela simples leitura ou pregação. Ele simplesmente age através da Palavra em conjunção com a graça de Deus e a redenção que há em Jesus Cristo, operando a regeneração que segue à justificação. Somente a pessoa justificada por Deus consegue entender as coisas do Espírito, antes disso a mente humana somente é capaz de pensar e agir em discordância e revolta deliberada contra Deus.
1 Coríntios 2,14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
Iluminação
A iluminação da pessoa destinada à salvação é um ministério do Espírito Santo, ela faz parte da graça concedida por Deus e começa no ato da justificação, despertando o interesse do crente pela Escritura, a curiosidade a respeito de Jesus Cristo, a compreensão progressiva da Palavra, a necessidade de se congregar com outros crentes e o serviço na obra de Deus.
A iluminação do Espírito se manifesta unicamente pela aceitação absoluta das verdades da Escritura - a soberania de Deus, a suficiência do sacrifício de Cristo e a total incapacidade humana - sem este entendimento, a iluminação do Espírito certamente não aconteceu, é isto exatamente o que diz Jesus.
João 16,13: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”.
Existe, de fato, bastante radicalismo nisso; deve-se culpar a Jesus? Ele diz que o Espírito guia a “TODA A VERDADE”. Não é uma aceitação parcial da Escritura, não é uma salvação a ser complementada, não é uma salvação a ser aceita ou rejeitada; todas essas coisas não provêm do Espírito, mas do ego humano.
O Espírito certamente guiará os filhos de Deus a “TODA A VERDADE”; ou então, o homem, ainda natural, acreditando em seus próprios méritos, engana-se a si mesmo em uma religiosidade vazia e desprovida de sentido que não leva à salvação de forma alguma, mas à hipocrisia, ao engano e à mentira.
Romanos 3,3-4: “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.
A OBRA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO
Regeneração, o novo nascimento:
A regeneração:
A regeneração é o dom da graça de Deus, é a obra sobrenatural do Espírito Santo realizada no salvo após a justificação pela exclusiva determinação de Deus. A Escritura revela que o homem natural não tem a capacidade de escolher a Deus, mas que todos os salvos foram escolhidos por Ele, por isso o ‘novo nascimento’ implica não só em uma nova vida agora, como também a vida eterna no mundo do porvir.
O efeito da regeneração é fazer com que o crente passe da morte para a vida espiritual através da mudança na disposição da mente, voltando o seu pensamento e suas ações para a obediência e o prazer na Palavra de Deus, os dons concedidos na regeneração são: a fé em Cristo e o arrependimento para a vida, desta forma, a justificação antecede à fé, pois a fé é um dom de Deus procedente da salvação, sendo infundida no crente através da ação do Espírito Santo.
Uma criança pode ser regenerada, tanto quanto um adulto ou idoso ou ainda uma pessoa incapaz, não existe a consciência de quando ou onde ocorreu a regeneração, somente se pode perceber a regeneração pelo amor a Cristo e a aceitação incondicional da Palavra (veja acima: “TODA A VERDADE”).
João 3,5-7: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”.
John Gill: “Água e Espírito (twnv – twlm), duas palavras hebraicas que expressam a mesma coisa: “A graça de Deus derramada através do Espírito”.
Habitação:
Quando a pessoa é justificada, ela recebe o Espírito, que passa a habitar com os filhos de Deus.
1 Coríntios 6,19: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”.
Batismo no (ou do) Espírito:
Somente Cristo pode batizar os eleitos com o Espírito Santo, unindo todos em um só corpo que é a Igreja de Deus (a Igreja Universal), nenhuma igreja, eclesiástico ou denominação detêm o poder de batizar no Espírito ou salvar quem quer que seja.
A expressão Batismo no Espírito ou Batismo do Espírito não existe na bíblia, somente a expressão Batismo com o Espírito e somente Jesus batiza com o Espírito:
- A previsão de João Batista:
Mateus 3,11: “Eu vos batizo com {com; ou em} água, para {para; ou à vista de} arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”.
Marcos 1,8: “Eu vos tenho batizado com {com; ou em} água; ele, porém, vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo”.
Lucas 3,16: “Disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com {com; ou em} água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”.
João 1,33: “Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com {com; ou em} água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com {com; ou em} o Espírito Santo”.
Em todos os versos paralelos nos evangelhos, João Batista afirma o seu batismo com água para arrependimento, ao passo que Jesus iria batizar com o Espírito. Ele contrasta o sinal externo do batismo, que é a água com o sinal interno que é privativo dos eleitos de Deus por intermédio de Cristo somente: o batismo com o Espírito.
O Pentecostes:
Joel 2,28: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões”.
Jesus promete que ele iria batizar os apóstolos com o Espírito no dia de Pentecostes, esta é uma promessa feita através do profeta Joel no Velho Testamento que foi cumprida neste dia, mas vemos que nenhum ministro ou apóstolo efetuou o batismo, este batismo com o Espírito aconteceu espontaneamente, pela única ação de Deus em Cristo, sem adição de nenhuma iniciativa por parte dos apóstolos.
Atos 1,5: “Porque João, na verdade, batizou com {com; ou em} água, mas vós sereis batizados com {com; ou em} o Espírito Santo, não muito depois destes dias”.
O que vemos aqui é que Jesus não outorgou a nenhum dos apóstolos este batismo, ele mesmo envia o seu Espírito a batizar aqueles destinados à salvação.
O verdadeiro sentido do batismo com o Espírito está na Carta aos Coríntios, esta sim é uma declaração da universalidade do batismo como um ato salvífico de Cristo.
1 Coríntios 12,13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”.
Este verso se refere ao batismo real, aquele que não é apenas uma manifestação externa ministrada pelo homem, este batismo é o “novo nascimento” outorgado diretamente pela graça de Deus em Cristo na justificação do crente, este é um ato divino concedido a todos os que passam, pela graça de Deus, a fazer parte do reino de Deus, ou da Igreja Universal que não é conhecida dos homens, somente Deus conhece seus filhos.
João 3,6: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
Este é um ato único que ocorre uma só vez na vida do eleito, a partir deste momento ele é eternamente salvo e jamais poderá perder esta salvação, pois é uma obra de Deus e não do homem, por este motivo, Jesus promete a suas ovelhas, nada menos que a vida eterna, não existe em toda a bíblia uma única justificativa, que seja, para a necessidade de uma segunda obra do Espírito na vida do crente, esta é, sem dúvida, uma heresia grave que não deve ser aceita em nenhuma hipótese.
João 10,27-29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.
Não existem classes de crentes diferenciadas através de sacramentos, esta idéia é herética e antibíblica.
O maior perigo dos dons espirituais na atualidade constitui-se no ensino fundamental das igrejas pentecostais e carismáticas: O Batismo no (ou do) Espírito. Esta é uma concepção, segundo a qual o crente precisa de uma nova obra de salvação que se manifesta em dons, supostamente concedidos pelo “espírito” e imediatamente após esse “batismo”.
A consideração pentecostal é que a pessoa a ser imersa é o “velho homem”; a mesma pessoa que emerge do batismo é o “novo homem” prenunciado no evangelho. Além da necessidade totalmente antibíblica da segunda obra da salvação o Batismo no Espírito atribui ao homem que batiza a capacidade da salvação e do novo nascimento, o que é uma heresia e uma versão moderna do pecado imperdoável, pois atribui ao homem a ação do Espírito, que procede somente do Pai e do Filho.
Já foi visto acima que expressão “Batismo no (ou do) Espírito” não ocorre na bíblia, as formas em que a fórmula do batismo ocorre são: Batismo de João, Batismo de Arrependimento ou Batismo com o Espírito Santo, este último realizado exclusivamente por Jesus.
Mateus 21,25: “Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele?”
Lucas 3,3: “Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados”.
O selo do Espírito:
Todos os homens e mulheres eleitos em Jesus Cristo têm uma garantia eterna de que perseverarão até o final e serão glorificados, essa regeneração somente pode acontecer pela obra do Espírito Santo, o selo e o penhor do Espírito são outorgados por Deus de forma imediata e permanente no ato da justificação.
É completamente errado e herético pensar que o crente somente irá receber o selo ou o penhor do Espírito pela perseverança e aperfeiçoamento após a justificação
(Lloyd Jones), o selo e o penhor do Espírito fazem parte imediata da justificação, que é um ato judicial de Deus.
2 Coríntios 1,22: “Que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração”.
Não se deve, em hipótese alguma, fazer distinções entre os crentes, sempre irão existir diferenças entre estes crentes, os dons de Deus são diversos e distribuídos pelo Espírito como convém a ele, não existem crentes mais santos ou melhores que outros, existem sim, crentes com dons diversos, mas isto não implica em diferença por classes, pois a eleição é eterna e assim é o chamado de Deus, uma vez que o crente foi justificado, ele está eternamente salvo.
A única diferença que existe é entre os eleitos e os réprobos, não importa o quanto estes réprobos sejam religiosos e falem em nome de Cristo, eles jamais aceitarão toda a Palavra sem que coloquem jeitosamente, à exemplo dos fariseus, alguma restrição.
Romanos 11,29: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”.
Encher-se do Espírito:
O enchimento com o Espírito é um dom de Deus, ninguém é capaz, por si mesmo, de atingir esta meta; a plenitude do Espírito nos crentes leva ao crescimento e amadurecimento no conhecimento e na adoração a Deus em Cristo. Este é um assunto delicado, não existe perante Deus um crente melhor ou mais habilitado que outro, não existem categorias de crentes, todos os eleitos são exatamente iguais perante Deus, pois ninguém é salvo pelos seus méritos, mas, todos são salvos somente pela justiça perfeita de Cristo, que é a mesma para todos.
Não existem pecadores condenados e santos salvos, o que existe são pecadores condenados e pecadores salvos pela justiça de Cristo. Os eleitos, já regenerados, apesar de constrangidos, continuam nos seus pecados e delitos carregando o peso do pecado original e dos pecados do dia a dia, incapazes em toda sua vida de agradar a Deus e perseverar em sua salvação à parte da comunhão permanente do Espírito.
Efésios 5,18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.
Isto não exime os crentes de se esforçar e procurar sinceramente dentro de si, força e determinação para cumprir os mandamentos e agradar a Deus, orando sempre e sabendo que somente irão perseverar através da graça de Deus em Cristo, aplicada pelo Espírito, todavia, o verdadeiro crente tem seu prazer e segurança na soberania de Deus.
Filipenses 2,13: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
Orientação:
Os crentes são instruídos e direcionados pelo Espírito na preservação, capacitação e orientação visando uma vida agradável a Deus, o que é impossível sem a intervenção divina, mesmo para os crentes regenerados e maduros na fé.
Gálatas 5,16: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”.
O Espírito Santo como Santificador
Na primeira carta do apóstolo Pedro, Deus diz: ‘Sede santos, porque eu sou santo’. O Deus cristão não é um deus caprichoso e cruel que enche seus filhos de desejos e exige continência, esta frase acima não é uma ordem, mas um decreto, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
Ninguém é interiormente santo no sentido de perfeição moral, a santidade no sentido da perfeição moral é própria somente de Deus, a santidade do homem se refere a um relacionamento com Deus, à simples separação entre os réprobos e os eleitos, mas jamais à perfeição moral que nunca será atingida por nenhum homem.
Por este motivo Deus envia aos seus filhos o seu Espírito que os ajuda e intercede por eles, de forma que o pecador justificado é regenerado e persevera na salvação somente pela ação contínua do Espírito durante toda sua vida terrena.
A perseverança se traduz no acatamento da Palavra de Deus e da fé em Cristo, pela qual, todo o louvor e adoração a Deus devem ser feitos conforme estabelecido em sua Palavra, todo o resto é invenção humana que nenhum valor tem para a glória de Deus e a fé em Cristo.
Apocalipse 14,12: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.
O que é a justiça do salvo? A justiça do salvo é a justiça de Cristo somente, ninguém possui justiça própria que o justifique ou constitua mérito para a salvação, por este motivo a justiça de Cristo tem que ser aplicada continuamente pelo Espírito, que irá prover a preservação do crente durante toda a sua vida terrena.
1 - Em primeiro lugar, todos os salvos são santificados com base no sacrifício de Cristo, que morreu em lugar do pecador e conquistou a justiça que jamais seria possível ao homem, quem é justificado recebe, pelo Espírito, o dom da fé em Cristo, quem crê no filho de Deus recebe a sua justiça por imputação.
Mateus 9,6: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados—disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”.
2 - Em segundo lugar, o crente somente é santificado nesta vida pela ação do Espírito Santo, que o capacita para agir de maneira agradável a Deus, veja, por exemplo, que crentes em Filipos, que já haviam recebido a unção do Espírito, temiam a Deus e eram obedientes e disciplinados.
Filipenses 2,12-13: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
O temor a Deus somente é válido quando se acredita no Deus triúno, soberano e determinador, transcendente e acima do tempo, do universo e de todas as criaturas criadas, somente esta visão da grandiosidade e soberania de Deus, presente igualmente em todas as pessoas divinas pode levar o crente ao temor e à verdadeira adoração.
Se alguém acredita em um deus da mesma natureza que ele e este deus vai depender da vontade e decisão do homem para realizar seus planos, temê-lo seria imoral, pois ninguém deve temer uma criatura da mesma natureza, pois todo aquele que acredita no livre-arbítrio está criando uma obrigação para Deus, que deverá
salvá-lo pelos seus próprios méritos: Se existe uma obrigação de Deus para com o homem, então, por que temê-lo?
A soberania de Deus e o ministério do Espírito
A salvação é o dom de Deus em Cristo, a obediência e o desenvolvimento da salvação também é um dom de Deus através do ministério do Espírito. Se alguém faz algo agradável em relação a Deus é porque assim foi determinado, pois é Ele quem efetua tanto o querer como o realizar através do seu Espírito, por isso, o orgulho e a vaidade não têm lugar na vida do cristão, apenas o temor e a gratidão a Deus.
Tito 3,5: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”.
A vontade e a determinação de Deus é tão abrangente nos crentes como nos ímpios, a soberania de Deus é absoluta no bem e no mal, Deus mantém os crentes, através do Espírito, direcionados para uma vida em constante regeneração. Ao mesmo tempo, mantém os ímpios, também pelo ministério do Espírito, sempre ativamente voltados para o mal, tanto para a execução do mal em si como para receber o ministério do engano.
Não se deve confundir estes fatos; a vontade de Deus não anula a personalidade do homem, este é sempre responsável pelas suas ações em qualquer situação.
1 Pedro 2,7-8: “Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos”.
OS FRUTOS DO ESPÍRITO
O crente, mesmo após receber a justificação, mesmo estando em regeneração pelo Espírito, mesmo sendo salvo, continua pecador, pois o homem jamais conseguirá nesta vida a santidade plena.
A justiça do salvo é somente a justiça de Cristo, o homem não possui justiça própria em nenhuma condição, todavia, os crentes regenerados têm sobre si o Espírito de Deus e isso produz frutos visíveis, são os frutos do Espírito que se manifestam no salvo, unicamente pela ação do Espírito.
Estes frutos do Espírito não constituem mérito para a salvação e não são frutos produzidos pelo crente através da ação do Espírito, são dons de Deus distribuídos pelo Espírito.
Os frutos do Espírito constituem a
manifestação visível da salvação, o Espírito milita contra a carne e a carne
contra o Espírito, no caso dos eleitos de Deus o Espírito irá sempre
prevalecer, mas o pecado habita no homem e ele sempre será tentado em toda a
sua vida.
Gálatas 5,17: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.
Mas, julgue cada um a si mesmo, ninguém deve
jamais se atrever a pronunciar juízo infamatório na observação dos frutos do
Espírito em outras pessoas, pois somente Deus conhece seus filhos e a hora em
que serão chamados.
Todavia, neste caso do julgamento cristão,
deve-se fazer aqui uma exceção vigorosa aos falsos mestres que se introduzem na
igreja proclamando doutrinas estranhas à Escritura, estes devem ser combatidos
aberta e decididamente até as últimas consequências.
Judas 1.3-4: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.
A natureza dos frutos do Espírito:
Os frutos do Espírito são manifestos em várias graças que não são próprias do homem natural.
Gálatas 5,22: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.
A unidade dos frutos do Espírito:
Os frutos do Espírito, ao contrário dos dons, são manifestos na vida do crente de forma global, não são manifestos alguns frutos em alguns crentes, mas todos os frutos simultaneamente em todos os que são realmente salvos. Isto porque a finalidade da regeneração é a de conformar o crente a Jesus Cristo.
Filipenses 2,5: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.
A santidade não será atingida nesta vida, essa pretensão só pode trazer insanidade e hipocrisia. O crente deve ter em mente o esforço constante e humilde para chegar o mais perto possível deste alvo apesar de saber que jamais atingirá a perfeição, mas pela ação do Espírito, poderá progredir em sua santificação paulatinamente durante toda sua vida.
Ora, se alguém recebe estes frutos pela graça de Deus, maior é o seu mérito visto procederem de origem divina, pois desta forma são permanentes e eternos, a soberania de Deus não constitui obstáculo, mas estímulo para os seus filhos perseverarem na salvação, pois o verdadeiro cristão conhece e entrega sua segurança somente à soberania de Deus.
1 Coríntios 9,25: “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível”.
Filipenses 3,14: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
OS DONS DO ESPÍRITO
Os dons do Espírito são capacidades, além dos talentos naturais das pessoas, dados pela ação interna e sobrenatural do Espírito Santo, estes dons serão descritos no próximo ítem. Esse é um assunto completamente subvertido pelas religiões pentecostais e carismáticas, principalmente, mas muito disto existe dentro da igreja cristã, a esse respeito é preciso fazer algumas considerações:
1 – Estes dons do Espírito não devem ser confundidos com os dons iniciais recebidos pelo cristão convertido (o novo nascimento), que são a fé e o arrependimento para a vida, estes dons resultam da justificação e são comuns a todos os crentes que receberam a graça de Deus em Cristo.
2 – Os dons sobrenaturais do Espírito não podem, de forma alguma, ser considerados como a necessidade de uma segunda obra do Espírito na vida do Cristão. O selo e o penhor do Espírito são concedidos no ato da justificação, neste mesmo ato o crente está salvo eternamente, e todos estes pecadores, regenerados pela graça de Deus, recebem imediatamente o Espírito e jamais perderão a salvação.
Não existem classes ou categorias de crentes, todos os salvos, são pecadores sem mérito algum e tem a seu crédito somente a justiça de Cristo, todos os eleitos justificados são iguais perante Deus que passa a ver todos estes pecadores regenerados como seus filhos adotivos pela ótica da vida de obediência irrestrita e da justiça perfeita de seu Filho amado.
Todo dom do Espírito provém de Deus em Cristo, a obra de salvação é sempre, do começo ao fim, uma obra do Deus triúno, este é um assunto que requer muito cuidado, pois a base da teologia carismática e pentecostal leva à adoração individual do Espírito e atribui a salvação a supostas manifestações físicas imediatas de dons concedidos, principalmente o falar em línguas, desta forma, criam-se classes diferenciadas de crentes, e atribui-se a denominações específicas a exclusividade da salvação, que pertence somente a Deus e não à igreja ou aos seus ministros.
A finalidade dos dons espirituais
Existem algumas questões a respeito dos dons do Espírito, porém muitas certezas reveladas na Escritura; nenhum dom do Espírito é concedido sem propósitos específicos, que são basicamente dois: o conhecimento de Cristo e a edificação da igreja. Se os dons não se encaixam em uma destas duas finalidades, eles são vãos e não procedem do Espírito de Deus.
- Conhecimento:
Todos os dons, concedidos por Deus através do Espírito, visam em última análise o pleno conhecimento de Cristo, sem o que, a obra missionária e a preservação da salvação se perdem por completo.
Efésios 4,11-13: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo. Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”.
- Edificação:
Um dom espiritual nada mais é que a capacidade de glorificar a Deus e transmitir o conhecimento de Cristo, este dom somente é legítimo quando edifica o Corpo de Cristo, isto é particularmente válido para o dom de línguas, é bastante claro que no dia do Pentecostes os cristãos falavam línguas inteligíveis a outros povos ali presentes, pois cada um entendeu perfeitamente o que era dito em seu idioma natal.
Atos 2,7-11: “Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?”
Continuando ainda neste item, segue abaixo a séria advertência do apóstolo Paulo quanto à inutilidade do dom das línguas quando não há entendimento
1 Coríntios 14,18-19: “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua”.
É preciso reafirmar, sempre e novamente, que os dons do Espírito se destinam ao conhecimento de Cristo e à edificação da igreja, ressaltando, porém, que a edificação da igreja provém unicamente do conhecimento, os dons são capacidades doadas pelo Espírito com a finalidade de dar a conhecer Jesus Cristo e participar com a igreja.
Os principais dons particulares distribuídos pelo Espírito e destinados à edificação da igreja são: ministério, ensino, exortação, contribuição, direção, misericórdia com alegria e o amor, que não é em si superior, mas necessariamente acompanha e complementa os outros dons quando verdadeiros, pois não existe superioridade de um dom sobre outro, mesmo considerando as diversas manifestações e atividades resultantes, todos são de igual dignidade.
Romanos 12,6-9: “Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria. O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem”.
O uso dos dons:
Ao contrário dos frutos do Espírito que se manifestam de forma uniforme nos salvos, os dons do Espírito nem sempre significam que a pessoa que os recebe é salva, a resposta a essa questão é como a pessoa usa este dom: a única forma apropriada é a que resulta no conhecimento de Cristo e na real edificação da igreja.
1 Pedro 4,10-11: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”
Todo cristão recebe, de alguma forma, a capacidade de servir a Deus por intermédio de dons espirituais, estes dons provém de Deus, e por isso, todo o crente tem o dever de desenvolver, e principalmente, usar adequadamente estes dons para o serviço que Deus concedeu.
Efésios 4,7: “E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo”.
O PERIGO DOS DONS ESPIRITUAIS
Os dons do espírito nem sempre são concedidos como uma bênção, muitas vezes eles são concedidos a pessoas perdidas e sem esperança de salvação, outras vezes eles produzem vaidade ou interesse financeiro nas pessoas que os recebem, tornando-os para perdição. Considerem o exemplo de Judas e Balaão, que receberam os dons do Espírito para sua própria perdição. Balaão recebeu de Deus a permissão para aderir a Balaque na maldição do povo judeu, a maldição não aconteceu, mas o plano sugerido por Balaão para perdição do povo judeu foi bem sucedido, vê-se claramente que todas essas atitudes foram provocadas deliberadamente por Deus e concedidas pelo Espírito que estava sobre Balaão.
Números 22,38: “Respondeu Balaão a Balaque: Eis-me perante ti; acaso, poderei eu, agora, falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei”.
A fórmula batismal em ligação com o dia do Pentecostes:
O derramamento do Espírito no dia do Pentecostes é uma continuidade no cumprimento do ministério de Cristo, o batismo com o Espírito é a obra eficaz da justificação, realizada através da justiça de Cristo, imputada ao crente pela graça de Deus através do Espírito.
João 7,39: “Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”.
O batismo com água é um sacramento e não deve ser confundido, este batismo é apenas a declaração pública da fé em Jesus Cristo, ao passo que, o Batismo com o Espírito é uma ação sobrenatural de Deus na justificação de seus eleitos – o novo nascimento.
A mais importante declaração bíblica a respeito do Batismo com o Espírito está na Carta aos Coríntios, aqui este conceito está explicado de forma correta como uma experiência universal dos eleitos de Deus, esta experiência não divide os cristãos em classes ou categorias de crentes, mas reafirma o sacerdócio de todo o povo de Deus.
1 Coríntios 12,13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”.
O Batismo no Espírito não deve ser procurado como uma segunda obra necessária na salvação, muito menos como uma expectativa de santificação nesta vida. A salvação é a obra sobrenatural do Deus triúno, concedida por Deus Pai na eternidade, realizada por Cristo na cruz do calvário e aplicada pessoalmente a cada crente pela obra contínua do Espírito Santo, por todas estas coisas, é preciso ver a obra do Espírito sempre em conexão com a Trindade Divina, o Espírito somente atua na obra da salvação do homem procedente do Pai e do Filho.
João 14,16-17: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”.
A palavra "anjo" significa mensageiro. Normalmente ela se refere a uma ordem de seres espirituais; em raras ocasiões, a seres humanos (como em Lc 7.24; Tg 2.25).
Todos os anjos foram originalmente criados num estado de santidade, mas alguns seguiram a satanás em sua rebelião contra Deus, tornando-se assim demônios. Alguns demônios vivem à solta, e outros estão confinados (2Pe 2.4).
Anjos são seres criados, subordinados somente a Deus (Cl 1.16). Sendo seres espirituais, não sofrem algumas das limitações comuns aos seres humanos. Têm organização e são divididos em ordens (Is 6.1-3; Dn 10.13; Ef 3.10; Jd 9). Anjos ministraram a Cristo várias vezes durante Seu primeiro advento e virão com Ele em Seu retorno (Mt 2.13; 4.11; 26.53; 28.2,5; Lc 22.43; 2Ts 1.7,8). Eles servem aos crentes (Hb 1.14) e os observam (1Co 4.9; 11.10). Miguel é o único designado "arcanjo" (Dn 10.12,21; Jd 9), embora Gabriel também tenha posição importante (Lc 1.19-26). Deus jamais disse a qualquer anjo que ele era filho, somente a Cristo e a respeito de Cristo.
Introdução.
1. A identidade da igreja.
1. 1. Conceito.
1. 1. 1. Igreja universal de Jesus (igreja
invisível).
1. 1. 2. Igreja local (Congregação).
1. 1. 3. Sempre se referindo à pessoas.
1. 2. A origem da igreja.
1. 2. 1. Sua origem profética.
1. 2. 2. Sua origem histórica.
1. 3. Títulos bíblicos dados à igreja cristã.
1. 3. 1. O povo de Deus.
1. 3. 2. O corpo de Cristo.
1. 3. 3. A noiva de Cristo.
1. 3. 4. A família de Deus.
1. 3. 5. O rebanho de Deus.
ANTROPOLOGIA: Doutrina do Homem
I. A ORIGEM DO HOMEM
A) Tipos de teorias evolucionistas:
Evolução ateísta -
Vê a geração espontânea como a causa original.
Evolução teísta -
Vê um poder divino como a causa original e a força diretriz.
Ambas podem incluir variações acidentais, seleção natural e transmissibilidade de características adquiridas.
B) Criacionismo:
A evidência da revelação bíblica -
a– Extensão da evidência. Embora a Bíblia não seja um livro de ciência, sempre que menciona um fato cientifico registra-o sem erro.
b– Autoridade da evidência. Tudo que a Bíblia apresenta como verdade tem autoridade divina.
Os fatos da evidência -
a– Bara’ é usado em Gn 1.1, 21, 27
b– A palavra dia é usada em relação ao nosso atual período de 24 horas, e é usada também para período mais longos de tempo.
c– A criação é apresentada como fato histórico em muitos lugares das Escrituras (Ex 20; Sl 8; Mt 19; Hb 4).
d– O começo do primeiro dia ocorre em Gn 1.3. O versículo 2 pode envolver um enorme período de tempo.
e– As eras geológicas podem ter ocorridos devido a uma catástrofe (relacionada ou não à queda de satanás) depois da criação inicial, ou podem ter sido causadas pelo dilúvio.
II. A PARTE MATERIAL DO HOMEM (CORPO)
A) Sua criação:
Gênesis 2.7 e 3.19
B) Suas designações:
Corpo Mt 6.22
Carne Gl 2.20
Corpo de humilhação Fp 3.21
Vaso de barro 2Co 4.7
Templo do Espírito Santo 1Co 6.19
C) Seu futuro:
Todos os homens serão ressuscitados dos mortos (Jo 5.28,29). Os não-redimidos serão ressuscitados para uma existência eterna no lago de fogo (Ap 20.12,15), e os remidos, no céu.
III. A PARTE IMATERIAL DO HOMEM (ALMA E ESPÍRITO)
A) Sua origem:
Gn 2.7
B) Sua característica:
“Imagem e semelhança de Deus”. O estado original de Adão era de santidade recebida mas não confirmada. Ele perdeu este estado com a queda, mas o homem ainda retém vestígios da imagem e semelhança de Deus. (1Co 11.7; Tg 3.9)
C) A transmissão da parte imaterial do homem:
Teoria da pré-existência.
As almas de todos os homens foram criadas por Deus no início do universo e são individualmente encerradas em corpos.
Criacionismo.
A alma do homem é criada por Deus quando seu corpo nasce.
Traducianismo.
A alma é transmitida por geração natural, tal como o corpo.
D) As facetas da parte imaterial do homem:
Alma.
A alma diz respeito à vida pessoal, ao indivíduo. Tem emoções (Jr 31.25) e guerreia contra as paixões da carne (1Pe 2.11).
Espírito.
Este termo é relacionado aos aspectos mais elevados do homem (Rm 8.16). Todos os homens têm espírito (1Co 2.11). O espírito também pode ser corrompido ( 2Co 7.1). Embora haja distinção entre alma e espírito, ambos são facetas da parte imaterial do homem.
Coração.
O coração é o conceito mais amplo de todas as facetas da parte imaterial do homem. E a sede da vida intelectual, emocional, volitiva e espiritual do homem (Hb 4.12; 4.7; Mt 22.37)
Consciência.
A consciência é uma testemunha interior que foi afetada pela Queda mas que, apesar disso, pode ser um guia seguro ocasionalmente (1Pe 2.19; Hb 10.22)
Mente.
A mente é aquela faceta imaterial do homem na qual está centralizado o entendimento. A mente foi afetada pela queda mas pode ser renovada em Cristo (Rm 12.2).
Carne.
Quando o termo carne significa natureza pecaminosa, refere-se também a um aspecto da natureza imaterial do homem. É completamente corrupta e não pode ser renovada, mas será erradicada na morte.
IV. A QUEDA DO HOMEM
A) Atitudes para com Gênesis 3:
O ponto de vista liberal.
Uma lenda, um quadro geral de religião e moral à luz de um período posterior.
O ponto de vista neo-ortodoxo.
Mito, história primitiva, supra-história ou “mito verdadeiro”. Os barthianos consideram o relato não histórico mas sua realidade espiritual verdadeira; i.e., verdade sem fato (se isto for possível)
B) Prova:
A proibição de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal era, em última instância, uma prova de obediência à vontade revelada de Deus.
C) A queda:
Em primeiro lugar, satanás tentou fazer com que Eva duvidasse da bondade de Deus porque Ele lhes vedara acesso a uma árvore (Gn 3.1, “toda”).
Depois, satanás ofereceu a Eva um plano substituto, que permitia comer do fruto sem sofrer a penalidade (vv. 4,5).
Eva justificou antecipadamente seu ato de comer o fruto (v. 6).
Por fim, Eva comeu e Adão a seguiu.
D) As penalidades:
Sobre a serpente.
Gn 3.14
Sobre satanás. V.15
a– Inimizade entre as hostes do mal e a descendência da mulher.
b– satanás teria permissão de infligir a Cristo uma ferida dolorosa mas não fatal (calcanhar).
c– satanás receberia uma ferida fatal (cabeça).
Sobre Eva e as mulheres. V. 16
a- Dor na concepção.
b– Submissão ao marido.
Sobre Adão e os homens. Vv.17-19
a– Maldição sobre o solo.
b– Cansaço e fadiga no trabalho.
Sobre a raça. Vv. 20-24
a– Comunhão com Deus quebrada.
b– Morte física.
c– Expulsão do Éden.
Fonte: “A Bíblia Anotada”
I - A natureza do pecado, perspectiva Bíblica:
1- Inclinação Interior: disposição interior que nos inclina para atos errados. os motivos são tão importantes quanto as ações. jesus usou a mesma veemência para condenar tanto a ira e a cobiça,como também o homicídio e o adultério. Mt 5.21,22,27,28.
" pecado é qualquer falta de
conformidade, ativa ou passiva, com a lei moral de Deus. isso pode ser uma
questão de ato, e pensamento ou disposição ou estado interior". Millard
.J. Erickson.
2 - Pecado é rebelião e desobediência: segundo a Bíblia, todas as pessoas estão em contato com a verdade de Deus, mesmo os gentios, não tendo a revelação especial, tem a lei de Deus escrita no coração. Rm 2.14,15. Adão e Eva rejeitaram a prerrogativa de Deus que era o dizer o que era certo e errado. rebelaram contra a autoridade de Deus. Gn 2.16,17.
3 - Implica incapacidade espiritual: altera nossa condição interior, nosso carater. A imagem de Deus segundo a qual fomos criados, fica deformada. Rm 1.21-31. a mente humana não é adequada para informar corretamente na orientação de nossa conduta. Somente por meio de uma renovação da mente, os indivíduos podem ser restaurados a uma condição espiritual aceitável. Rm 12.2.
4 - O desalojamento de Deus: colocar qualquer coisa no lugar que só pertence a supremacia de Deus. esta afirmação é sustentada tanto no A.T como no N.T. no Decálogo " não terás outros deuses diante de mim" Ex 20.3. a primeira proibição na lei. "amarás, pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração, alma, entendimento e de toda a tua força" Mc 12.30. Jesus afirmou ser o primeiro grande mandamento. a idolatria em qualquer forma, é a essência do pecado.
II - A Fonte do Pecado (causa que produz ao pecado) O
ensino Bíblico:
Somos pecadores por natureza, e estamos sendo influênciados, por forças que nos conduzem a pecarmos. o pecado não é causado por Deus Tg 1.13. "...Deus não pode ser tentado...e a ninguém tenta". "cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado uma vez consumado, gera a morte" Tg 1.14,15. os desejos que todo ser humano possui, a principio, são legítimos.
A satisfação desses desejos é indispensável para a sobrevivência do indivíduo ou da raça humana:
1 - a comida e a bebida, são essenciais porém quando procuradas apenas por prazer e em excesso comete-se o pecado da glutonaria.
2 - o impulso sexual, necessário para a propagação da raça humana e prazer, porém praticado fora do casamento é pecado.
Qualquer satisfação indevida de um desejo
natural é "concupiscência da carne" 1 Jo 2.16. na tentação de Jesus,
Satanás apelou para desejos legítimos, a forma e o cumprimento constituíam o
mal. pecamos por inclinação interior e indução exterior.
III - As Conseqüências do Pecado:
1 - Desfavor Divino: Deus odeia Israel por causa de seus pecados Os 9.15; Jr 12.8, Deus odeia os iníquos. Sl 5.5; 11.5. Deus odeia a iniqüidade Pv 6.16,17; Zc 8.17. os iníquos são descritos como os que odeiam a Deus. Êx 20.5; Dt 7.10, e odeiam os justos. Sl 18.40; 69.4; Pv 29.10. pecar é fazer-se inimigo de Deus Rm 8.7; Cl 1.21. em Tg 4.4 diz: "quem quizer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus".
2 - Desfiguração da Imagem Divina: O homem não perdeu completamente a imagem divina,ainda é considerado uma criatura á imagem,semelhança de Deus. Gn 9.6; Tg 3.9.
3 - Morte: uma das conseqüências mais óbvias do pecado é a morte. Rm 6.23 " o salário do pecado é a morte", Gn 2.17"...no dia em que dela comeres,certamente morrerás". Aspectos ; Morte [1] física. [2] espiritual. [3] morte eterna.
Quanto a morte eterna, é porque justamente se dá quando não mais há tempo, ou chance de arrependimento, depois da morte segue-se ao juízo,os que forem condenados para a morte eterna, foi devido a morte espiritual, mas enquanto a porta da graça está aberta ainda há esperança para esses que estão mortos espiritualmente.
10.ESCATOLOGIA:
Editado e postado por: Pastor Oséias Batista 30/10/2012.
1. Bibliologia – A doutrina da Bíblia
2. Teologia – A doutrina de Deus
3. Cristologia – A doutrina de Cristo
4. Paracletologia – A doutrina do Espirito Santo
5. Angeologia – A doutrina dos Anjos
6. Eclesiologia – A doutrina da Igreja
7. Antropologia – A doutrina dos Homens
8. Soterologia – A doutrina da Salvação
9. Harmatiologia – A doutrina do Pecado
10. Escatologia – A doutrina das ultimas Coisas
1.BIBLIOLOGIA:
BIBLIOLOGIA - Doutrina das Escrituras
I. INTRODUÇÃO
A) Terminologia:
Bíblia - Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17)
Escrituras - Termo usado no Novo Testamento (N.T.) para, os livros sagrados do A.T., que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2Pe 3.16)
Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12)
B) Atitudes em Relação à Bíblia:
Racionalismo -
a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.
b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão humana.
Romanismo -
A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final.
Misticismo -
A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.
Neo-ortodoxia -
A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.
Seitas -
A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor.
Ortodoxia -
A Bíblia é a nossa única base de autoridade.
C) As Maravilhas da Bíblia:
1) Sua formação: levou cerca de 1500 anos.
2) Sua Unidade: Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro.
3) Sua Preservação.
4) Seu Assunto.
5) Sua Influência.
II. REVELAÇÃO
A) Definição:
“Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”
B) Meios de Revelação:
1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)
2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)
3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)
4) Através de Milagres (Jo 2.11)
5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21)
6) Através de Cristo (Jo 1.14)
7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)
III. INSPIRAÇÃO
A) Definição:
Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).
B) Teorias sobre a Inspiração:
1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento.
2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.
3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (e.g., os Dez mandamentos).
4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais)
5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.
6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.
7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.
8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.
9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros.
C) Características da Inspiração Verbal e Plenária:
1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais.
2) Ela se estende às próprias palavras.
3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os.
4) Inclui a inerrância.
D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária:
1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador.
2) 2Pe 1.20,21. O “como” da inspiração - homens “movidos” (lit., “carregados”) pelo Espírito Santo.
3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2).
4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25).
5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35).
6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)
E) Provas de Inerrância:
1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4).
2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35).
3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, “descendente”; Mt 22.31,32, “sou”).
IV. CANONICIDADE.
A) Considerações fundamentais:
1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros.
2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.
B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.):
1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.).
2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29).
3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T.
C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.):
1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos?
2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?
3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja?
4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?
D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.):
1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16).
2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João.
3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.
V. ILUMINAÇÃO
A) Em Relação aos Não-Salvos:
1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4)
2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)
B) Em Relação ao Crente:
1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2).
2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)
VI. INTERPRETAÇÃO
A) Princípios de Interpretação:
1) Interpretar histórica e gramaticalmente.
2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo.
3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.
B) Divisões Gerais da Bíblia:
1) Antigo Testamento (A.T.):
A- Livros históricos: de Gênesis a Ester.
B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.
C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.
2) Novo Testamento (N.T.):
A- Evangelhos: Mateus a João.
B- História da Igreja: Atos.
C- Epístolas: de Romanos a Judas.
D- Profecia: Apocalipse.
C) Alianças Bíblicas:
Noética (Gn 8.20-22)
Abraâmica (Gn 12.1-3)
Mosaica (Ex 19.3 - 40.38)
Palestiniana (Dt 30)
Davídica (2Sm 7.5-17)
Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28)
Transcrito da “A Bíblia Anotada” Pg 1624,1625.
2.TEOLOGIA:
TEOLOGIA - A DOUTRINA DE DEUS
- “Deus
é o infinito e perfeito espírito no qual todas as coisas têm origem,
preservação e finalidade”.
“Deus é espírito, infinito-eterno-imutável em
Seu: ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade, e verdade.”
-Teologia
É a disciplina que estuda Deus e Suas obras.
Ela se distingue da Ética, mesmo da Ética Cristã; da Religião (exteriorização
do meu relacionamento com Deus); e da Filosofia (tentativa de conhecer todas as
coisas só pelo uso da observação e da razão, sem partir de Deus e Sua Palavra,
e nunca podendo trazer ninguém a Cristo 1Co 1:21 (1Co 2:6-8)). .
Teologia é incontornável: mesmo quem se
recusa a formular suas crenças teológicas tem doutrinas (=ensinos)
consideravelmente definidas, ainda que grosseiríssimas. Isto é inevitável,
devido ao instinto sistematizante do intelecto, que não se contenta com uma
mera acumulação de fatos, mas busca organizá-los num sistema. Assim, é
indispensável o estudo da teologia com nosso mais alto esforço, para nos
assegurarmos de que nossa teologia é a certa, sã.
Teologia é necessária para o crente: por
causa da penetrante descrença e heresias desta época 1pe 3:15b (Lc 18:8; ef
4:14); porque Deus não quis nos dar as escrituras em forma sistematizada (Mt
13:11-13), deixando a nós o estudá-las e sistematizá-las 2tm 2:15; para
desenvolver em nós o caráter de cristo (só crendo certo é que podemos viver
certos) (ef 4:13); para podermos servir ao senhor efetivamente (2tm 4:2; Tt
1:9).
DEUS EXISTE
A EXISTÊNCIA DE DEUS É ESTABELECIDA PELA RAZÃO
a. Argumento da “Intuitividade” ou “Crença Universal”
Rm 2:15 [14-16]; 1:19-20 (Rm 1:19-23, 28,32; Jó 32:8; At 17:28-29):
1) A Crença na existência de Deus é universal; é também necessária (no
sentido de que é a “posição normal do pêndulo”: qualquer desvio dela é
temporário e contra nossa natureza); portanto, esta crença é intuitiva, inata; não é mero resultado de
tradições, educação, raciocínio acurado e educado;
2) Portanto, a crença na existência de Deus foi colocada no coração do
homem;
3) Só Deus poderia fazê-lo;
4) Logo Deus existe.
b. Argumento da Causa-e-Efeito:
Todo efeito tem uma causa apropriada (Hb 3:4).
Portanto:
1) O poder, a inteligência, o propósito evidentes na natureza exigem e
provam que Deus existe e que tem infinitos poder, inteligência e propósito;
2) O fato de o homem ser uma pessoa e ser moral exige e prova que Deus
existe e que é a perfeição do saber, do sentir, do decidir, e do bem.
Poderíamos dividir o
argumento da causa-e-efeito em QUATRO:
- Argumento Cosmológico (da causa do universo)
Hb 3:4:
1) A 2a. Lei da Termodinâmica diz que a entropia do universo sempre
aumenta (o caos e desordem do universo aumentam, sua energia disponível
diminui); Daí: Se o universo fosse eterno, sua energia utilizável, na
eternidade passada, teria que ter sido infinita, o que é impossível; Logo o
universo teve origem;
2) No universo, todo efeito tem que ter tido uma causa apropriada;
3)Logo o universo é o efeito de uma causa sem causa, transcendente (fora
do universo e em tudo seu superior): Deus.
-Argumento Teleológico (da causa da ordem e propósito no
universo)
Sl 19:1-3; Rm 1:20 (Sl 8:3-5; 94:9; Rm 1:18-23):
1) A ordem e propósito num sistema implicam inteligência e
propósito na sua causa;
2) Há assombrosa ordem e propósito no universo (o “ateu” Galeno criou “hino”
de louvor a Deus, ao dissecar anatomia humana; Isaac Newton tapou a boca de
“ateu” ao deslumbrá-lo com miniatura do sistema solar e dizer “não teve
designer”;...);
3) Logo, o universo tem um designer transcendente, um originador e
mantenedor das suas leis, inigualavelmente inteligente e com propósito: Deus.
- Argumento Ontológico (da
causa da idéia de Deus):
Todo homem, mesmo que
sufocada e vagamente, tem a idéia de um Deus infinito e perfeito (At 17:21-23
[“ao Deus desconhecido”]; Rm 1:18-20); Esta idéia, por ser infinitamente
superior ao homem e ao universo, neles não pode ter se originado; Logo ela só
pode ter se originado em Deus, que existe e é infinito e perfeito.
- Argumento Antropológico
ou da Causa da Moral
Rm 2:14-15 (Gn 39:9 [José e a esposa de Potifar; Sl 32:3-5; 38:1-4;
Ec 12:14; Mq 6:8; Rm 1:19-32; 2:14-16].): Uma voz insilenciável fala
incessantemente à consciência, exige-lhe obediência e assevera de um Juiz que
punirá cada desobediência [“Não fora esta voz... e eu seria ateu” cardeal
Newman]; Esta voz sobre a consciência não é nem imposta pelo indivíduo nem pela
sociedade (freqüentemente lhes é contrária!); Portanto, existe alguém que fala
à nossa consciência, que é bom, justo juiz, senhor, autor e mantenedor de uma
lei moral permanente, absoluta e mandatória: Deus.
c. Argumento da “congruência” ou “harmonia com os fatos”:
Se um postulado é o único que (ou, de longe,
o que mais) se harmoniza com (e explica) uma série de fatos, então ele é crido
e tomado como verdadeiro (exemplo: a teoria subatômica). a existência de Deus é
a única (ou, de longe, a melhor) explicação para a: crença universal na sua
existência, nossa natureza moral e mental, nossa natureza religiosa, os fatos e
as leis do universo. (ateísmo, panteísmo, agnosticismo, etc. não provêm uma
explicação adequada, nem satisfazem nosso coração). portanto, Deus existe, é
bom e santo, e todo-poderoso.
A EXISTÊNCIA DE DEUS É ASSUMIDA PELA REVELAÇÃO:
Gn 1:1 (Sl 14:1; 94:9-10; Is 40:12-31; Hb 11:6).
A Natureza De Deus (Revelada Por Seus Atributos)
- Nossa razão, mesmo imperfeita, já nos
ensinou muito sobre os atributos de Deus.
- a natureza, de um modo que deixa o homem sem desculpas Rm 1:20, prega
que Deus é: glorioso Sl 19:1; bom At 14:17; eterno e poderoso Rm 1:20;
- Aprendamos, agora, da Sua Palavra, perfeita:
OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS
a. Deus é a Vida: Jo
5:26 (Jr 10:10-15; At 14:15; 17:25; 2Cr 16:9; Sl 94:9-10). Deus é a
fonte de toda a vida 1 Ts 1:9 (Jr 10:10-16; Ha 2:18-20).
b. Deus é Espírito, incorpóreo, invisível, sem substância
material, sem paixões ou partes físicas, portanto livre de todas as limitações
temporais. Jo 4:24. No V.T.: Dt
4:15-20, 23 (Is 40:25; Ex 20:4). No N.T.: Lc 24:39 (1Tm 1:17; Cl 1:15; At
17:22-29; At 14:8-18).
c. Deus é Pessoa, existência dotada de autoconsciência e autodeterminação [plano para futuro].
De intelecto [poder de pensar], sensibilidade [poder de emoções e sentir], e
volição [poder de decidir, vontade].
Tem Nomes de Pessoa: Ex 3:14 (Jo 8:58): “EU SOU” = “Eu sou o que
sou” --> auto-suficiência + soberania absoluta + imutabilidade.
Os nomes de Deus dizem-nos que Ele é pessoa, e
ensinam-nos muitos dos Seus atributos:
ADONAI
|
Senhor
(=dono-controlador-provedor » KURIOS)
|
Merece obediência Gn 24:3, 7,12; Js 5:14
(Aplic: Ml 1:6; Jo 13:13; dá-nos provisão Fp 4:19).
|
EL
|
O Poderoso
e Majestoso
|
Gn 1:1; Sl 19:1
|
ELOHIM
|
Plural de “El”, aludindo à Trindade
|
Gn 1:1 (verbo singular!)
|
EL ELION
|
O Poderoso
Altíssimo, Sumamente Poderoso
|
Cuida de tudo, cuida pelos filhos Gn 14:22
|
EL OLAM
|
O Poderoso Eterno
|
Nunca cansa de cuidar dos Seus Is 40:28-31
|
EL ROI
|
O Poderoso que Vê
|
Nunca esquece nem deixa de cuidar dos Seus Gn 16:13
|
EL SHADAI
|
O Todo-Poderoso
|
Cuida dos Seus, como mãe a bebêzinho @ Sl 91:1; Gn 17:1
|
YAHWEH (JEOVÁ)
|
O Eterno e Auto-existente
(“Eu Sou”)
|
Gn 2:4. O Deus do pacto @
|
JEOVÁ ELION
|
O Auto-existente Altíssimo
|
Deus dos deuses, exaltado, elevado,
transcedente Sl 7:17;47:2
|
JEOVÁ JIRÉ
|
O Auto-existente Proverá
|
Gn 22:13-14. Cordeiro substituindo Isaac @
|
JEOVÁ MIKADISKIM
|
O Auto-existente vos Santifica
|
Ex 31:13. Dá remissão, preserva, santifica @
|
JEOVÁ NISSI
|
O Auto-existente Nossa Bandeira
|
Conduz, lidera, faz-nos mais que vencedores
Ex 17:15 @ (Aplic.: Sl 20:7).
|
JEOVÁ RAA
|
O Auto-existente Meu Pastor
|
Sl 23:1 (Sl 95:7). Guarda, guia, nutre... @
|
JEOVÁ ROPECA = JEOVÁ RAFA
|
O Auto-existente Nos Sara
|
Ex 15:26. Recostura @
|
JEOVÁ SABAOTE
|
O Senhor
dos Exércitos
|
1 Sm 1:3; Is 6:1-3. Poder e governo (homens,
estrelas, anjos)
|
JEOVÁ SHALOM
|
O Auto-existente Nossa Paz
|
Jz 6:24. Paz com e de Deus... @
|
JEOVÁ SHAMÁ
|
O Senhor está Presente
|
Ez 48:35. Presença pessoal! @
|
JEOVÁ TSIDEKENU
|
O Auto-existente Nossa Justiça
|
Jr 23:6 Justiça imputada @ (Aplic.: 1Co 1:30)
|
Tem Pronomes de Pessoa (masculinos, não neutros): Sl 116:1-2; Jo
17:3.
Tem Características e Propriedades de
Pessoa: Provê Sl 104:27-30. Cuida 1Pe 5:6-7. Conhece
Jo 10:15. Entristece-se Gn 6:6; Ef 4:30. Ira-se 1Rs 11:9. Odeia Pv 6:16. Tem
zelo (ciúme, cuidado) Dt 6:15 @.
Ama Jo 3:16; Ap 3:19 Decide Jo 6:40. É amigo Jo 15:15; Hb 4:15-16.
Mantém Relações de Pessoa com o Universo e
com os Homens: É o:
-Criador
(poder eterno e infinito) de tudo: Gn 1:1 (Gn 1:26; Jo 1:1-3; Ap 4:11);
-Preservador
de tudo (em contínua relação pessoal) Hb 1:3 (Cl 1:15-17) (isto refuta o Deísmo);
-Benfeitor
de todas as vidas Mt 10:29-30 (1Rs 19:5-7; Sl 104:27-30; Mt 6:26; At 17:28; Tg
1:17);
-Governante
e Dominador das atividades humanas Rm 8:28 @ (Gn 39:21; 50:20; Sl 75:5-7; 76:10; Dn 1:9);
- Pai
de Seus filhos Gl 3:26 (Jo 1:11-13; Hb 12:5-11).
Deus é Tri-Uno (3 pessoas em 1 só Deus) Consoantes à
Bíblia, cremos em (e adoramos) 1 só DEUS, que em substância e natureza é
1, único, indivisível e sem similar, mas que, ó infinito mistério, é também 3 pessoas (o Pai, o Filho, e o
Espírito Santo) eternamente: co-iguais, inter-existentes; inter-constituídas;
inter-relacionadas; não separáveis mas não confundíveis; em concorde união e
comunhão; as mesmas em substância mas distintas em subsistência. O Filho
foi “gerado eternamente” pelo
Pai Jo 1:14, o Espírito “procede
eternamente” do Pai e do Filho Jo 14:16,26; 15:26.
Deus é
1 Só: A razão diz que há 1 só Deus, pois Ele é Todo-Poderoso, Todo-Suficiente, Auto-Existente, é Toda a Perfeição. A Revelação diz o mesmo,
que há 1 Só Deus: Dt 6:4
(Dt 4:35; Is 43:10; 44:6-8; 45:5-6; 46:9; Mc 10:18; 12:29; Ef 4:4-6; 1Tm
2:5; Tg 2:19).
Deus é
3 Pessoas (Pai, Filho, e Espírito
Santo):
-No V.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa
diretamente Is 48:16; 61:1-2. É insinuada em
Sl 2:6-9 (Sl 2:1-9; 45:6-8; 110:1-5; 63:9-10; Zc 2:10-11; At 13:33); O Espírito
Santo é aludido na criação Gn 1:2; O Anjo do Senhor (Cristofania) é distinguido de Deus e
identificado como Ele Gn 22:11-12 (Gn
21:17-18; 16:7-10,13). Deus tem nome plural “Elohim” (com verbo singular, em Gn 1:1, etc.!).
-No N.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa mais
explicitamente 1Jo 5:7
(Textos Recebidos!). É vista na
comissão apostólica Mt 28:19-20; na
bênção apostólica 2Co 13:13-14; no
batismo de Jesus Mt 3:16-17; no seu ensino Jo 14:16,26 (Jo 16:7-10); no ensino de Paulo
1Co 12:4-6 (At 20:28; Ef 4:4-6).
Deus é AUTO-Existente (portanto transcendente), causador
incausado, sem início. Jo 5:26 (Ex 3:14 [“Eu Sou”]; At 17:24-28; Rm 11:36; 1Tm
6:15-16).
Deus é Eterno, sem princípio nem fim, não limitado pelo
tempo (mas autor e consciente dele e da sua seqüência) Gn 21:33 (Ex 3:14; Dt 33:27; Sl
90:2; 93:2; 102:11,12,24-27; Is 44:6; 57:15; Jo 8:56-58; Hb 1:1-12; 2Pe 3:8; Ap
1:8).
Deus é Imutável, porque o Perfeito não muda na Sua natureza,
atributos e conselhos (decretos). Mas Ele sente e age, só que sempre em coerência com Sua natureza e caráter,
imutáveis. Ml 3:6 (Nu
23:19 + Hb 6:17-18; 1Sm 15:29 e Sl 102:26-27; 2Tm 2:13; Hb 13:8; Tg 1:17).
Deus é Onisciente, conhece perfeita e simultaneamente, e como
em um eterno “agora”, todas as coisas que são Rm 11:33 (Dt 29:29; Sl 147:4-5; Is 40:28). Deus conhece: nosso
coração 1Jo 3:20; tudo o que
acontecerá At 15:18 (Is 46:9-10; At
2:23); tudo que aconteceria em todas as circunstâncias possíveis (1Sm
23:12; Mt 11:23); o plano
total dos séculos Ef 1:9-12 (Pv 5:21; Rm
8:28-30; Ef 3:4-9; Cl 1:25-26); o bem e o mal Pv 15:3 (Ml 3:16); os homens Pv 5:21 (Ex 3:19; 2 Rs 7:1-2; Sl 33:13-15; 41:9; Sl 69:5; Jr
1:5; Mt 10:30; 20:17-19; At 3:17-18; Gl
1:15-16; Hb 4:13; 1Pe 1:2; 1:20 +
Mc 13:32); tudo na
natureza, toda estrela, todo passarinho
Jó 37:16; Sl 147:4; Is 42:9;
Mt 10:29-30; os feitos do homem Sl 139:2-3; Jr 16:17; as palavras do
homem Sl 139:4; os pensamentos e
imaginações do homem 1Rs 8:39; 1Cr 28:9; Sl 44:21; 139:2,4,11,13; Lc 16:15; Rm 8:27; 1Jo 3:20; as
necessidades e tristezas do homem Ex 3:7; Mt 6:32.
Deus é Onipotente, tem todo o poder, pode fazer acontecer tudo
que deseje Mt 19:26 (Gn
17:1; 18:14; Ex 6:3; Jó 42:2; Sl 93:3-4; 115:3; Jr 32:17; Ap 19:6). Fp 4:13. Deus domina sobre: a natureza Gn 1:1-3 (Sl 33:6-9; 107:25-29; Na 1:3-6); a experiência
humana Gn 39:2-3,21; Ex 7:1-5; Sl
75:6-7; Dn 1:9; 4:19-37 (Sl 76:10; Lc 12:13-21; Jo 17:2; At 17:28; Tg 4:12-15);
os anjos Dn 4:35 (He 1:13-14); os
demônios Jó 1:12 (Jó 2:6; Lc 22:31-32;
Tg 4:7; Ap 20:2).
Deus é Imenso
e Infinito: enche e ultrapassa todo o espaço (1Rs 8:27;
Is 66:1; Jr 23:23-24).
Deus é
Onipresente: imanente, simultaneamente presente em todos
os locais Sl 139:7-10 (Jr
23:23-34; Mt 18:20; At 17:24-28). No
presente tempo: a presença, o trono e a glória de Deus se manifestam de forma toda especial e plena no céu
Jo 20:17 (1Rs 8:30; Mc 1:9-11; Jo 14:28; Ap 21:2-3,10,22-23; 22:1,3). Deus Filho manifestou-se na terra Jo 3:13 e agora está no céu At 7:56; Ef 1:20. Deus Espírito Santo manifesta-se: na natureza
Gn 1:2; Sl 104:30; em todos os crentes
@ Jo 14:16-17,19-20,23; Rm 8:9; e junto aos
descrentes Jo 16:7-11.:
Deus é Auto-Suficiente: não precisa de nada nem de ninguém Sl
50:10-12.
Deus é Sábio: 1Tm 1:17; Jd 1:25.
Deus é Soberano sobre
tudo e todos: 1Sm 2:6-8;
1Cr 29:11-12; Ap 4:11.
Deus é Incompreensível: Jó 11:7-9; Rm 11:33.
Deus é Inescrutável: Rm 11:33.
OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS
Deus é Santo, exaltado sobre tudo, inteiramente separado
de todo o mal e tudo que conspurca Lv
11:44 (Ex 15:11; Lv 11:43-45; Dt 23:14; Jó 34:10), absolutamente
perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e caráter 1Jo 1:5; Sl 99:9 (Is 57:15;
Ha 1:13; 1Pe 1:15-16). Hb
12:28-29; 1Pe 1:15-16. A santidade de Deus é o Seu atributo mais
exaltado e destacado, que governa todos os demais! Is 6:3; Ap 4:8. São Santos: O Pai Jo 17:11, O
Filho At 3:14 (Is 41:14) e o Espírito Santo Ef 4:30. Deus odeia o pecado Ha 1:13 (Gn 6:5-6; Dt 25:16; Pv 6:16-19; 15:9,26); deleita-se
naquilo que é santo e reto Pv 15:9 (Lv
19:2; 20:26); não ouve, antes se separa do pecador Is
59:1-2 (Ef 2:13; Jo 14:6); liberta o piedoso arrependido,
fazendo-o frutificar 1Pe 2:24 (Rm 8:1-4;
6:22). a santidade de Deus:
revela a negritude de nosso pecado Jó
42:5-6 (Is 6:5); exige arrependimento + expiação (por sangue!) antes do
perdão HB 9:22; 10:19; Ef 1:7 (Cl 1:14);
exalta a graça e o amor remidor de
Deus Rm 5:6-8; (Jo 3:16); causa-nos
reverência e temor HB 12:28-29 (Ex
3:4-6; Is 6:1-3).
Portanto,
Deus é Reto e Justo: É reto
no que é e faz (Sl 89:14), e ao impor lei e exigências retas Sl 145:17 (Ed
9:15; Sl 116:5; Jr 12:1; 17:25;); É justo
por executar as penalidades impostas pelas Suas leis Sf 3:5 (Dt 32:4; Sl
119:137-138). a retidão e justiça de Deus manifestam-se nos Seus infalíveis:
amor à retidão e indignação contra o pecado Sl 11:4-7; punição dos perversos e
injustos Dn 9:12,14 (Gn 6:5,7; Ex 9:23-27; 34:6-7; Sl 5:4-6; 2Co 12:5-6; Ap
16:5-6); perdão ao arrependido-crente 1Jo 1:9; cumprimento de Sua Palavra e Suas promessas aos
que Lhe pertencem Ne 9:7-8; libertação e defesa de Seu povo Sl 103:6 (Sl
129:1-4); recompensa aos justos-em-Cristo Hb 6:10 (Jo 6:29; 1Co 3:11-15; 2Tm
4:8; 2Jo 8); propiciação para perdoar o pecado e justificar aquele que exercer
fé no substituto Rm 3:24-26.
Deus é Amor: 1Jo
4:8 (Ef 3:19; 1Jo 4:16);
dá-Se (Jo 3:16; Tg 1:15), desejando, buscando e deleitando-se no melhor
interesse das Suas criaturas Rm 5:8
(Mt 5:44-45; 1Jo 3:16-17; 4:7,8,16).
- Deus ama: Seu Filho Mt 3:17 (Mt 17:5; Lc 20:13; Jo 17:24) (amor
original e desde a eternidade); Aos unidos ao Seu Filho Jo 16:27 (Jo
14:21,23); A cada ser humano Jo 3:16
(1Tm 2:3-4; 2Pe 3:9); aos “mortos no pecado” Rm 5:6-8; (Ez 33:11; Ef
2:4-5); A Israel Dt 7:7-8; Is 49:15; Jr 31:3; À Igreja Ef 5:25-32; A quem
contribui com alegria 2 Co 9:7.
- O amor de Deus se manifesta em: o sacrifício do seu Filho jo 3:16 (1JO
4:9-10); levar-nos a arrepender RM 2:4; perdoar os arrependidos-crentes IS
55:7; guiar e proteger os amados-obedientes DT 32:9-12 (DT 33:3,12; IS
48:14,20-21); castigar-para-o-bem seus filhos HB 12:6-11, afligir-se por seus
filhos IS 63:9 (IS 49:15-16).
- Matizes do amor de Deus: infinitos: Deleitar-se-na-aprovação Sf 3:16
(Mt 17:5); Compadecer-se da aflição Is 63:9; Íntima e profunda afeição Jo
17:23; Lc 6:35; Is 55:7 (Sl 32:10; 86:5).
Portanto,
Deus é Misericórdia e Graça: É misericordioso ao cancelar as penalidades
merecidas e aliviar os angustiados Sl
103:8 (Dt 4:31; Sl 62:12; 86:15; 103:8-17; 145:8-9; Jn 4:2); É
gracioso ao por amor em ação e conceder bênçãos àqueles que só merecem o
contrário, mas arrependeram-se e creram Ef 2:8-10 (Sl 111:4; 116:5; At 20:24,32; Rm 3:24; 5:20; 11:6;
2Co 9:14; Tt 2:11; Hb 4:16; 1Pe 2:3; 4:10; 5:10). 1Jo 4:7-8.
-A
lei e a graça contrastadas (C. I. Scofield):
A Lei
|
a Graça
|
Deus proíbe
e exige Ex 20:1-17
|
Deus roga
e concede 2Co 5:18,21
|
Ministério de condenação Rm 3:19
|
Ministério de perdão Ef 1:7
|
Condena Gl 3:10
|
Redime da condenação Gl
3:13; Dt 21:22-23
|
Mata Rm 7:9,11
|
Dá vida, vivifica Jo
10:10
|
Fecha todas as
bocas perante Deus Gl
3:19
|
Abre os lábios
para louvá-lo Rm 10:9-10; Sl 107:2
|
Põe intransponível
distância
entre o pecador e Deus Ex 20:18-19
|
Trás o culpado aos
braços de Deus Ef 2:13
|
“Olho
por olho, dente por dente” Ex 21:24
|
“... a qualquer que te ferir na face direita,
volta-lhe também a outra” Mt
5:39
|
“Faze,
e viverás” Lc 10:28
|
“Crê,
e viverás” Jo 5:24
|
Condena totalmente
o melhor dos homens Fp 3:4-9
|
Justifica
gratuitamente o pior Lc 23:34; Rm 5:6; 1Tm 1:15; 1Co 6:9-11
|
É um sistema de provação Gl 3:23-25
|
É um sistema de favor Ef 2:4-5
|
Apedreja todos os
adúlteros Dt 22:21
|
“Nem
eu tampouco te condeno...” Jo 8:1,11 (T. Recebidos!)
|
A ovelha morre
pelo pastor
1Sm 7:9; Lv 4:32
|
O pastor morre
pela ovelha
Jo 10:11 @
|
- A misericórdia e a
graça contrastadas:
a misericórdia
|
a graça
|
|
perdoa
|
justifica
|
1Tm 1:13; Rm 3:24 (Ex 34:7)
|
remove a culpa e a pena
|
imputa a justiça
|
Pv 28:13; Rm 4:5
|
salva da perdição, e do inferno
|
provê uma nova natureza, o Céu
|
Sl 6:4; Ef 2:8-10
|
liberta
|
transforma
|
Lc 10:33,37; Tt 2:11-12 (Ef 4:22-23).
|
Deus é Verdadeiro
e Fiel: Dt 7:9; Sl 36:5; 89:1-2; Lm 3:22-23; Jo
17:3; Tt 1:1-2; Hb 6:18 // Gn 8:22; Sl 119:90; Cl 1:17 // Js 23:14; 2Sm 7:12-13
// 2Co 10:13 // Sl 119:75; Hb 12:6 // 1Jo 1:9 // Sl 143:1 // 1Co 1:8-9; 1Ts
5:23-24; 2Ts 3:3 // 1Sm 12:22; 2Tm 2:13.
Deus é Luz: 1Jo 1:5,7; 2Co 4:6.
Deus é Bom, bondoso: Sl 23:6; 107:8; Rm 2:4.
AS OBRAS DE DEUS
NA CRIAÇÃO
a. Em Deus foram
criadas todas as cousas, visíveis e invisíveis: Cl 1:16.
b. Deus criou os céus e a terra: Gn
1:1;
c. De modo todo especial, Deus criou o homem, Adão, do
pó da terra: Gn 2:7.
NA PRESERVAÇÃO (Deus preserva, mantém e sustém tudo que
trouxe à existência)
a. NEle tudo subsiste: Cl
1:17.
b. Ele preserva todas as coisas: os homens e animais Sl 36:6. O caminho
dos seus santos Pv 2:8. O céu e
seus exércitos, a terra, mares, e tudo que neles há Ne 9:6.
NA SUA PROVIDÊNCIA
Deus antevê, guia, dirige e governa todos os
eventos para os Seus santos propósitos:
Tudo Sl 103:19. O universo Js
10:12-14 (parou o sol); Sl
147:16-18. Os animais e plantas Jn 1:17 (o grande peixe); Mt 6:30,33 (os lírios do campo).
As nações Sl 66; Dn 2:21. O homem Ex 10:27 (Faraó); Sl 75:7. O crente Sl
4:8; 1Co 10:13 (o escape
das provações).
O DECRETO (CONSELHO) DE
DEUS
O decreto
(conselho) de Deus é o eterno e infalível propósito ou plano pelo qual Ele tem
declarado fixas todas as coisas.
O decreto de Deus abrange
sua vontade eficaz e sua vontade permissiva. dentro do Seu plano soberano, Deus deu ao homem a liberdade de
escolher, este é responsável por suas decisões
(Jz 21:25; At 2:23).
Seu decreto é eterno Sl
33:11. Sábio
Sl 104:24. Livre (sem obrigação interna ou externa, mas em harmonia com sua
natureza) Is 40:13-14 (Sl 135:6). Eficaz (tudo que Deus decretou acontecerá): Is
14:24,27. Traz glória a si mesmo Ap
4:11.
Podemos descansar no Seu poder e promessas! Rm 8:28-32.
O PLANO DE DEUS EM RELAÇÃO AO UNIVERSO E AOS HOMENS:
O Plano de Deus cobre tudo e todos: Sl 46:10; 119:89-91; Is 14:26-27; 46:10-11; Dn 4:35.
Cobre nossa salvação Ef
1:4, 5, 9,11; Os tempos e limites da habitação da
raça humana At 17:26; A extensão
da vida humana Jó 14:5, 14; Sl 139:16; As
boas obras do crente Ef 2:10; Fp
2:12-13; O mal que Deus
torna em bem Gn 50:20; O reino de Cristo Sl 2:6-8; Mt 25:34.
3.CRISTOLOGIA:
A. Definição
Cristologia é o estudo da
Doutrina de Cristo segundo as Escrituras. "Jesus" quer dizer
"Javé é Salvador"; é a forma grega de "Josué" (#Mt 1.21).
"Cristo" quer dizer "Ungido"; é o mesmo que o termo
hebraico MESSIAS .
B. Quem é Jesus
Cristo
Jesus Cristo é a segunda pessoa da Trindade.
Através dele o universo foi criado e é mantido em existência (Jo 1.3; Cl
1.16-17). Ele é o ANJO do Senhor que aparece no AT (Gn 18). Esvaziou-se da sua
glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6-11). O seu
ministério terreno durou mais ou menos 3 anos e meio. Jesus ensinou a verdade
de Deus por preceitos e por parábolas. Ele fez milagres, curando enfermos e
endemoninhados, fazendo sempre o bem. Foi rejeitado pela maioria do povo e
pelas autoridades, sendo submetido à morte de cruz. Foi sepultado, mas
ressuscitou ao terceiro dia. Depois subiu ao céu, onde está para interceder
pelos seus (Hb 7.25). E o salvo está unido com Cristo, que vive nele pelo seu
Espírito (Rm 8.9-11; Gl 2.20; 4.6; Fp 1.19). Na sua segunda vinda Jesus Cristo
julgará os vivos e os mortos (2Tm 4.1).
I. A Natureza de Cristo
A. A Natureza Humana de Cristo
1. Ascendência
Humana
1.1 Feito de Mulher
(Gl.4:4; Mt.1:8).
1.2 Feito da Semente (esperma) de Davi:
a) Sem (Gn.9:27).
b) Abraão (Gn.12:1-3).
c) Isaque (Gn.26:2-5).
d) Jacó (Gn.28:13-15).
e) Judá (Gn.49:10).
f) Davi (IISm.7:12-16).
1.2 Feito da Semente (esperma) de Davi:
a) Sem (Gn.9:27).
b) Abraão (Gn.12:1-3).
c) Isaque (Gn.26:2-5).
d) Jacó (Gn.28:13-15).
e) Judá (Gn.49:10).
f) Davi (IISm.7:12-16).
2. Crescimento e
Desenvolvimento Naturais:
2.1 Vigor Físico (Lc.2:52).
2.2 Faculdades Mentais (Lc.2:40).
2.2 Faculdades Mentais (Lc.2:40).
3. Aparência Pessoal
(Jo.4:9).
4. Natureza Humana
Completa:
4.1 Corpo (Mt.26:12).
4.2 Alma (Mt.26:38).
4.3 Espírito (Lc.23:46).
4.2 Alma (Mt.26:38).
4.3 Espírito (Lc.23:46).
5 Limitações
Humanas:
5.1 Limitações Físicas:
a. Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28).
b. Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5).
c. Fome (Mt.21:18).
d. Sede (Jo.19:28).
e. Sofrimento e Dor (Lc.22:44).
f. Sujeição à Morte (ICo.15:3).
5.2 Limitações Intelectuais:
a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52).
b) Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13).
c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32).
5.3 Limitações Morais (Hb.2:18; 4:15). [Hélio discorda, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm]
5.4 Limitações Espirituais:[Hélio discorda, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm]
a) Dependia das Orações (Mc.1:35).
a. Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28).
b. Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5).
c. Fome (Mt.21:18).
d. Sede (Jo.19:28).
e. Sofrimento e Dor (Lc.22:44).
f. Sujeição à Morte (ICo.15:3).
5.2 Limitações Intelectuais:
a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52).
b) Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13).
c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32).
5.3 Limitações Morais (Hb.2:18; 4:15). [Hélio discorda, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm]
5.4 Limitações Espirituais:[Hélio discorda, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm]
a) Dependia das Orações (Mc.1:35).
b) Dependia do Espírito Santo (At.10:38; Mt.12:28).
6. Nomes Humanos:
a. Jesus (Mt.1:21).
b. Filho do Homem (Lc.19:10).
c. O Nazareno (At.2:22).
d. O Profeta (Mt.21:11).
e. O Carpinteiro (Mc.6:3).
f. O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5).
b. Filho do Homem (Lc.19:10).
c. O Nazareno (At.2:22).
d. O Profeta (Mt.21:11).
e. O Carpinteiro (Mc.6:3).
f. O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5).
7. Relação Humana
com Deus:
a. Como Mediador e Sacerdote; Como representante da
humanidade Jesus falava com Deus (Mc.15:34).
b. Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espírito Santo. [Hélio discorda de algumas coisas, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm]
b. Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espírito Santo. [Hélio discorda de algumas coisas, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm]
B. A Natureza Divina de Cristo
1. Nomes Divinos:
a. Deus (Jo.1:1; Jo.1:18 (ARA); Jo.20:28; Rm.9:5;
Tt.2:13; Hb.1:8).
b. Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62;
Jo.5:25;10:36;
c. Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6).
d. O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9).
e. Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6;
Jz.13:18).
f. Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21).
g. Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10).
h. Senhor (At.9:17;16:31;
Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo "Senhor" em
grego é Kurios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à
pessoas humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados
deuses, e somente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de
divindade (At.2:36; IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap.19:16).
2. Pelo culto divino que Lhe é atribuido:
a. Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10).
b. Jesus aceitou e não impediu Sua adoração
(Mt.14:33; Lc.5:8;24:52).
c. O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6;
Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 com Fp.2:10,11).
d. A Igreja primitiva o adorou e orava Ele
(At.7:59,60; IICo.12:8-10).
3. Pelos ofícios divinos que Lhe foram atribuídos:
a. Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16).
b. Preservador (Cl.1:17).
c. Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49).
d. Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com
Jo.1:23; Is.8:13,14 com IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl.118:22;
Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA = Senhor; ARC = Cristo; no grego = Criston);
Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2).
4. Pela associação de Jesus, o Filho, com o nome de Deus Pai (IICo.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19).
5. Atributos divinos Lhe são atribuídos:
5.1 Atributos de Natureza:
a) Onisciência
(Jo.1:47-51;4:16-19,29;6:64;16:30;8:55; Jo.10:15;21:6,17; Mt.11:27;12:25;17:27;
Cl.2:3).
b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23).
c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8).
d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2).
e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6).
f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27).
g) Auto-Existência (Jo.1:1,2).
h) Espiritualidade (IICo.3:17,18).
5.2 Atributos Morais:
b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23).
c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8).
d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2).
e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6).
f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27).
g) Auto-Existência (Jo.1:1,2).
h) Espiritualidade (IICo.3:17,18).
5.2 Atributos Morais:
a) Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35;
Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24).
b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1).
c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20).
6. Títulos dados igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo:
b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1).
c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20).
6. Títulos dados igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo:
a. Deus: Deus Pai (Dt.4:39; IISm.7:22;
IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr.17:20; Sl.86:10; Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus
Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1;
Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20).
b. Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20).
c. Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6).
d. Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; Tt.2:13; Jd.25).
e. Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23).
f. Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5).
g. Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5).
h. Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5).
i. Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18).
j. Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6).
l. Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6).
m. Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14).
n. O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5).
o. Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16).
p. Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58).
q. O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13).
r. O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9).
s. O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20).
7. Obras atribuídas igualmente a Deus e a Jesus Cristo:
a. Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10).
b. Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1)
c. Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18).
d. Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21).
e. É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29).
II. Os Ofícios de Cristo
b. Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20).
c. Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6).
d. Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; Tt.2:13; Jd.25).
e. Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23).
f. Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5).
g. Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5).
h. Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5).
i. Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18).
j. Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6).
l. Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6).
m. Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14).
n. O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5).
o. Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16).
p. Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58).
q. O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13).
r. O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9).
s. O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20).
7. Obras atribuídas igualmente a Deus e a Jesus Cristo:
a. Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10).
b. Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1)
c. Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18).
d. Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21).
e. É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29).
II. Os Ofícios de Cristo
1. Profeta
a. Como Profeta Jesus pregou a salvação. Is
61. 1-2; Lc 4.17-19.
b. Como Profeta Jesus anunciou o reino. Mt 4.17
c. Como Profeta Jesus predisse o futuro. Mt 24 - 25
b. Como Profeta Jesus anunciou o reino. Mt 4.17
c. Como Profeta Jesus predisse o futuro. Mt 24 - 25
2. Sacerdote
Jesus Cristo é o eterno Grande Sacerdote, que se
ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados
da humanidade. É por meio dele que Deus faz uma nova e perfeita aliança com o
seu povo. E é por meio de Jesus Cristo que se consegue a salvação eterna. Hb 9.
11 - 27
3. Rei
a. Profetizado II Sm 7.12 - 16: "Quando
teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar
depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu
reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a
transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de
homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul,
a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados
para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre." Preste
atenção às palavras grifadas.
b. Cumprido. Lc 1. 30 - 33: "Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.". Preste atenção novamente às palavras giifadas.
C. Estabelecido. Dn 2.44; Ap 11.15; 12.10; 19.16; 20. 1-4; Sl 2. 4-9;
b. Cumprido. Lc 1. 30 - 33: "Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.". Preste atenção novamente às palavras giifadas.
C. Estabelecido. Dn 2.44; Ap 11.15; 12.10; 19.16; 20. 1-4; Sl 2. 4-9;
III. A Obra de Cristo
1. Sua Morte.
a. Sua importância. ICo 15.3
b. Seu significado. 2Co 5.21
2. Sua Ressurreição
a. O fato. ICo 15.20
b. A evidência. Mt 28. 1-6
c. O significado. Rm 1.4
3. Sua Ascenção. At 1.9
4.PARACLETOLOGIA:
6 - PNEUMATOLOGIA – A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é uma das pessoas da Trindade Divina, sendo constituído da mesma essência da divindade e plenamente Deus, como Deus o Pai e Deus o Filho. A palavra espírito tem sua origem no hebraico – RUAH – ou no grego – PNEUMA – de onde vem a palavra pneumatologia, a doutrina do Espírito Santo.
As doutrinas da Trindade e das pessoas da divindade não são passíveis de entendimento racional pela mente do homem finito, mas são claramente reveladas pela Escritura. Por este motivo, é necessário buscar a confirmação bíblica de todas as afirmações referentes ao estudo da doutrina do Espírito Santo, a pneumatologia.
O Pai e o Filho são termos que indicam relacionamento, da mesma forma, o Espírito Santo é assim chamado pela sua natureza e pela sua operação como a causa da regeneração e santificação dos homens. O Filho é a perfeita imagem de Deus, e o Espírito é a operação do poder de Deus.
A natureza e ofício do Espírito:
Natureza: O Espírito não é uma emanação ou manifestação do poder de Deus, mas uma pessoa eterna e coexistente na essência do Deus único da Trindade Divina, ele é infinito, perfeito e santo possuindo todas as qualidades e atributos divinos em posse de sua pessoa, sendo distinto do Pai e do Filho em uma essência única que é o Deus da Escritura.
2 Coríntios 3,17: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”.
O Espírito de Deus é referido já no segundo verso da bíblia e em várias partes do Velho Testamento, porém os hebreus consideravam o Espírito como uma emanação de Deus ou como a simples presença ou o poder de Deus. O Espírito não deve ser visto como criado ou simplesmente emanando ou emanado do poder de Deus, mas como uma pessoa divina coeterna e coexistente com Deus. O Espírito pairava sobre o caos, transformando a matéria criada em um universo ordenado conforme a vontade de Deus.
Gênesis 1,2: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”.
Ofício: O Espírito executa no mundo criado as decisões de Deus, sempre procedente do Pai e do Filho. Ele é a fonte de toda a vida, ele habita no crente e provê a preservação de sua salvação, toda a inteligência dos seres vivos, desde a estrutura genética das plantas e animais microscópicos até o mais sofisticado cientista, tem sua fonte única na onipresença e onisciência do Espírito de Deus, a matéria é inanimada e só possui vida, movimento e intelectualidade através do Espírito, sempre provindo do Pai e do Filho.
Salmo 104,29-30: “Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó. Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”.
As operações gerais do Espírito referem-se às obras da criação e providência, pelas quais ele origina, mantém e dirige toda a vida natural, concedendo dons e restringindo o poder do pecado na realização do plano eterno de Deus. As operações especiais do Espírito referem-se à operação da redenção onde ele aplica a obra de Cristo nos escolhidos do Pai, concedendo, unicamente pela graça, os dons da fé, do arrependimento e preservando a salvação, pela sua comunhão permanente, durante toda a vida terrena do crente.
Romanos 8,11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
Cristo é a luz do mundo, dele emana todo o conhecimento de homens e anjos, salvos ou caídos, mas o Espírito é quem distribui estes dons, sendo a origem e razão da vida intelectual em toda a terra. O Espírito se relaciona com o homem através da mente extracorpórea, entende-se aqui a mente como a alma (espírito), que constitui juntamente com o corpo a unidade psicossomática do homem. O Espírito opera a natureza racional do homem através da alma, esta ação do Espírito é geral para toda a humanidade e não se relaciona com a ação santificadora que exerce nos regenerados para a preservação de sua salvação.
Jó 32,8: “Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio”.
Jó 35,10-11: “Mas ninguém diz: Onde está Deus, que me fez, que inspira canções de louvor durante a noite, que nos ensina mais do que aos animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos céus?”.
Esta sabedoria referida nestes versos, no livro de Jó, pode ser a sabedoria secular: cientistas, artistas, técnicos e enfim, todas as qualidades intelectuais que fazem o homem sábio em suas atividades no mundo.
O dom artístico e especial também provém do Espírito.
Êxodo 31,2-5: “Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores”.
A habilidade política e administrativa também é concedida pelo Espírito, como se pode ver em Moisés, Josué, nos Juízes, em Gideão e todos os líderes do povo judaico e também de outros povos, como por exemplo: Ciro e Dario.
Números 27,18: “Disse o SENHOR a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos”.
Ofício do Espírito na redenção do homem:
A encarnação: O corpo de Cristo no ventre da virgem foi gerado pelo poder de Deus através do Espírito Santo.
Lucas 1,35: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”.
A natureza humana de Cristo: Os dons da natureza humana de Cristo foram elevados a um patamar superior ao de todos os homens da história da humanidade através da ação do Espírito.
João 3,34: “Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida”.
O profeta Isaías já profetiza este fato alguns séculos antes:
Isaías 42,1: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios”.
A revelação: o Espírito é o único revelador da verdade divina, todos os profetas falaram pelo Espírito, todos os escritores bíblicos foram inspirados pelo Espírito e toda a revelação da Palavra aos eleitos de Deus é feita através do Espírito.
Miquéias 3,8: “Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado”.
É preciso lembrar sempre que a ação salvadora e preservadora do Espírito é proveniente da graça de Deus e da redenção adquirida por Cristo, sendo que o Espírito atua procedente do Pai e do Filho, toda a ação da salvação e da revelação da Palavra é obra da Trindade Divina, operada pelo Espírito em pleno consenso dentro da Trindade.
Lucas 11,13: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”.
A verdade de Deus: toda a verdade é revelada pelo Espírito, que transmite este conhecimento aos homens em maior ou menor grau, conforme os dons definidos pela graça de Deus, mas também pode trazer aos reprovados a operação do erro, afim de que não vejam, não ouçam e não sejam salvos. Os réprobos, todavia, não necessitam da operação do erro para que não venham a crer, pois o homem natural não discerne as coisas de Deus e nem pode conhecê-las, pois elas somente se conhecem através do Espírito.
1 Coríntios 2,14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
O ofício geral da redenção: todas estas funções do Espírito conduzem a uma atividade particular na redenção do homem que pode ser definida como: transmitir o conhecimento, convencer o mundo do pecado, aplicar o dom da fé em Cristo aos eleitos justificados, regenerar o homem e preservar sua salvação, trazer o arrependimento e a necessidade de mudança de vida, unir os crentes a Cristo e a si mesmos através da igreja.
A restrição do pecado: esta também é uma importante função do Espírito onde ele atua restringindo a possibilidade de homens e anjos caídos realizarem todo o mal que pretendem.
Pode-se ver, desta forma, que o Espírito Santo é o operador de toda a verdade, da santidade, da consolação e preservação dos eleitos e da igreja, assim como o equilíbrio do mundo pela restrição da maldade pretendida pelos réprobos e anjos caídos.
A DOUTRINA DO ESPÍRITO NA IGREJA CRISTÃ
Os cristãos primitivos, até o início do quarto século, acreditavam que havia um Espírito Santo, da mesma natureza do Pai e do Filho, pelo qual eles eram, por meio de Cristo, reconciliados com o Pai. Os crentes confessavam esta fé no ato do batismo e no recebimento da bênção apostólica. Não havia entre os teólogos da época uma definição da pessoa e ofício do Espírito Santo, mas no século terceiro a controvérsia ariana tomou vulto, e o Concílio de Nicéia, em 325 d.C. e logo em seguida o Concílio de Constantinopla, em 381 d.C. foi convocado para definir a doutrina do Espírito Santo.
O Credo Apostólico afirma simplesmente: Creio no Espírito Santo, estas mesmas palavras foram afirmadas no Credo Niceno, mas no Credo de Constantinopla, ficou definida a doutrina do Espírito, com a seguinte forma:
“Creio no Espírito Santo, o divino, o doador de vida, que procede do Pai, o qual deve ser adorado e glorificado com o Pai e com o Filho, e o qual falou pela boca dos profetas”.
O Credo Atanasiano, que veio logo em seguida afirma que:
“O Espírito é consubstancial com o Pai e com o Filho, é eterno e não criado, onipotente, igual em majestade e glória e procede do Pai e do Filho”.
As afirmações do Credo de Constantinopla, complementadas pelo Credo Atanasiano, permanecem até hoje como norma de igreja cristã, sendo todas as variações assumidas pelos arianos, sabelianos, socinianos, arminianos e dispensacionalistas consideradas heréticas e abomináveis a Deus e à igreja de Cristo.
A personalidade do Espírito
A personalidade, ou pessoalidade, do Espírito Santo somente é abordada com clareza no Novo Testamento, mas existem várias afirmações deste fato no Velho Testamento que não foram reveladas aos hebreus como manifestações pessoais, eles consideravam o Espírito como uma emanação do poder de Deus.
Na criação do mundo, de acordo com livro do Gênesis, além do segundo verso, onde o Espírito paira sobre o caos, Deus manifesta claramente a pluralidade de pessoas na sua essência.
Gênesis 1,26: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”.
Gênesis 11,7: “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro”.
AS PROFECIAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO NO VELHO
TESTAMENTO
Existem no Velho Testamento profecias sobre a
obra do Espírito Santo e o ministério de Jesus Cristo.
A unção do Espírito:
Isaías 61,1: (*) “O Espírito (RUAH) do SENHOR (YAHWEH) Deus (ADONAI) está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados”.
(*) Também fica definida, neste verso, a pluralidade de Deus, as três pessoas da divindade são apresentadas de forma distinta e pessoal.
O conhecimento:
Isaías 11,1-2: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.
A salvação do povo de Deus:
Isaías 44,3: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes”.
A regeneração:
Ezequiel 36,27: “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”.
O Pentecostes:
O profeta Joel prevê o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes.
Joel 2,28-29: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”.
A PROMESSA DO ESPÍRITO NO NOVO TESTAMENTO
Antes de sua morte, Jesus prometeu que ele e
o Pai enviariam a seus discípulos outro consolador, ou paráclito (Parakletos) -
o Espírito Santo - um ajudador e conselheiro que daria continuidade à obra de
Cristo. O fato de Jesus prometer outro paráclito indica que Jesus foi o
primeiro deles e promete outro que irá proceder à aplicação e manutenção de sua
obra, em seu nome e como um dom de Deus, infundindo e mantendo no crente justificado
a fé e o arrependimento para a vida, necessários à salvação. O ministério do
Espírito Santo é um ministério relacional e pessoal, o que implica na
pessoalidade do Espírito.
João 14,16-17: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”.
Após sua ressurreição Jesus coloca o Espírito sobre os apóstolos, afim de que o recebessem, como um dom de Deus, para a realização da obra a eles destinada. Pode-se observar claramente pela Escritura, que os apóstolos somente venceram o seu medo e timidez após a ressurreição. A obra dos apóstolos é a continuação da obra de Jesus, motivo pelo qual ele os envia no poder do Espírito.
João 20,22: “E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
Os apóstolos não receberam somente a ousadia através do Espírito, mas também foram guiados pela instrução do Espírito em seu ministério.
João 16,13-14: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.
O Pentecostes
O dia de Pentecostes é o dia da comemoração da colheita, era uma data festiva comemorada pelos judeus cinquenta dias após a páscoa, sendo uma festa importante no calendário judaico. Este foi o dia em que os primeiros cristãos receberam o Espírito publicamente, como demonstração do poder de Deus, falando em línguas diversas que eram entendidas pelos judeus de diversas localidades que haviam vindo a Jerusalém para a festa. Este foi um milagre de Deus, e, como todo o milagre, teve uma finalidade específica e determinada, demonstrando aos presentes o poder de Deus em Cristo através do Espírito para a salvação daquele que crê, tanto gentios como judeus.
Pode-se notar claramente nos versos abaixo, no livro de Atos, que as línguas faladas neste dia eram perfeitamente inteligíveis às pessoas presentes, tratando-se de línguas utilizadas usualmente em diversos outros países e regiões, línguas oficiais e reconhecidas pelos visitantes presentes como linguagem corrente em seus países de origem. Não se pode utilizar estes versos para justificar o falar em línguas que se vê hoje nas igrejas pentecostais, que não passam de grunhidos e sons grotescos e ininteligíveis, constituindo nada mais que superstição grosseira que desonra a igreja de Cristo.
Atos 2,4-6: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua”.
João Batista profetizou que Jesus batizaria com o Espírito, este fato havia sido previsto no Velho Testamento pelo profeta Joel e Jesus tinha repetido a promessa. O Pentecostes selou de forma definitiva o final da era do Velho Testamento e marcou o início do cristianismo. A partir do derramamento do Espírito no Pentecostes, o desenvolvimento do ministério cristão recebeu um avivamento formidável que o levou a todos os povos do mundo conhecido naquela época.
Colossences 1,6: “Que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade”.
A pessoalidade do Espírito Santo:
O Espírito Santo é descrito na Escritura como uma pessoa, tanto quanto o Pai ou o Filho. A negação da pessoalidade ou divindade do Espírito se constitui em heresia grave, pois nega a Trindade Divina e como consequência todo cristianismo. Por outro lado, existe hoje na igreja evangélica grande abuso no relacionamento com o Espírito nas religiões pentecostais e carismáticas.
É necessário muito cuidado com as referências e relações com o Espírito, não é possível ter muito ou pouco de um ser infinito, também não é possível a um ser onipresente estar em um lugar e não estar em outro, também não é possível a um ser onipotente estar em algum lugar com muito poder e em outro com menor poder, não se deve esquecer que o Espírito é Deus e usar o seu nome em vão é desobedecer aos mandamentos divinos, principalmente ao terceiro, que é o único mandamento que vem com advertência.
Êxodo 20,7: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
Nenhuma igreja ou denominação detém o poder de manipular o Espírito pretendendo fazer uso de seu poder em batismos, curas ou qualquer outra atividade, o batismo é em o nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e não no Espírito.
João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
Provas bíblicas da pessoalidade do Espírito Santo:
O Espírito Santo Fala:
Atos 8,29: “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o”.
O Espírito Santo ensina:
João 14,26: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.
O Espírito Santo busca:
1 Coríntios 2,10: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”.
O Espírito Santo testemunha:
João 15,26: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.
O Espírito Santo determina:
1 Coríntios 12,11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente”.
O Espírito Santo intercede:
Romanos 8,27: “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”.
O Espírito Santo se aborrece:
Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Estas afirmações somente podem ser dirigidas a um ser pessoal.
A divindade do Espírito Santo
O Espírito Santo é representado na Escritura como possuindo a autoridade e os atributos divinos, os Pais da Igreja nunca apresentaram dúvidas quanto à divindade do Espírito e também concordam com o fato de que ele é uma pessoa.
No velho testamento as realizações de Deus e do Espírito são usadas frequentemente de forma intercambiável.
Salmo 51,11: “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”.
Salmo 104,30: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”.
A bênção apostólica:
2 Coríntios 13,14: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”.
A fórmula batismal:
Mateus 28,19: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
O Espírito Santo é eterno:
Hebreus 9,14: “Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”
O Espírito Santo é Onipresente:
Salmo 139,7: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?”
Deixar de reconhecer a divindade do Espírito Santo é perverter e deturpar a doutrina da Trindade, perdendo-se assim o conhecimento do verdadeiro Deus. Não há serviço ou louvor verdadeiro quando o Deus da Escritura não é cultuado: o Deus da Trindade Divina.
Oséias 6,6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”.
As obras de Deus são realizadas pelo Espírito:
Criação:
Jó 33,4: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida”.
Encarnação:
Mateus 1,18: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo (*)”.
(*) Pelo poder de Deus, através do Espírito Santo.
Regeneração:
João 3,5: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.
A nova vida:
Romanos 8,11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
As profecias:
2 Pedro 1,21: “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”.
Vê-se ainda que no livro de Isaías, onde ele apresenta o SENHOR dos exércitos falando, o apóstolo Paulo reapresenta estes mesmos versos no livro de Atos como o Espírito assumindo esta fala;
Isaías 6,5-9: “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”.
Atos 28,25-26: “E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis”.
Novamente em Isaías, onde Deus foi contristado, o Espírito foi contristado e se tornou em inimigo pelejando contra eles.
Isaías 63,7-10: “Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades. Porque ele dizia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não mentirão; e se lhes tornou o seu Salvador. Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade. Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles”.
PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO
A maior prova da divindade do Espírito Santo é o pecado imperdoável conforme afirmado por Jesus quando confrontado pelos fariseus quanto à realização dos milagres em seu ministério. Os fariseus atribuíram os milagres de Jesus, executados através do Espírito Santo, a espíritos vulgares - a Belzebu, o chefe dos demônios - desprezando e blasfemando contra a ação do Espírito, o que provocou a reação de Jesus, afirmando que esta blasfêmia jamais seria perdoada neste mundo nem no mundo do provir. Esta é uma revelação inconteste da dignidade absoluta do Espírito.
A blasfêmia contra o Espírito santo:
Mateus 12, 31-32: “Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”.
O Espírito Santo tem o ministério de atuar na vida dos crentes, aplicando e preservando a salvação adquirida por Cristo.
A perseverança do crente somente é possível pela ação do Espírito, o homem natural, ou mesmo o regenerado, não tem capacidade, por si mesmo, para manter sua salvação. O Espírito também atua nos homens ímpios e nos anjos caídos, mantendo-os sempre voltados para o mau, mas exercendo a função de restrição do pecado, de forma que estes homens e anjos nunca conseguem executar todo o mal que pretendem. Ele habita nos crentes e também defende o crente das operações dos ímpios e do maligno, Satanás não está autorizado a tocar nos filhos de Deus.
Jó 1,12: “Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR”.
Por tudo que já foi dito, pode-se afirmar que o Espírito é uma pessoa e sua atuação é pessoal, por isso, são revelados na bíblia, alguns pecados contra o Espírito.
Mentir ao Espírito é mentir a Deus:
Atos 5,3-4: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”.
Entristecer o Espírito:
Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Resistir ao Espírito:
Atos 7,51: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”.
O pecado contra o Espírito é gravíssimo, como afirmou Jesus, todavia, não se deve esquecer que as pessoas que assim o fazem foram destinadas a isso na eternidade, os ímpios existem para que a glória de Deus se manifeste na salvação dos eleitos, e continuam praticando o mal para que se encha a medida de sua iniquidade.
Gênesis 15,16: “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus”.
Mateus 23,32: “Enchei vós, pois, a medida de vossos pais”.
PRINCIPAIS HERESIAS RELACIONADAS AO ESPÍRITO SANTO
Movimentos principais: A personalidade e/ou divindade do Espírito Santo foi negada na igreja primitiva pelos monarquistas sabelianos, pelos pneumatomaquianos, arianistas e outros.
Monarquismo: A divindade e pessoalidade do Espírito Santo foram negadas por Sabellius no terceiro século desta era e deu origem ao movimento chamado monarquismo. Sabellius sustentava que não existiam três pessoas na deidade, mas um só Deus que se manifestava em três formas diferentes (modalismo).
Arianismo: O bispo Árius, da igreja de Alexandria, também no terceiro século, sustentava que Cristo foi criado por Deus como um deus de menor poder, que por sua vez trouxe à existência o Espírito Santo. Dessa forma existiam três deuses diferentes (triteísmo).
Pneumatomaquianos: Também chamados macedônios, em referência ao bispo Macedônio, opunham-se à divindade do Espírito Santo, isto foi no final do século IV.
Socinianos: Durante a reforma, os socinianos, baseados nas idéias de Lélio Socínio, propagadas por seu sobrinho Fausto Socínio, consideram que em Deus há uma única pessoa e que Jesus Cristo é um homem comum.
Unitarianismo (Os irmãos que negam a trindade): O unitarianismo foi inicialmente uma manifestação dentro da reforma protestante, o intelectual espanhol Miguel de Servetto discordou da doutrina da Trindade e publicou vários livros a este respeito dando início às primeiras igrejas unitárias, os anabatistas. Este unitarismo pode se manifestar como uma forma de modalismo, ou seja, Deus é um só que se manifesta de várias formas ao longo da história, ou ainda pode também considerar Deus como uma só pessoa que é o pai de Jesus, um homem que foi elevado à divindade no seu batismo, ou ainda uma forma de arianismo. Esta vertende existe até hoje e não há uma definição única em sua manifestação.
O testemunho Interior do Espírito Santo
A Escritura revela por si mesma a prova inquestionável de sua autoridade divina, além disso, apresenta muitos sinais desta autoridade, todavia todas essas provas e evidências não são por si mesmas suficientes para persuadir qualquer pessoa de sua veracidade. Este convencimento e persuasão somente acontecem pelo testemunho interior do Espírito Santo, este era o ensino claro dos reformistas, principalmente João Calvino.
Existe uma grande diferença entre apresentar as provas e persuadir a pessoa, é preciso sempre, expor a Palavra com veracidade, paciência e conhecimento, mas, ainda assim, o ministério do ensino pertence ao testemunho interior do Espírito Santo, que atua unicamente mediante a pregação expositiva fiel das verdades bíblicas, abrindo a mente e o coração do homem para o entendimento e aceitação da Palavra.
Por este motivo, nenhum pregador tem, por si mesmo, a capacidade de conversão de seus ouvintes a não ser pelo ministério do Espírito.
Romanos 8,16: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
Esta persuasão do Espírito não se manifesta em atos exteriores, nem apresenta sinais evidentes da persuasão ou conversão, como por exemplo: falar em línguas ou entrar em êxtase. Muito menos é possível que uma pessoa, seja ela quem for, possa induzir, por sua vontade, algum ato do Espírito.
João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
A ação do Espírito é interna e pessoal, não se constitui em apresentação de novas informações, nenhum segredo, nada que não seja possível pela simples leitura ou pregação. Ele simplesmente age através da Palavra em conjunção com a graça de Deus e a redenção que há em Jesus Cristo, operando a regeneração que segue à justificação. Somente a pessoa justificada por Deus consegue entender as coisas do Espírito, antes disso a mente humana somente é capaz de pensar e agir em discordância e revolta deliberada contra Deus.
1 Coríntios 2,14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
Iluminação
A iluminação da pessoa destinada à salvação é um ministério do Espírito Santo, ela faz parte da graça concedida por Deus e começa no ato da justificação, despertando o interesse do crente pela Escritura, a curiosidade a respeito de Jesus Cristo, a compreensão progressiva da Palavra, a necessidade de se congregar com outros crentes e o serviço na obra de Deus.
A iluminação do Espírito se manifesta unicamente pela aceitação absoluta das verdades da Escritura - a soberania de Deus, a suficiência do sacrifício de Cristo e a total incapacidade humana - sem este entendimento, a iluminação do Espírito certamente não aconteceu, é isto exatamente o que diz Jesus.
João 16,13: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”.
Existe, de fato, bastante radicalismo nisso; deve-se culpar a Jesus? Ele diz que o Espírito guia a “TODA A VERDADE”. Não é uma aceitação parcial da Escritura, não é uma salvação a ser complementada, não é uma salvação a ser aceita ou rejeitada; todas essas coisas não provêm do Espírito, mas do ego humano.
O Espírito certamente guiará os filhos de Deus a “TODA A VERDADE”; ou então, o homem, ainda natural, acreditando em seus próprios méritos, engana-se a si mesmo em uma religiosidade vazia e desprovida de sentido que não leva à salvação de forma alguma, mas à hipocrisia, ao engano e à mentira.
Romanos 3,3-4: “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.
A OBRA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO
Regeneração, o novo nascimento:
A regeneração:
A regeneração é o dom da graça de Deus, é a obra sobrenatural do Espírito Santo realizada no salvo após a justificação pela exclusiva determinação de Deus. A Escritura revela que o homem natural não tem a capacidade de escolher a Deus, mas que todos os salvos foram escolhidos por Ele, por isso o ‘novo nascimento’ implica não só em uma nova vida agora, como também a vida eterna no mundo do porvir.
O efeito da regeneração é fazer com que o crente passe da morte para a vida espiritual através da mudança na disposição da mente, voltando o seu pensamento e suas ações para a obediência e o prazer na Palavra de Deus, os dons concedidos na regeneração são: a fé em Cristo e o arrependimento para a vida, desta forma, a justificação antecede à fé, pois a fé é um dom de Deus procedente da salvação, sendo infundida no crente através da ação do Espírito Santo.
Uma criança pode ser regenerada, tanto quanto um adulto ou idoso ou ainda uma pessoa incapaz, não existe a consciência de quando ou onde ocorreu a regeneração, somente se pode perceber a regeneração pelo amor a Cristo e a aceitação incondicional da Palavra (veja acima: “TODA A VERDADE”).
João 3,5-7: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”.
John Gill: “Água e Espírito (twnv – twlm), duas palavras hebraicas que expressam a mesma coisa: “A graça de Deus derramada através do Espírito”.
Habitação:
Quando a pessoa é justificada, ela recebe o Espírito, que passa a habitar com os filhos de Deus.
1 Coríntios 6,19: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”.
Batismo no (ou do) Espírito:
Somente Cristo pode batizar os eleitos com o Espírito Santo, unindo todos em um só corpo que é a Igreja de Deus (a Igreja Universal), nenhuma igreja, eclesiástico ou denominação detêm o poder de batizar no Espírito ou salvar quem quer que seja.
A expressão Batismo no Espírito ou Batismo do Espírito não existe na bíblia, somente a expressão Batismo com o Espírito e somente Jesus batiza com o Espírito:
- A previsão de João Batista:
Mateus 3,11: “Eu vos batizo com {com; ou em} água, para {para; ou à vista de} arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”.
Marcos 1,8: “Eu vos tenho batizado com {com; ou em} água; ele, porém, vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo”.
Lucas 3,16: “Disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com {com; ou em} água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”.
João 1,33: “Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com {com; ou em} água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com {com; ou em} o Espírito Santo”.
Em todos os versos paralelos nos evangelhos, João Batista afirma o seu batismo com água para arrependimento, ao passo que Jesus iria batizar com o Espírito. Ele contrasta o sinal externo do batismo, que é a água com o sinal interno que é privativo dos eleitos de Deus por intermédio de Cristo somente: o batismo com o Espírito.
O Pentecostes:
Joel 2,28: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões”.
Jesus promete que ele iria batizar os apóstolos com o Espírito no dia de Pentecostes, esta é uma promessa feita através do profeta Joel no Velho Testamento que foi cumprida neste dia, mas vemos que nenhum ministro ou apóstolo efetuou o batismo, este batismo com o Espírito aconteceu espontaneamente, pela única ação de Deus em Cristo, sem adição de nenhuma iniciativa por parte dos apóstolos.
Atos 1,5: “Porque João, na verdade, batizou com {com; ou em} água, mas vós sereis batizados com {com; ou em} o Espírito Santo, não muito depois destes dias”.
O que vemos aqui é que Jesus não outorgou a nenhum dos apóstolos este batismo, ele mesmo envia o seu Espírito a batizar aqueles destinados à salvação.
O verdadeiro sentido do batismo com o Espírito está na Carta aos Coríntios, esta sim é uma declaração da universalidade do batismo como um ato salvífico de Cristo.
1 Coríntios 12,13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”.
Este verso se refere ao batismo real, aquele que não é apenas uma manifestação externa ministrada pelo homem, este batismo é o “novo nascimento” outorgado diretamente pela graça de Deus em Cristo na justificação do crente, este é um ato divino concedido a todos os que passam, pela graça de Deus, a fazer parte do reino de Deus, ou da Igreja Universal que não é conhecida dos homens, somente Deus conhece seus filhos.
João 3,6: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”.
Este é um ato único que ocorre uma só vez na vida do eleito, a partir deste momento ele é eternamente salvo e jamais poderá perder esta salvação, pois é uma obra de Deus e não do homem, por este motivo, Jesus promete a suas ovelhas, nada menos que a vida eterna, não existe em toda a bíblia uma única justificativa, que seja, para a necessidade de uma segunda obra do Espírito na vida do crente, esta é, sem dúvida, uma heresia grave que não deve ser aceita em nenhuma hipótese.
João 10,27-29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.
Não existem classes de crentes diferenciadas através de sacramentos, esta idéia é herética e antibíblica.
O maior perigo dos dons espirituais na atualidade constitui-se no ensino fundamental das igrejas pentecostais e carismáticas: O Batismo no (ou do) Espírito. Esta é uma concepção, segundo a qual o crente precisa de uma nova obra de salvação que se manifesta em dons, supostamente concedidos pelo “espírito” e imediatamente após esse “batismo”.
A consideração pentecostal é que a pessoa a ser imersa é o “velho homem”; a mesma pessoa que emerge do batismo é o “novo homem” prenunciado no evangelho. Além da necessidade totalmente antibíblica da segunda obra da salvação o Batismo no Espírito atribui ao homem que batiza a capacidade da salvação e do novo nascimento, o que é uma heresia e uma versão moderna do pecado imperdoável, pois atribui ao homem a ação do Espírito, que procede somente do Pai e do Filho.
Já foi visto acima que expressão “Batismo no (ou do) Espírito” não ocorre na bíblia, as formas em que a fórmula do batismo ocorre são: Batismo de João, Batismo de Arrependimento ou Batismo com o Espírito Santo, este último realizado exclusivamente por Jesus.
Mateus 21,25: “Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele?”
Lucas 3,3: “Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados”.
O selo do Espírito:
Todos os homens e mulheres eleitos em Jesus Cristo têm uma garantia eterna de que perseverarão até o final e serão glorificados, essa regeneração somente pode acontecer pela obra do Espírito Santo, o selo e o penhor do Espírito são outorgados por Deus de forma imediata e permanente no ato da justificação.
É completamente errado e herético pensar que o crente somente irá receber o selo ou o penhor do Espírito pela perseverança e aperfeiçoamento após a justificação
(Lloyd Jones), o selo e o penhor do Espírito fazem parte imediata da justificação, que é um ato judicial de Deus.
2 Coríntios 1,22: “Que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração”.
Não se deve, em hipótese alguma, fazer distinções entre os crentes, sempre irão existir diferenças entre estes crentes, os dons de Deus são diversos e distribuídos pelo Espírito como convém a ele, não existem crentes mais santos ou melhores que outros, existem sim, crentes com dons diversos, mas isto não implica em diferença por classes, pois a eleição é eterna e assim é o chamado de Deus, uma vez que o crente foi justificado, ele está eternamente salvo.
A única diferença que existe é entre os eleitos e os réprobos, não importa o quanto estes réprobos sejam religiosos e falem em nome de Cristo, eles jamais aceitarão toda a Palavra sem que coloquem jeitosamente, à exemplo dos fariseus, alguma restrição.
Romanos 11,29: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”.
Encher-se do Espírito:
O enchimento com o Espírito é um dom de Deus, ninguém é capaz, por si mesmo, de atingir esta meta; a plenitude do Espírito nos crentes leva ao crescimento e amadurecimento no conhecimento e na adoração a Deus em Cristo. Este é um assunto delicado, não existe perante Deus um crente melhor ou mais habilitado que outro, não existem categorias de crentes, todos os eleitos são exatamente iguais perante Deus, pois ninguém é salvo pelos seus méritos, mas, todos são salvos somente pela justiça perfeita de Cristo, que é a mesma para todos.
Não existem pecadores condenados e santos salvos, o que existe são pecadores condenados e pecadores salvos pela justiça de Cristo. Os eleitos, já regenerados, apesar de constrangidos, continuam nos seus pecados e delitos carregando o peso do pecado original e dos pecados do dia a dia, incapazes em toda sua vida de agradar a Deus e perseverar em sua salvação à parte da comunhão permanente do Espírito.
Efésios 5,18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.
Isto não exime os crentes de se esforçar e procurar sinceramente dentro de si, força e determinação para cumprir os mandamentos e agradar a Deus, orando sempre e sabendo que somente irão perseverar através da graça de Deus em Cristo, aplicada pelo Espírito, todavia, o verdadeiro crente tem seu prazer e segurança na soberania de Deus.
Filipenses 2,13: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
Orientação:
Os crentes são instruídos e direcionados pelo Espírito na preservação, capacitação e orientação visando uma vida agradável a Deus, o que é impossível sem a intervenção divina, mesmo para os crentes regenerados e maduros na fé.
Gálatas 5,16: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”.
O Espírito Santo como Santificador
Na primeira carta do apóstolo Pedro, Deus diz: ‘Sede santos, porque eu sou santo’. O Deus cristão não é um deus caprichoso e cruel que enche seus filhos de desejos e exige continência, esta frase acima não é uma ordem, mas um decreto, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
Ninguém é interiormente santo no sentido de perfeição moral, a santidade no sentido da perfeição moral é própria somente de Deus, a santidade do homem se refere a um relacionamento com Deus, à simples separação entre os réprobos e os eleitos, mas jamais à perfeição moral que nunca será atingida por nenhum homem.
Por este motivo Deus envia aos seus filhos o seu Espírito que os ajuda e intercede por eles, de forma que o pecador justificado é regenerado e persevera na salvação somente pela ação contínua do Espírito durante toda sua vida terrena.
A perseverança se traduz no acatamento da Palavra de Deus e da fé em Cristo, pela qual, todo o louvor e adoração a Deus devem ser feitos conforme estabelecido em sua Palavra, todo o resto é invenção humana que nenhum valor tem para a glória de Deus e a fé em Cristo.
Apocalipse 14,12: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.
O que é a justiça do salvo? A justiça do salvo é a justiça de Cristo somente, ninguém possui justiça própria que o justifique ou constitua mérito para a salvação, por este motivo a justiça de Cristo tem que ser aplicada continuamente pelo Espírito, que irá prover a preservação do crente durante toda a sua vida terrena.
1 - Em primeiro lugar, todos os salvos são santificados com base no sacrifício de Cristo, que morreu em lugar do pecador e conquistou a justiça que jamais seria possível ao homem, quem é justificado recebe, pelo Espírito, o dom da fé em Cristo, quem crê no filho de Deus recebe a sua justiça por imputação.
Mateus 9,6: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados—disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”.
2 - Em segundo lugar, o crente somente é santificado nesta vida pela ação do Espírito Santo, que o capacita para agir de maneira agradável a Deus, veja, por exemplo, que crentes em Filipos, que já haviam recebido a unção do Espírito, temiam a Deus e eram obedientes e disciplinados.
Filipenses 2,12-13: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
O temor a Deus somente é válido quando se acredita no Deus triúno, soberano e determinador, transcendente e acima do tempo, do universo e de todas as criaturas criadas, somente esta visão da grandiosidade e soberania de Deus, presente igualmente em todas as pessoas divinas pode levar o crente ao temor e à verdadeira adoração.
Se alguém acredita em um deus da mesma natureza que ele e este deus vai depender da vontade e decisão do homem para realizar seus planos, temê-lo seria imoral, pois ninguém deve temer uma criatura da mesma natureza, pois todo aquele que acredita no livre-arbítrio está criando uma obrigação para Deus, que deverá
salvá-lo pelos seus próprios méritos: Se existe uma obrigação de Deus para com o homem, então, por que temê-lo?
A soberania de Deus e o ministério do Espírito
A salvação é o dom de Deus em Cristo, a obediência e o desenvolvimento da salvação também é um dom de Deus através do ministério do Espírito. Se alguém faz algo agradável em relação a Deus é porque assim foi determinado, pois é Ele quem efetua tanto o querer como o realizar através do seu Espírito, por isso, o orgulho e a vaidade não têm lugar na vida do cristão, apenas o temor e a gratidão a Deus.
Tito 3,5: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”.
A vontade e a determinação de Deus é tão abrangente nos crentes como nos ímpios, a soberania de Deus é absoluta no bem e no mal, Deus mantém os crentes, através do Espírito, direcionados para uma vida em constante regeneração. Ao mesmo tempo, mantém os ímpios, também pelo ministério do Espírito, sempre ativamente voltados para o mal, tanto para a execução do mal em si como para receber o ministério do engano.
Não se deve confundir estes fatos; a vontade de Deus não anula a personalidade do homem, este é sempre responsável pelas suas ações em qualquer situação.
1 Pedro 2,7-8: “Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos”.
OS FRUTOS DO ESPÍRITO
O crente, mesmo após receber a justificação, mesmo estando em regeneração pelo Espírito, mesmo sendo salvo, continua pecador, pois o homem jamais conseguirá nesta vida a santidade plena.
A justiça do salvo é somente a justiça de Cristo, o homem não possui justiça própria em nenhuma condição, todavia, os crentes regenerados têm sobre si o Espírito de Deus e isso produz frutos visíveis, são os frutos do Espírito que se manifestam no salvo, unicamente pela ação do Espírito.
Estes frutos do Espírito não constituem mérito para a salvação e não são frutos produzidos pelo crente através da ação do Espírito, são dons de Deus distribuídos pelo Espírito.
Os frutos do Espírito constituem a
manifestação visível da salvação, o Espírito milita contra a carne e a carne
contra o Espírito, no caso dos eleitos de Deus o Espírito irá sempre
prevalecer, mas o pecado habita no homem e ele sempre será tentado em toda a
sua vida.
Gálatas 5,17: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.
Mas, julgue cada um a si mesmo, ninguém deve
jamais se atrever a pronunciar juízo infamatório na observação dos frutos do
Espírito em outras pessoas, pois somente Deus conhece seus filhos e a hora em
que serão chamados.
Todavia, neste caso do julgamento cristão,
deve-se fazer aqui uma exceção vigorosa aos falsos mestres que se introduzem na
igreja proclamando doutrinas estranhas à Escritura, estes devem ser combatidos
aberta e decididamente até as últimas consequências.
Judas 1.3-4: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.
A natureza dos frutos do Espírito:
Os frutos do Espírito são manifestos em várias graças que não são próprias do homem natural.
Gálatas 5,22: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.
A unidade dos frutos do Espírito:
Os frutos do Espírito, ao contrário dos dons, são manifestos na vida do crente de forma global, não são manifestos alguns frutos em alguns crentes, mas todos os frutos simultaneamente em todos os que são realmente salvos. Isto porque a finalidade da regeneração é a de conformar o crente a Jesus Cristo.
Filipenses 2,5: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.
A santidade não será atingida nesta vida, essa pretensão só pode trazer insanidade e hipocrisia. O crente deve ter em mente o esforço constante e humilde para chegar o mais perto possível deste alvo apesar de saber que jamais atingirá a perfeição, mas pela ação do Espírito, poderá progredir em sua santificação paulatinamente durante toda sua vida.
Ora, se alguém recebe estes frutos pela graça de Deus, maior é o seu mérito visto procederem de origem divina, pois desta forma são permanentes e eternos, a soberania de Deus não constitui obstáculo, mas estímulo para os seus filhos perseverarem na salvação, pois o verdadeiro cristão conhece e entrega sua segurança somente à soberania de Deus.
1 Coríntios 9,25: “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível”.
Filipenses 3,14: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
OS DONS DO ESPÍRITO
Os dons do Espírito são capacidades, além dos talentos naturais das pessoas, dados pela ação interna e sobrenatural do Espírito Santo, estes dons serão descritos no próximo ítem. Esse é um assunto completamente subvertido pelas religiões pentecostais e carismáticas, principalmente, mas muito disto existe dentro da igreja cristã, a esse respeito é preciso fazer algumas considerações:
1 – Estes dons do Espírito não devem ser confundidos com os dons iniciais recebidos pelo cristão convertido (o novo nascimento), que são a fé e o arrependimento para a vida, estes dons resultam da justificação e são comuns a todos os crentes que receberam a graça de Deus em Cristo.
2 – Os dons sobrenaturais do Espírito não podem, de forma alguma, ser considerados como a necessidade de uma segunda obra do Espírito na vida do Cristão. O selo e o penhor do Espírito são concedidos no ato da justificação, neste mesmo ato o crente está salvo eternamente, e todos estes pecadores, regenerados pela graça de Deus, recebem imediatamente o Espírito e jamais perderão a salvação.
Não existem classes ou categorias de crentes, todos os salvos, são pecadores sem mérito algum e tem a seu crédito somente a justiça de Cristo, todos os eleitos justificados são iguais perante Deus que passa a ver todos estes pecadores regenerados como seus filhos adotivos pela ótica da vida de obediência irrestrita e da justiça perfeita de seu Filho amado.
Todo dom do Espírito provém de Deus em Cristo, a obra de salvação é sempre, do começo ao fim, uma obra do Deus triúno, este é um assunto que requer muito cuidado, pois a base da teologia carismática e pentecostal leva à adoração individual do Espírito e atribui a salvação a supostas manifestações físicas imediatas de dons concedidos, principalmente o falar em línguas, desta forma, criam-se classes diferenciadas de crentes, e atribui-se a denominações específicas a exclusividade da salvação, que pertence somente a Deus e não à igreja ou aos seus ministros.
A finalidade dos dons espirituais
Existem algumas questões a respeito dos dons do Espírito, porém muitas certezas reveladas na Escritura; nenhum dom do Espírito é concedido sem propósitos específicos, que são basicamente dois: o conhecimento de Cristo e a edificação da igreja. Se os dons não se encaixam em uma destas duas finalidades, eles são vãos e não procedem do Espírito de Deus.
- Conhecimento:
Todos os dons, concedidos por Deus através do Espírito, visam em última análise o pleno conhecimento de Cristo, sem o que, a obra missionária e a preservação da salvação se perdem por completo.
Efésios 4,11-13: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo. Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”.
- Edificação:
Um dom espiritual nada mais é que a capacidade de glorificar a Deus e transmitir o conhecimento de Cristo, este dom somente é legítimo quando edifica o Corpo de Cristo, isto é particularmente válido para o dom de línguas, é bastante claro que no dia do Pentecostes os cristãos falavam línguas inteligíveis a outros povos ali presentes, pois cada um entendeu perfeitamente o que era dito em seu idioma natal.
Atos 2,7-11: “Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?”
Continuando ainda neste item, segue abaixo a séria advertência do apóstolo Paulo quanto à inutilidade do dom das línguas quando não há entendimento
1 Coríntios 14,18-19: “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua”.
É preciso reafirmar, sempre e novamente, que os dons do Espírito se destinam ao conhecimento de Cristo e à edificação da igreja, ressaltando, porém, que a edificação da igreja provém unicamente do conhecimento, os dons são capacidades doadas pelo Espírito com a finalidade de dar a conhecer Jesus Cristo e participar com a igreja.
Os principais dons particulares distribuídos pelo Espírito e destinados à edificação da igreja são: ministério, ensino, exortação, contribuição, direção, misericórdia com alegria e o amor, que não é em si superior, mas necessariamente acompanha e complementa os outros dons quando verdadeiros, pois não existe superioridade de um dom sobre outro, mesmo considerando as diversas manifestações e atividades resultantes, todos são de igual dignidade.
Romanos 12,6-9: “Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria. O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem”.
O uso dos dons:
Ao contrário dos frutos do Espírito que se manifestam de forma uniforme nos salvos, os dons do Espírito nem sempre significam que a pessoa que os recebe é salva, a resposta a essa questão é como a pessoa usa este dom: a única forma apropriada é a que resulta no conhecimento de Cristo e na real edificação da igreja.
1 Pedro 4,10-11: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”
Todo cristão recebe, de alguma forma, a capacidade de servir a Deus por intermédio de dons espirituais, estes dons provém de Deus, e por isso, todo o crente tem o dever de desenvolver, e principalmente, usar adequadamente estes dons para o serviço que Deus concedeu.
Efésios 4,7: “E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo”.
O PERIGO DOS DONS ESPIRITUAIS
Os dons do espírito nem sempre são concedidos como uma bênção, muitas vezes eles são concedidos a pessoas perdidas e sem esperança de salvação, outras vezes eles produzem vaidade ou interesse financeiro nas pessoas que os recebem, tornando-os para perdição. Considerem o exemplo de Judas e Balaão, que receberam os dons do Espírito para sua própria perdição. Balaão recebeu de Deus a permissão para aderir a Balaque na maldição do povo judeu, a maldição não aconteceu, mas o plano sugerido por Balaão para perdição do povo judeu foi bem sucedido, vê-se claramente que todas essas atitudes foram provocadas deliberadamente por Deus e concedidas pelo Espírito que estava sobre Balaão.
Números 22,38: “Respondeu Balaão a Balaque: Eis-me perante ti; acaso, poderei eu, agora, falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei”.
A fórmula batismal em ligação com o dia do Pentecostes:
O derramamento do Espírito no dia do Pentecostes é uma continuidade no cumprimento do ministério de Cristo, o batismo com o Espírito é a obra eficaz da justificação, realizada através da justiça de Cristo, imputada ao crente pela graça de Deus através do Espírito.
João 7,39: “Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”.
O batismo com água é um sacramento e não deve ser confundido, este batismo é apenas a declaração pública da fé em Jesus Cristo, ao passo que, o Batismo com o Espírito é uma ação sobrenatural de Deus na justificação de seus eleitos – o novo nascimento.
A mais importante declaração bíblica a respeito do Batismo com o Espírito está na Carta aos Coríntios, aqui este conceito está explicado de forma correta como uma experiência universal dos eleitos de Deus, esta experiência não divide os cristãos em classes ou categorias de crentes, mas reafirma o sacerdócio de todo o povo de Deus.
1 Coríntios 12,13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”.
O Batismo no Espírito não deve ser procurado como uma segunda obra necessária na salvação, muito menos como uma expectativa de santificação nesta vida. A salvação é a obra sobrenatural do Deus triúno, concedida por Deus Pai na eternidade, realizada por Cristo na cruz do calvário e aplicada pessoalmente a cada crente pela obra contínua do Espírito Santo, por todas estas coisas, é preciso ver a obra do Espírito sempre em conexão com a Trindade Divina, o Espírito somente atua na obra da salvação do homem procedente do Pai e do Filho.
João 14,16-17: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”.
5.ANGEOLOGIA:
A doutrina dos Anjos
A palavra "anjo" significa mensageiro. Normalmente ela se refere a uma ordem de seres espirituais; em raras ocasiões, a seres humanos (como em Lc 7.24; Tg 2.25).
Todos os anjos foram originalmente criados num estado de santidade, mas alguns seguiram a satanás em sua rebelião contra Deus, tornando-se assim demônios. Alguns demônios vivem à solta, e outros estão confinados (2Pe 2.4).
Anjos são seres criados, subordinados somente a Deus (Cl 1.16). Sendo seres espirituais, não sofrem algumas das limitações comuns aos seres humanos. Têm organização e são divididos em ordens (Is 6.1-3; Dn 10.13; Ef 3.10; Jd 9). Anjos ministraram a Cristo várias vezes durante Seu primeiro advento e virão com Ele em Seu retorno (Mt 2.13; 4.11; 26.53; 28.2,5; Lc 22.43; 2Ts 1.7,8). Eles servem aos crentes (Hb 1.14) e os observam (1Co 4.9; 11.10). Miguel é o único designado "arcanjo" (Dn 10.12,21; Jd 9), embora Gabriel também tenha posição importante (Lc 1.19-26). Deus jamais disse a qualquer anjo que ele era filho, somente a Cristo e a respeito de Cristo.
1- A Existência de Anjos:
a) O ensino das Escrituras.
A existência de anjos é ensinada em, pelo menos, 34 livros da Bíblia. A palavra "anjo" ocorre mais de 250 vezes.
b) O ensino de Cristo.
Cristo sabia da existência de anjos e a ensinava claramente (Mt 18.10; 26.53).
a) O ensino das Escrituras.
A existência de anjos é ensinada em, pelo menos, 34 livros da Bíblia. A palavra "anjo" ocorre mais de 250 vezes.
b) O ensino de Cristo.
Cristo sabia da existência de anjos e a ensinava claramente (Mt 18.10; 26.53).
2- A Criação dos Anjos:
a) O fato.
O fato de sua criação é demonstrado em Colossenses (1.16).
b) O tempo.
Antes da criação do mundo (Jó 38.6,7).
c) O Estado.
Foram criados em santidade (Jd 6).
a) O fato.
O fato de sua criação é demonstrado em Colossenses (1.16).
b) O tempo.
Antes da criação do mundo (Jó 38.6,7).
c) O Estado.
Foram criados em santidade (Jd 6).
3- A Personalidade dos Anjos:
a) Intelecto (1Pe 1.12).
b) Emoções (Lc 2.13).
c) Vontade (Jd 6)
a) Intelecto (1Pe 1.12).
b) Emoções (Lc 2.13).
c) Vontade (Jd 6)
4- A Natureza dos anjos:
a) São seres espirituais ( Hb 1.14).
b) Não se reproduzem segundo a sua espécie (Mc 12.25).
Os anjos são mencionados nas Escrituras são designados pelo sexo masculino (Gn 18.1,2).
c) Não morrem (Lc 20.36).
d) São distintos dos seres humanos ( Sl 8.4,5).
e) Têm grande poder (2Pe 2.11).
a) São seres espirituais ( Hb 1.14).
b) Não se reproduzem segundo a sua espécie (Mc 12.25).
Os anjos são mencionados nas Escrituras são designados pelo sexo masculino (Gn 18.1,2).
c) Não morrem (Lc 20.36).
d) São distintos dos seres humanos ( Sl 8.4,5).
e) Têm grande poder (2Pe 2.11).
5- O Número dos Anjos:
São inumeráveis (Hb 12.22).
São inumeráveis (Hb 12.22).
6- Organização dos Anjos:
a) Um Arcanjo é mencionado.
Miguel (Jd 9)
b) Primeiros Príncipes (Dn 10.13).
c) Principados e Potestades (Ef 3.10).
d) Anjos da Guarda.
Para todos (Hb 1.14).
Para crianças ( Mt 18.10).
e) Serafins (Is 6.1-3).
Ligados à adoração a Deus.
f) Querubins (Gn 3.22-24).
Ligados à santidade de Deus.
g) Anjos Eleitos (1Tm 5.21).
a) Um Arcanjo é mencionado.
Miguel (Jd 9)
b) Primeiros Príncipes (Dn 10.13).
c) Principados e Potestades (Ef 3.10).
d) Anjos da Guarda.
Para todos (Hb 1.14).
Para crianças ( Mt 18.10).
e) Serafins (Is 6.1-3).
Ligados à adoração a Deus.
f) Querubins (Gn 3.22-24).
Ligados à santidade de Deus.
g) Anjos Eleitos (1Tm 5.21).
7- Os Ministérios dos Anjos:
a) A Cristo.
1- Predisseram o Seu nascimento (Lc 1.26-33).
2- Anunciaram o Seu nascimento (Lc 2.13).
3- Protegeram a criança (Mt 2.13).
4- Fortaleceram a Cristo depois da tentação ( Mt 4.11).
5- Estavam preparados para defendê-lO (Mt 26.53).
6- Confortaram-nO no Getsêmani (Lc 22.43).
7- Rolaram a pedra que fechava a entrada ao sepulcro (Mt 28.2).
8- Anunciaram a ressurreição (Mt 28.6).
b) Aos Crentes.
1- Seu ministério geral é de ajuda (Hb 1.14).
2- Estão envolvidos com as repostas às orações (At 12.7).
3- Observam a experiência dos crentes (1Co 4.9; 1Tm 5.21).
4- Encorajam nas horas de perigo (At 27.23-24).
5- Estão interessados nos esforços evangelísticos (Lc 15.10; At 8.26).
6- Ministram aos justos na hora de sua morte (Lc 16.22; Jd 9).
c) Às Nações.
1- Miguel parece ter um relacionamento estreito com Israel (Dn 12.1).
2- Os anjos parecem ser agentes de Deus na execução de Sua providência (Dn 10.21).
3- Os anjos estarão envolvidos nos juízos da tribulação ( Ap 8, 9 e 16).
a) A Cristo.
1- Predisseram o Seu nascimento (Lc 1.26-33).
2- Anunciaram o Seu nascimento (Lc 2.13).
3- Protegeram a criança (Mt 2.13).
4- Fortaleceram a Cristo depois da tentação ( Mt 4.11).
5- Estavam preparados para defendê-lO (Mt 26.53).
6- Confortaram-nO no Getsêmani (Lc 22.43).
7- Rolaram a pedra que fechava a entrada ao sepulcro (Mt 28.2).
8- Anunciaram a ressurreição (Mt 28.6).
b) Aos Crentes.
1- Seu ministério geral é de ajuda (Hb 1.14).
2- Estão envolvidos com as repostas às orações (At 12.7).
3- Observam a experiência dos crentes (1Co 4.9; 1Tm 5.21).
4- Encorajam nas horas de perigo (At 27.23-24).
5- Estão interessados nos esforços evangelísticos (Lc 15.10; At 8.26).
6- Ministram aos justos na hora de sua morte (Lc 16.22; Jd 9).
c) Às Nações.
1- Miguel parece ter um relacionamento estreito com Israel (Dn 12.1).
2- Os anjos parecem ser agentes de Deus na execução de Sua providência (Dn 10.21).
3- Os anjos estarão envolvidos nos juízos da tribulação ( Ap 8, 9 e 16).
d) Aos Descrentes.
1- Anunciam juízos eminentes (Gn 19.13; Ap 14.6,7).
2- Infligem o juízo divino ( At 12.23).
3- Agem como ceifeiros na separação definitiva no fim dos tempos (Mt 13.39).
1- Anunciam juízos eminentes (Gn 19.13; Ap 14.6,7).
2- Infligem o juízo divino ( At 12.23).
3- Agem como ceifeiros na separação definitiva no fim dos tempos (Mt 13.39).
Fonte:
Bíblia Anotada
Bíblia Anotada
6.ECLESIOLOGIA:
Introdução.
“Pois também eu te
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do hades não prevalecerão contra ela...”(Mateus 16:18).
Muitos cristãos estão
dentro das igrejas sem ao menos saberem como ela foi constituída. É comum ouvirmos
de alguns cristãos esta afirmação: “Foi Cristo quem instituiu a igreja!”. Sem
dúvida foi Ele mesmo o idealizador. Mas, saber isto é suficiente? Diante de
tantas igrejas espalhadas por este mundo, não seria inteligente saber algo a
mais? Você já observou que certas igrejas vivem, como se não existisse mais
nenhuma outra igreja no mundo? Você já se perguntou em até que ponto, a igreja
que você faz parte, está dentro do plano bíblico? E por falar em plano bíblico,
qual é o verdadeiro? Será que todas denominações existentes vivem segundo a
Palavra de Deus? Qual igreja Cristo virá buscar?
Não tenho a pretensão, de neste estudo, dizer
se esta ou aquela igreja é certa ou errada. Este julgamento, não cabe ao homem.
Jesus sabe quais são os verdadeiros salvos, e no grande dia final, o Justo
Juiz, fará com que todos saibam quem está certo ou errado. A idéia é mostrar
que Eclesiologia é uma doutrina que pode, e deve, ser conhecida por aqueles que
fazem parte de uma igreja. Ser arrolado a um grupo denominado “igreja”, é muito
mais sério e importante do que muitos pensam. A igreja não é uma instituição
humana, e isto faz dela um grande canal que pode conduzir o homem à Jesus
Cristo, e Dele à Deus.
Os que estudam Eclesiologia, mostram um
interesse e um amor maior à igreja de Jesus Cristo. Nosso objetivo é mostrar
que a igreja de Jesus é composta de pessoas especiais, portanto, a igreja é
especial. Deus seja louvado! Exaltado seja Jesus, o autor da igreja!!!!
1. A identidade da igreja.
Sempre
ao associarmos Deus ao homem, em se tratando de relacionamento, podemos afirmar
que Deus, o Criador, não só se preocupa com o relacionamento entre o homem com
Ele, mas também entre os homens uns com os outros. Isto é afirmar que o
relacionamento com Deus está relativamente, ligado com um corpo comunitário de
pessoas(ver, Gn 2:18; 9:8-9; 12:1-2; 15:1-5; 28:14), estes
textos bíblicos são exemplos da pluralidade de pessoas, no relacionamento entre
a criatura e o Criador. Mesmo que muitos homens tenham se destacados
individualmente, uma coletividade sempre esteve no propósito de Deus.
Quando
Deus resolve dar uma outra chance ao homem, devido a queda no Éden, a igreja
fez parte do plano. Isto porque a igreja pôde, através do seu Senhor, religar o
homem à Deus. A igreja, não só faz com que o relacionamento do homem e Deus
seja correto, como ao mesmo tempo, transforma os homens, genericamente, em um
corpo mais unido. Por esta razão a igreja é tão importante para a humanidade.
Isto não significa que a igreja seja mais importante que Jesus Cristo, mas, ela
tem um papel de extrema importância na vida dos seres humanos.
1. 1. Conceito.
A
Palavra“igreja” encontrada no Novo Testamento vem da palavra grega“Ekklesia”
(Ekklesia)que significa “um grupo chamado para fora” “convocado” ou “assembléia”,
não religiosa em seu sentido literal; como exemplo, podemos citar a passagem
bíblica de Atos 19:39 onde lemos as seguintes palavras: “E se
demandais alguma outra coisa, averiguar-se-á em legítima assembléia(ekklesia).”
O
melhor conceito para“Ekklesia” traduzido como igreja no Novo Testamento é:Um grupo de pessoas que foram chamadas à parte, ou
para fora de outro grupo de pessoas, com um propósito específico. No caso dos
cristãos, um grupo de pessoas que foram chamadas para Jesus, em comunidade, que
reconhecem o Seu senhorio como legislador da igreja.
Partindo
deste princípio, podemos conceituar a igreja em dois sentidos ou de duas
maneiras.
1. 1. 1. Igreja universal de Jesus (igreja
invisível).
O
primeiro conceito encontrado no Novo Testamento é o que define como igreja, de
uma forma geral, todos os salvos, não só os do presente, mas do passado e
também do futuro. Ou seja,
faz parte da igreja universal de Jesus ou igreja invisível todos os verdadeiros
salvos de todos os tempos, de Adão até nos finais dos tempos, observe
a seguinte referência bíblica:“... à universal assembléia e igreja dos
primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos
justos aperfeiçoados” (Hb 12:23).
A
igreja é chamada de universal porque é composta de todos os verdadeiros salvos
de todos os tempos e de todos os lugares. Invisível porque, nesta condição, não
pode ser vista e nem colocados os seus membros juntos. Esta é a igreja referida
em todos os textos bíblicos com associação pessoal com Deus Pai ou Jesus (Mt 16:18;
1Co 15:9; Ef 5:25; e outras).
1. 1. 2. Igreja local (Congregação).
É
possível fazer parte de uma igreja local, e não se estar incluído na igreja
universal de Jesus. Em várias passagens bíblicas onde se encontra a
palavra“Ekklesia” traduzida para igreja, está se referendo a uma congregação ou
uma igreja local (At 8:1; Rm 16:16; 2Tes 1:4 e outras),
neste sentido, encontramos noventa e dois casos registrado no Novo Testamento.
Quando perguntamos a um cristão onde é sua igreja, imediatamente lhe vem à
mente o endereço do local onde ele se reúne com outros cristãos para cultuar a
Deus. Sendo assim, podemos conceituar a igreja local da seguinte maneira:Um grupo de pessoas chamadas à Cristo que se reúnem
em um determinado local (em sua maioria um local fixo), com a finalidade de
viver em comunidade, tendo plena certeza do senhorio de Jesus Cristo sobre eles.
1. 1. 3. Sempre se referindo à pessoas.
Sempre
que a Bíblia usa a palavra“Ekklesia” traduzida para igreja, está se referindo a
pessoas, nunca a um edifício. Tanto a igreja local como a igreja universal de
Jesus, são chamadas de igrejas, porque a composição de formação é feita de
pessoas chamadas para Jesus Cristo, e principalmente em Jesus Cristo (1Pedro
2:1-10). Isto é afirmar que: onde quer que estejam este grupo
será sempre chamado de igreja.
Quando
somos questionados a respeito dos trabalhos da igreja onde congregamos,
respondemos sempre pensando nos fatos ocorridos dentro ou próximo das“quatro
paredes”. Quase não pensamos no que tem acontecido fora dela, por onde os
membros têm andado e vivido. Não podemos proibir um jovem casal de namorados a
ficarem namorando dentro do templo, e permitir que fora dele possam fazer o que
quiserem. Se determinadas músicas não podem serem ouvidas e nem tocadas dentro
do templo, porque serem liberadas do lado de fora? Não estou dizendo que nossas
atitudes, no local de reunião, devam ser de igual modo que agimos, certas
vezes, fora dele.Estou dizendo que devemos viver, como igreja, onde
quer que estivermos, dentro ou fora do templo. A igreja é assim
denominada por causa dos seus escolhidos, não por existir um lindo edifício.
No
Brasil somos privilegiados com o direito de termos um local específico para
adoração à Deus. Antes, em alguns países , um mesmo edifício era usado como
local de adoração à Deus (por denominações variadas), e em horários diferentes,
era usado por outras instituições não religiosas para suas reuniões. Quando um
grupo de irmãos se reúnem num ginásio de esportes, para louvarem a Deus,
enquanto ali estiverem, o local será um local santo e separado para que Deus
ali se manifeste.
Eu,
particularmente, tenho observado que muitas igrejas não compreendem muito bem
esta realidade. Tenho visto pessoas vivendo dentro da igreja onde não pode nem
respirar direito, mas ao saírem da “presença de Deus”, fazem o que bem
entendem. Sem dúvida alguma, o templo é um local santo, mas muito mais santos
são os que compõem à igreja.
“Mas vós sois a geração eleita,o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz; vós que outrora nem éreis povo, e agora sois povo
de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes
alcançado. Amados, exorto-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos
abstenhais das concupiscências da carne, as quais combatem contra a alma; tendo
o vosso procedimento correto entre os gentios, para que, naquilo em que falam
mal de vós, como de malfeitores, observando as vossas boas obras, glorifiquem a
Deus no dia da visitação” (1Pe 2:9-12).
Curiosidades:
Þ A palavra “Ekklesia” traduzida para igreja,
só aparece em um dos evangelhos, Mateus 16:18 e 18:17, no primeiro caso, a
primeira vez que Jesus usou esta expressão, e também no Novo Testamento.
Þ A Palavra “Ekklesia” aparece no Novo
Testamento 115 vezes.
Þ Por duas vezes, esta se refere à
congregação hebraica do Senhor (At 7:38; Hb 2:12).
Þ Por Três vezes está se referindo à
assembléia grega (Atos 19: 32, 39, 41).
Þ As outras colocações encontradas (110
vezes), referem-se à igreja cristã, e em grande maioria trata-se de uma igreja
local.
1. 2. A origem da igreja.
Para se
identificar qualquer instituição, é imprescindível que se conheça sua origem,
mesmo que basicamente. A igreja, como a mais importante das instituições, teve
seu ponto de partida. A igreja universal de Jesus teve sua origem juntamente
com o plano de salvação, ao formar o homem. Porém a igreja cristã, propriamente
dita, teve uma origem bem depois disto. Estaremos observando os principais
fatores que marcaram a origem da igreja.
1. 2. 1. Sua origem profética.
A nação
de Israel foi a igreja de Deus no Antigo Testamento; e esta, ao ser escolhida
e“chamada para fora” dentre outras nações, foi separada para servir e adorar ao
Senhor. Deus sempre quis se comunicar através dos seus escolhidos, a “igreja”
de Deus existente no Antigo Testamento. O Maior problema desta igreja foi ter
rejeitado o Senhor da igreja. “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam
(João 1:11)”. A congregação do Senhor rejeitara o Senhor da igreja.
Jesus foi enviado aos seus, e estes rejeitaram o Salvador.
Um
outro detalhe que deve ser observado, é a profecia feita por Joel, onde lemos
as seguintes palavras: “Vós, pois, sabereis que eu estou no meio de
Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo
nunca mais será envergonhado. Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos
anciãos(velhos) terão sonhos, os vossos mancebos
(jovens) terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias
derramarei o meu Espírito” (Joel 2:27-29). Haveria um tempo onde o
Espírito Santo de Deus seria derramado sobre os homens. E muitos poderiam viver
no domínio do Espírito. Não seria privilégio de poucos, não só os profetas e
poucos homens teriam suas vidas tomadas pelo Santo Espírito. O Senhor Deus
almejava ver toda nação de Israel sob o Seu domínio espiritual. Sem dúvida,
nestas palavras de Joel, estava a profecia sobre o “derramar sem igual do
Espírito”, que cumpriu-se literalmente a partir daquele dia de pentecostes;
mas, podemos de certa forma, associar esta profecia com o aparecimento da
igreja cristã, pois, depois deste acontecimento, os que confiavam em Jesus,
começaram a viver como igreja.
1. 2. 2. Sua origem histórica.
No
capítulo primeiro do livro de Atos, encontramos uma das passagens bíblicas que
deve ser examinada com muito carinho pelos interessados em estudar a origem
histórica da igreja cristã.
A ordem
de Jesus era que os seus seguidores ficassem em Jerusalém (Atos 1:4;
Lucas 24:49)até que o Espírito Santo fosse derramado. A ordem
foi cumprida“ao pé da letra”, os Apóstolos, e os demais seguidores de Jesus,
não só ficaram em Jerusalém aguardando o cumprimento da profecia, mas, como
estavam juntos, oravam (Atos 1:14). Com um total de
aproximadamente 120 pessoas reunidas com o mesmo propósito(Atos 1:15),
temos a impressão de que o corpo físico estava formado, nos deixando a idéia de
que a primeira igreja cristã e local, estava à se formar. No entanto, só
podemos afirmar oficialmente a formação da igreja, no dia de Pentecostes, onde
a promessa se cumpriu. Esta profecia se cumpriu exatamente no dia de
pentecostes (Atos 2:1-13), quando o Espírito Santo é derramado e as pessoas que
estavam reunidas no cenáculo são tomadas, interiormente, pela Pessoa que
haveria de ser o outro “Consolador”(João 14:15-17).
Com a
descida do Espírito Santo, concedendo poder aos que já criam em Jesus (Atos
1:8); o sermão do Apóstolo Pedro, onde quase três mil almas se entregaram à
Jesus Cristo (Atos 2:41); formada basicamente de judeus convertidos; na cidade
de Jerusalém; da-se início a primeira igreja cristã, a igreja de Jerusalém.
Nota:
Estaremos separando um capítulo para
estudarmos, com mais detalhes, a História da igreja Cristã.
1. 3. Títulos bíblicos dados à igreja cristã.
Podemos
chamar de títulos bíblicos dados à igreja, algumas colocações usadas na Bíblia
que se refere à igreja cristã. Observe:
1. 3. 1. O povo de Deus.
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz; vós que outrora nem éreis povo, e agora sois povo de Deus; vós que não
tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes alcançado” (1Pe 2:9-10).
É
impossível desassociar o povo de Israel, chamado carinhosamente por Deus de
“sua propriedade peculiar”, ou melhor, propriedade particular e intimamente
ligada ao dono (Ex 6:7; 19:5), da igreja de
Jesus. A aliança feita com Deus, através de Jesus (Ver, Tito
2:14), dá o mesmo direito, ou melhor, privilégio, de sermos
chamados de Povo de Deus. A Igreja é reconhecida como uma verdadeira Nação de
Deus.
1. 3. 2. O corpo de Cristo.
“Ora, vós sois corpo de Cristo, e
individualmente seus membros”(1Co 12:27).
Este
título parece ser o preferido do Apóstolo Paulo. Na realidade, entre Jesus, o
fundador e idealizador da igreja, e a comunidade cristã (ou igreja), existe uma
ligação muito íntima. Quando pensamos nesta colocação, o corpo de Cristo,
podemos afirmar com muita convicção que a igreja cristã é muito mais que uma
instituição. É um organismo vivo!(Ver, 1Co 12:12-31).
1. 3. 3. A noiva de Cristo.
“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas
as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva
se preparou” (Ap 19:7).
“E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de
Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o
seu noivo” (Ap 21:2).
É
interessante observarmos que esta metáfora comparativa, onde os servos de Deus
são associados a uma noiva, é destacada já no Antigo Testamento. A nação de
Israel é descrita algumas vezes como a noiva de Deus (Isaías
54:5-8; 62:5), até mesmo como uma noiva infiel (Jeremias
3; Ezequiel 16). Em alguns dos ensinamentos de Jesus, a mesma
figura de linguagem é usada (Marcos 2:18-20; Mateus 22:1-14).
Em muitas outras passagens no Novo Testamento, a igreja é apresentada como a
noiva de Cristo, e o noivo, por sua vez, é dado como modelo exemplar aos homens
de uma forma geral (Efésios 5:25-28).
No
Apocalipse, João descreve como noiva a igreja já preparada para encontrar com o
Noivo Jesus Cristo (Observar versos transcritos no começo deste tópico). Quando
pensamos na igreja comparada com uma noiva, devemos pensar na responsabilidade
explícita. A noiva deve ser fiel a qualquer custo, porque o Noivo é fiel; a
noiva deve amar com todas as suas forças, porque o Noivo assim a ama. A igreja
deve reconhecer a importância de ser comparada a uma noiva.
1. 3. 4. A família de Deus.
“Assim já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos
santos, e dafamília de Deus” (Efésios 2:19).
Podemos
imaginar a igreja como uma grande família, onde Deus como o Pai, cuida de
todos. Em 1Timóteo 3:15, Paulo descreve a igreja como a casa de Deus, dando um
aspecto familiar. No mundo material, para se fazer parte de uma família, é
imprescindível nascer dentro dela ou, de certa forma, por meio de adoção. O
critério principal para se fazer parte da família de Deus é primeiramente o
novo nascimento (João 3:5), gerando uma nova vida no Espírito (Ver,
Romanos 8:14-17).
Este
relacionamento familiar traz à igreja uma segurança enorme. Jesus conforta os
seus discípulos fazendo uma metáfora comparativa entre os lírios do campo e os
passarinhos com os filhos de Deus; assim como Deus cuida carinhosamente deles,
muito mais cuidará de seus filhos(Mateus 6:25-34).
1. 3. 5. O rebanho de Deus.
Podemos
dizer que a igreja é o rebanho de Deus porque em algumas passagens bíblicas,
encontramos afirmações claras que declaram Jesus como Pastor (1Pedro
5:4; 2:25; Hebreus 13:20).
A
igreja como rebanho de Deus, tem em seu Pastor a proteção de um pastor que deu
a vida pelo rebanho(João 10:11). A igreja como
rebanho de Deus, conhece a voz do Pastor verdadeiro (João
10:14). Jesus como Pastor, dá segurança; alimento; conforto. Em
retribuição, as ovelhas confiam neste Pastor; porque sabem que Nele se pode
confiar.
7.ANTROPOLOGIA:
ANTROPOLOGIA: Doutrina do Homem
I. A ORIGEM DO HOMEM
A) Tipos de teorias evolucionistas:
Evolução ateísta -
Vê a geração espontânea como a causa original.
Evolução teísta -
Vê um poder divino como a causa original e a força diretriz.
Ambas podem incluir variações acidentais, seleção natural e transmissibilidade de características adquiridas.
B) Criacionismo:
A evidência da revelação bíblica -
a– Extensão da evidência. Embora a Bíblia não seja um livro de ciência, sempre que menciona um fato cientifico registra-o sem erro.
b– Autoridade da evidência. Tudo que a Bíblia apresenta como verdade tem autoridade divina.
Os fatos da evidência -
a– Bara’ é usado em Gn 1.1, 21, 27
b– A palavra dia é usada em relação ao nosso atual período de 24 horas, e é usada também para período mais longos de tempo.
c– A criação é apresentada como fato histórico em muitos lugares das Escrituras (Ex 20; Sl 8; Mt 19; Hb 4).
d– O começo do primeiro dia ocorre em Gn 1.3. O versículo 2 pode envolver um enorme período de tempo.
e– As eras geológicas podem ter ocorridos devido a uma catástrofe (relacionada ou não à queda de satanás) depois da criação inicial, ou podem ter sido causadas pelo dilúvio.
II. A PARTE MATERIAL DO HOMEM (CORPO)
A) Sua criação:
Gênesis 2.7 e 3.19
B) Suas designações:
Corpo Mt 6.22
Carne Gl 2.20
Corpo de humilhação Fp 3.21
Vaso de barro 2Co 4.7
Templo do Espírito Santo 1Co 6.19
C) Seu futuro:
Todos os homens serão ressuscitados dos mortos (Jo 5.28,29). Os não-redimidos serão ressuscitados para uma existência eterna no lago de fogo (Ap 20.12,15), e os remidos, no céu.
III. A PARTE IMATERIAL DO HOMEM (ALMA E ESPÍRITO)
A) Sua origem:
Gn 2.7
B) Sua característica:
“Imagem e semelhança de Deus”. O estado original de Adão era de santidade recebida mas não confirmada. Ele perdeu este estado com a queda, mas o homem ainda retém vestígios da imagem e semelhança de Deus. (1Co 11.7; Tg 3.9)
C) A transmissão da parte imaterial do homem:
Teoria da pré-existência.
As almas de todos os homens foram criadas por Deus no início do universo e são individualmente encerradas em corpos.
Criacionismo.
A alma do homem é criada por Deus quando seu corpo nasce.
Traducianismo.
A alma é transmitida por geração natural, tal como o corpo.
D) As facetas da parte imaterial do homem:
Alma.
A alma diz respeito à vida pessoal, ao indivíduo. Tem emoções (Jr 31.25) e guerreia contra as paixões da carne (1Pe 2.11).
Espírito.
Este termo é relacionado aos aspectos mais elevados do homem (Rm 8.16). Todos os homens têm espírito (1Co 2.11). O espírito também pode ser corrompido ( 2Co 7.1). Embora haja distinção entre alma e espírito, ambos são facetas da parte imaterial do homem.
Coração.
O coração é o conceito mais amplo de todas as facetas da parte imaterial do homem. E a sede da vida intelectual, emocional, volitiva e espiritual do homem (Hb 4.12; 4.7; Mt 22.37)
Consciência.
A consciência é uma testemunha interior que foi afetada pela Queda mas que, apesar disso, pode ser um guia seguro ocasionalmente (1Pe 2.19; Hb 10.22)
Mente.
A mente é aquela faceta imaterial do homem na qual está centralizado o entendimento. A mente foi afetada pela queda mas pode ser renovada em Cristo (Rm 12.2).
Carne.
Quando o termo carne significa natureza pecaminosa, refere-se também a um aspecto da natureza imaterial do homem. É completamente corrupta e não pode ser renovada, mas será erradicada na morte.
IV. A QUEDA DO HOMEM
A) Atitudes para com Gênesis 3:
O ponto de vista liberal.
Uma lenda, um quadro geral de religião e moral à luz de um período posterior.
O ponto de vista neo-ortodoxo.
Mito, história primitiva, supra-história ou “mito verdadeiro”. Os barthianos consideram o relato não histórico mas sua realidade espiritual verdadeira; i.e., verdade sem fato (se isto for possível)
B) Prova:
A proibição de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal era, em última instância, uma prova de obediência à vontade revelada de Deus.
C) A queda:
Em primeiro lugar, satanás tentou fazer com que Eva duvidasse da bondade de Deus porque Ele lhes vedara acesso a uma árvore (Gn 3.1, “toda”).
Depois, satanás ofereceu a Eva um plano substituto, que permitia comer do fruto sem sofrer a penalidade (vv. 4,5).
Eva justificou antecipadamente seu ato de comer o fruto (v. 6).
Por fim, Eva comeu e Adão a seguiu.
D) As penalidades:
Sobre a serpente.
Gn 3.14
Sobre satanás. V.15
a– Inimizade entre as hostes do mal e a descendência da mulher.
b– satanás teria permissão de infligir a Cristo uma ferida dolorosa mas não fatal (calcanhar).
c– satanás receberia uma ferida fatal (cabeça).
Sobre Eva e as mulheres. V. 16
a- Dor na concepção.
b– Submissão ao marido.
Sobre Adão e os homens. Vv.17-19
a– Maldição sobre o solo.
b– Cansaço e fadiga no trabalho.
Sobre a raça. Vv. 20-24
a– Comunhão com Deus quebrada.
b– Morte física.
c– Expulsão do Éden.
Fonte: “A Bíblia Anotada”
8.SOTERIOLOGIA:
ESBOÇO DA MATÉRIA
SOTERIOLOGIA
1. A importância da Matéria
2. O Significado do Termo “Soteriologia”
3. A Necessidade da Salvação – A Existência do Pecado
4. Os Elementos Poderosos da Salvação
5. A Natureza da Salvação
5.1 – A Justificação
5.2 – A Santificação
5.3 – A Glorificação
1º) – A IMPORTANCIA DA MATÉRIA
“Se com a tua boca confessares a Jesus
como Senhor,e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dentre os mortos
serás SALVO.” Rm 10.9 (Scofield)
Após
essa confissão maravilhosa que uma pessoa faz quando aceita JESUS CRISTO
como
Senhor e Salvador de sua vida pessoal, ela deveria acima de tudo,
conscientizar-se de
todas
as minudências relativas à DOUTRINA DA SALVAÇÃO – ao estado de salvo – que
inicialmente
provou e que doravante permeará daí por diante toda a sua vida de Cristão.De
fato,
todos
os salvos em Cristo devem tomar conhecimento dessa tão grande e importante
doutrina da
Bíblia
Sagrada.
Inicialmente
vejamos porque é importante
o
estudo dessa matéria Bíblica:
1.1 –
Porque nos dá uma visão global do PLANO DE REDENÇÃO para o decaído e destituído
da
glória
de Deus. Rm 3.23 “Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus”.
1.2 –
Porque mostra como o homem, embora nesse estado, tem condição de aproximar-se
do
Criador,
por Jesus Cristo; Ef 2.13 ”Mas agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis
longe já
pelo
sangue de Cristo chegastes perto”.
1.1 –
Porque passamos a compreender que Deus nos Salvou pela sua preciosissima GRAÇA.
Tt
2.11 “porque a Graça de Deus se há manifestado trazendo salvação a todos os
homens.”
1.2 –
Porque nos mostra que Deus nos elegeu antes da fundação do mundo dentro da sua
eterna
presciência – sua capacidade de antever os fatos mesmo antes de acontecerem. I
Pe 1.2
“Eleitos
segundo a Presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para obediência
e a
aspersão
do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos seja multiplicada” Ef 1.4 “Como
também
nos
elegeu nele antes da fundação do mundo, para que nós fôssemos santos e
irrepreensíveis
diante
dele em caridade”.
1.3 –
Porque nos leva a uma vida cristã autêntica e intrépida no EXERCÍCIO de nossa
responsabilidade.
Isso fala-nos no destemor e segurança, que trás a salvação. Hb 10.19 “Tendo
pois,
irmãos ousadia (Intrepidez) para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus”.
A
SALVAÇÃO é um “dom” de Deus (Ef 2.8-9) porque não dizer, a maior dádiva, o mais
belo
presente, que Deus-Jeova proveu para o homem. Segundo o Apostolo Paulo, é um
“dom
inefável”,
no grego “ANEKDIEGETOS” que significa, “INDIZIVEL”.Na verdade, na questão de
DAR ninguém se equipara a
Deus. Não existe linguagem e vocábulo humano que possa
descrever
o grande presente que Jeová deu ao homem, JESUS CRISTO. – Jo 3.16 “PORQUE
DEUS
AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA QUEDEU O SEU UNIGÊNITO, PARA QUE TODO
AQUELE
QUE NELE CRÊ NÃO PEREÇA, MAS TENHA A VIDA ETERNA”.Aleluia, Desejamos
que
através desse pequeno opúsculo, possamos compreender com maoir profundidade
essa
“tão
grande salvação” – Hb 2.3
5
2º) - O SIGNIFICADO DO TERMO – “SOTERIOLOGIA”
A
palavra SOTERIOLOGIA é a junção de dois vocábulos gregos, SOTERIA que significa
–
SALVAÇÃO
e LOGIA que significa – ESTUDO ou tratado. Portanto “soteriologia” é o ESTUDO
DA
SALVAÇÃO. É o tratado (estudo ou obra desenvolvida acerca de uma ciência)
bíblico a
respeito
da SALVAÇÃO DO MUNDO (homem e universo). É uma parte da Teologia Sistemática
que
trata e Estuda a Doutrina da Salvação.
O
Termo “SOTERIA” é também usado para
designar:
a) –
Segurança – II Tm 1.12b “... porque eu sei em quem tenho crido, estou CERTO de
que é
poderoso
para guardar o meu deposito até aquele dia”. Hb 3.14.
b) –
Salvação Futura – Rm 13.11 “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de
despertarmos,
do sono; Porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando
ACEITAMOS
A FÉ”. Ver também. Lc
21.28 / Hb 9.28 / I Pe 1.5 / Fl 2.12 / Mc 13.13.
c) –
Livramento de um PERIGO IMINENTE (Próximo / Emergente) – Mc 16.16 “Quem crer e
for
batizado
será salvo; mas quem não crer será condenado”.
O
conceito geral, portanto de estar salvo é: ESTAR LIVRE DO PASSADO, PROVANDO
TODAS
AS BENÇÃO DOPRESENTE E LIVRE COMPLETAMENTE DO PERIGO FUTURO
(PROXIMO).
É ESTAR TOTALMENTE SEGURO, FIRME E INABALÁVEL EM
QUALQUERMOMENTO
DA VIDA.
Através
desse estudo, constatamos um grande fato teológico, que é a volta do homem a
Deus,
o qual denominamos de salvação. Entretanto, a Bíblia descreve esse fato com
outras
terminologias,
o que naturalmente, enriquece esse fascinante estudo. Vejamos os terminologias
Bíblica
sobre esse fato teológico, que é Salvação, o retorno do homem ao seu Criador,
restituindo
a comunhão com Ele dantes perdida por causa do pecado:
2.1 –
RESTAURAÇÃO – Isto é uma nova criação. “Assim que se alguém está em Cristo,
NOVA
CRIATURA
é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. II Cor 5.17
2.2 –
FILIAÇÃO – Isto é uma regeneração, um novo nascimento – numa nova família.
“Mas, a
todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que
crêem no
seu
nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade
do
varão,
mas de DEUS”. Jo 1.12-13.
2.3 –
JUSTIFICAÇÃO – Isto é uma absolvição da pena, uma extinção da culpa. “Sendo
pois,
justificados
pela fé temos paz com Deus, por nosso senhor Jesus Cristo” Rm 5.1
2.4 –
RECONCILIAÇÃO – Isto é o reatamento das relações pessoais, antes interrompidas
pela
inimizade
e o estabelecimento da paz duradoura. “Porque se nós, sendo inimigos de Deus,
fomos
reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já
reconciliados,
seremos
salvos pela sua vida” Rm 5.10
2.5 –
SANTIFICAÇÃO – Isto é, uma limpeza completa, Purificação Total (dentro e fora):
“E é o
que
haveis sido lavados, mas haveis si santificados... “ I Cor 6.11
2.6 –
REDENÇÃO – Isto é um resgate, o pagamento de um preço, a remissão de uma
divida.
”Porque
fostes comprados por bom preço; Glorificai a Deus no vosso corpo. E no vosso
Espírito
os
quais pertencem a Deus” I Cor 6.20
6
Graças
a Deus pela Salvação providenciada por Deus-Jeová, para nós outros, mesmo
antes
da fundação do mundo, nos tempos eternos, e pelo “cordeiro que foi morto desde
a
fundação
do mundo” Ap 13.8. Honras e Glórias para todo sempre.
3º) - A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO.
A EXISTÊNCIA DO PECADO
“Porque
todos pecaram e destituídos estão da
Glória de Deus” Rm 3.23.
“quer que todos os homens se salvem, e venham.
Ao conhecimento da verdade” I Tm 2.4
Essas
palavras do Apostolo Paulo, mostram que “todos pecaram”. E isso, inclui, todos
os
homens,
sem exceção; Desde a queda dos nossos pais (ADÃO E EVA) até o ultimo que venha
a
existir,
que nasceram, tem nascido e nascerão debaixo do pecado.”Eis que em iniqüidade
fui
formado
e em pecado me concebeu minha mãe” Salmos 51.2. Jesus, o “ÚNICO CONCEBIDO
SEM
PECADO”. Jo 8.46 / II Cor 5.21 / Hb4.15 / I Pe 2.22. Ele nasceu de uma virgem,
“gerado
pelo
Espírito Santo” Mt 1.20 c. “...Ele salvará o seu povo dos seus pecados” Mt
1.21b
Notemos
então, que a necessidade da SALVAÇÃO, está relacionada com a existência do
pecado.
Isto é, se não houvesse pecado, não haveria necessidade de salvação. Porque
também,
não
haveria, morte física; morte espiritual; envelhecimento; dor; e pranto; etc.
O QUE TRÁS O PECADO
a) –
Morte Física – Rm 5.12
b) –
Morte Espiritual – Rm 3.23 / Ez 18.4 / Ef 2.1
c) –
Separa o homem de Deus – Is 59.2-3
d) –
Afasta o bem – Jr 5.25
e) –
Carga pesada – Sl 38.4
f) –
Escravidão – Is 1.4 / Mt 11.28
g) –
Miséria e Pobreza – Lc 15.17 / Is 57.20
h) –
Cegueira Espiritual –II Cor 4.4
i) –
Inimizade contra Deus – Tg 4.4
j) –
Destruição – Jo 10.10 a
k) –
Confinamento no império das trevas – Cl 1.13
O QUE TRÁS A SALVAÇÃO
a) –
Ressurreição Física – I Cor 15.21
b) –
Ressurreição Espiritual – Rm 6.4
c) –
Aproxima o homem de Deus – Ef 2.13
d) –
Bondade completa – Ef 5.9 / Gl 5.22
e) –
Fardo leve para a vida – Mt 11.30
f) –
Libertação total – Jo 8.32,36
g) –
Graça e Riqueza – Tg 5.20
i) –
Reconciliação – Rm 5.10 (Paz)
j) –
Vida Abundante – Jo 10.10 b
k) –
Transladação para o reino da luz – I Pe 2.9 / Cl 1.13
7
3.1 –
A ORIGEM DO PECADO – O pecado teve a sua origem no céu, com a rebelião de
Lúcifer.
Is
14.13-14. E foi introduzido na terra, pelo Jardim do Éden, quando os nossos
pais, cederam à
tentação
do inimigo. A partir daí o pecado estendeu-se a toda raça humana. Rm 5.12 “Pelo
que,
como
por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte
passou
a todos os homens por isso que todos pecaram”.
Uma
coisa que é fato incontestável, é que, o pecado entrou no Jardim do Éden, a
partir do
momento
que Satanás descobriu a vulnerabilidade, por onde poderia penetrar, e destruir
toda a
comunhão
que o homem tinha com Deus. Vimos que isso sucedeu quando a mulher. Eva,
começou
a dar lugar e conversar com o Diabo. Gn 3. COM O DIABO NÃO SECONVERSA, SE
EXPULSA
PARA BEM LONGE EM NOME DE JESUS CRISTO. Está Escrito: “...em meu Nome
expulsarão
os demônios ...” Mc 16.17
3.2 –
DEFINIÇÃO DE PECADO – A palavra “pecado” vem do grego “HAMARTIA”, QUE
SIGNIFICA:
Errar o alvo; Errar o caminho; Perversidade; Tortuosidade. A correspondência no
hebraico
e “RATAR”. Que significa:Um ato mau praticado contra alguém.Segundo esse
conceito,que
estava atrelado à lei, pecado era: fazer o que a lei proibia,e não fazer o que
ela
permitia
(omissão e comissão). Entendemos também, como pecado, dentro de um conceito
geral,
a prática de tudo que não agrada a Deus.
O que
a Bíblia diz acerca do Pecado:
a) –
Toda iniqüidade é pecado – I Jo 5.17
b)- O
pensamento do tolo é pecado – Pv 24.9
c) –
Tudo o que não é de fé, é pecado – Rm 14.23
d) –
Porque rebelião é como o pecado de feitiçaria – I Sm 15.23
e) –
“e perdoa-nos as nossas dividas...” – Mt 6.12
3.3 - A TRIPLICE AÇÃO DO PECADO
-
SOBRE O CORPO: O pecado como a PRÁTICA DE UM ATO MAU (Jo 8.4-5) ele trás
conseqüências
extremas e visíveis, para a vida do pecador, algo que o marca,”E irou-se Caim
fortemente,
e descaiu-lhe o seu semblante” – Gn 4.5 b. “...E pós o Senhor um sinal em Caim,
para
que não ferisse qualquer que o achasse”.Gn 4.15 b. As expressões
“...Descaiu-lhe o seu
semblante”
e “...um sinal em Caim...”, a meu ver, são conseqüências diretas sobre o
corpo,causadas
pelos efeitos direto do pecado.
-
SOBRE A ALMA: É o aspecto subjetivo; o conceito de Jesus sobre pecado,esta
ligado
diretamente
a esta área, a alma, a “PSYCHE”. Jesus foi mais além, em sua interpretação
sobre
pecado,
configurando-o não somente com um ATO, mas também,como um MAU
PENSAMENTO.
Em Mt 5.28 vemos isso: “Eu, porem vos digo, que qualquer que atentar numa
mulher
para a cobiçar,já em seu coração cometeu adultério com ela”.
-
SOBRE O ESPIRITO: O pecado mortifica o espírito do Pecador. Ef 2.1 “e vos
vivificou,
estando
voes mortos em ofensas e pecados! Ef 5.14 “...Desperta, tu que dormes, e
levanta-te
dentre
os mortos...” O homem sem Jesus, não tem vitalidade em seu espírito, em virtude
do
pecado
está sempre diante de mim”. Gn 4.7 “...e se não fizeres bem, o pecado jaz á
porta...”
O PECADO É:
DO
PONTO DE VISTA SACERDOTAL – Uma sujeira – Zc 4.3 / Jr 2.22
DO
PONTO DE VISTA FAMILIAR – Uma desfiliação – Jo 1.12-13
DO
PONTO DE VISTA ECONOMICO – Uma escravidão – I Jo 3.8 / Jo 8.23
DO
PONTO DE VISTA POSICIONAL – Uma queda - Gn 3 / Sl 56.13
8
DO
PONTO DE VISTA JURIDICO – Uma transgressão – I Jo 3.4
DO
PONTO DE VISTA CRISTIVO- Uma implosão (Explosão para dentro) – destruindo a
imagem
interior.
Gn 1.26-27
3.4 – PECADOS POR COMISSÃO E OMISSÃO
POR
COMISSÃO –Ex 20
_ É
fazer o que Deus proíbe
_ É
praticar ato mau
_ É
dizer sim, ao não de Deus
_
Surge então a REBELIÃO
Deus
diz não – o homem diz sim
POR
OMISSÃO – Tg 4.17
_ É
deixar de fazer o que Deus manda
_ É
deixar de fazer o bem
_ É
dizer não ao sim de Deus
_
Surge então a PRESUNÇÃO
Deus
diz sim – o homem diz não
4º) – OS TRES ELEMENTOS PODEROSOS DA
SALVAÇÃO
“Porque
a GRAÇA de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”
–
Tt
2.11 / At 15.11 / Rm 3.24.
“Mas
com o precioso SANGUE de Cristo, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado”.
I Pe 1.19 / Hb 9.12, 10.19, 9.14
“Porque
pela graça, sois salvos, por meio da FÉ, e isto não vem de vós; é dom de
Deus” –
Ef
2.8 / Rm 5.1 / Hb 11.1,6.
Das
passagens acima, podemos constatar três palavras básicas inseridas em cada
texto,
são
elas: GRAÇA, SANGUE E FÉ. Essas palavras constituem-se nos chamados elementos
poderosos
da salvação em Cristo. São elementos, por assim dizer, que operam em conjunto e
interligados,
no processo de SALVAÇÃO, porque: A GRAÇA é a FONTE; o SANGUE é a BASE;
e a
FÉ é o meio e a CONDIÇÃO para a SALVAÇÃO:
4.1 –
A GRAÇA COMO FONTE DA SALVAÇÃO – Deus intentou salvar o homem dos efeitos e
conseqüências
do pecado. Mas como poderia fazê-lo? Qual o plano e o meio para redimir o
homem?
Foi então que, Deus através de sua GRAÇA elabora o plano de Salvação para o
homem
perdido.
No
grego ‘graça’ é “CHARIS” que significa: ”favor imerecido” “Cuidado ou ajuda
graciosa”
“Benevolência”.
Há dois grandes tesouros inseridos na GRAÇA de Deus – O AMOR e a
MISERICORDIA.
Jo 3.16. A Graça divina é operada pelo seu AMOR e a sua MISERICORDIA.
9
GRAÇA
(fonte da salvação)
AMOR
(força motriz geradora da salvação)
MISERICORDIA
(Força doadora – Compaixão da salvação)
SALVAÇÃO
DADIVA (o dom inefável – o presente recebido imerecidamente)
II
Cor 9.15 / Tg 1.17
A SALVAÇÃO NÃO É:
Não é
por obras meritórias (Catolicismo Romano)
Não é
por reencarnação (Espiritismo Kardecista)
Não é
por regras racionais de bem-viver (Filosofias Orientais)
Não é
por obediências a lei (Legalismo e Adventismo)
É
PELA SUA PRECIOSA GRAÇA QUE SOMOS SALVOS – Aleluia.
4.2 –
O SANGUE DE CRISTO COMO BASE DA SALVAÇÃO – O Sangue de Cristo é a Base da
Salvação.
O Preço pago. É através da obra Vicária e Substitutiva de Cristo no Calvário
que
obtemos
Salvação.
10
A
Salvação é uma obra perfeita, sacrificial e aceitável diante da Justiça Divina.
No calvário
estava
fazendo propiciação “... pelos nossos, pecados, mas também pelos pecados de
todo o
mundo”
I Jo 2.2 “... e sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”. Foi
derramado:
“Pelas nossas transgressões” Is 53.5; ”pelas nossas iniqüidades v.5 “pelas
nossas
transgressões”
Is 53.5; “pelas nossas iniqüidades v. 5 “pela transgressão do meu povo” v. 8
“por
expiação
do pecado” v. 10.
4.3 –
A FÉ COMO MEIO E A CONDIÇÃO PARA A SALVAÇÃO – No livro de Hebreus, relata três
coisas
impossíveis: a 1º) “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” – Hb
9.22;
a 2º) “sem sangue é impossível o acesso a Deus” – Hb 10.19; e a 3º) “sem fé é impossível
aproximar-se
de Deus” Hb 11.6. Portanto, Deus providenciou o plano de restauração e redenção
do
homem, concretizou-o através do Calvário, por Jesus Cristo, deu o Espírito
Santo para
convencimento,
colocou ao nosso alcance, agora, basta Usar o meio, a Fé, para apropriar-se do
Sangue,
a base, a fim de Chegar à fonte – a Graça e obter Salvação em Cristo Jesus.
1) -
Arrependimento
2) -
Conversão
OS 5
PASSOS PARA A 3) - Justificação
SALVAÇÃO
4) - Santificação
5) -
Glorificação
5º) – A NATUREZA DA SALVAÇÃO
5.1 –
Justificação 1. Passado
5.2 –
Santificação SALVOS DO: 2. Presente
5.3 –
Glorificação 3. Futuro
5.1 –
JUSTIFICAÇÃO – o método da Salvação
Rm
5.1 “sendo pois JUSTIFICADOS pela fé, temos paz com Deus”.
No
ato da JUSTIFICAÇÃO,Deus nos deu três garantias:
Sobre
o PASSADO (absolvição da pena do pecado - Rm 8.1)
Sobre
o PRESENTE Sobre o FUTURO (Livre da presença e do corpo
(autoridade
sabre o domínio do pecado) do pecado Rm 8.23 / I Jo3.1-3)
Conceito
Jurídico: Justificação – segundo o conceito jurídico, é DECLARAR JUSTO O
CULPADO;
E inocentar o culpado.A palavra grega no Novo Testamento é “DIKAIOO”, usada nos
julgamentos
para indicar o ato de absolvição do réu, que depois de acusado de culpa é,
finalmente
declarado inocente pelo juiz, que daí por diante será justo para todos os
efeitos.
Conceito
Teologicamente: Justificação – podemos entender que Justificação é O ATO DE
DEUS
TORNAR
JUSTO O PECADOR. A Justificação possibilita ao homem ter novamente paz com
Deus.
Como sabemos, por causa do pecado o homem no principio perdeu, quebrou as boas
relações
que mantinha com Deus, resultando com isso, basicamente em três coisas
desastrosas
e
funestas, com grande conseqüência para o homem:
11
1º)
PASSOUA CULPADO; 2º) PASSOU A CONDENADO; 3º) PASSOUA SEPARADO DE DEUS.
Com a
JUSTIFICAÇÃO, surge então, o relacionamento e a restauração da relação original
que o
homem
mantinha com o Criador, tornando-o portanto, INOCENTE, ABSOLVIDO EM CONDIÇÃO
DE
ACHEGAR-SE A DEUS POR MEIO DE JESUS CRISTO.
Uma
ilustração no sentido espiritual com os seguintes personagens:
O
magistrado: (o juiz) – Deus, que figurando como o aplicado das penas da
Lei,deverá fazê-lo no
grau
máximo que a lei exige, para a condenação do réu. Rm 6.23 / Ez18.4 / Jo 9.1
O
réu: (o homem) – Morto em seus delitos e pecados, sem nenhuma chance de
absolvição. Rm
3.23
/ Ef 2.1
Acusação:
(o diabo) – Arquiinimigo de Deus e acusador do homem Zc 3.4, SOMENTE mancha e
acusa
mais ainda o condenado.
Defesa:
(CRISTO) – O Supremo Advogado dos perdidos, que nunca perde uma causa, requer
ABSOLVIÇÃODO
REU COM BASE NA INIMPUTABILIDADE DO ACUSADO. I Jo 2.1 / Lc 19.10
Tribunal:
(Calvário) – O Local de Julgamento
Sentença:
(universal) – Justificação do réu – Rm 8.33 (Absolvido)
_
BENEFICIOS ESPIRITUAIS DA JUSTIFICAÇÃO
1º)
Paz com deus – Rm 5.1
2º)
Admissão com Filhos – Rm 8.15 (entrada livre na família de Deus, através do
Espírito
Santo)
3º) –
Alegria espiritual – Rm 5.3
4º) –
Paciência – Rm 5.4
5º) –
Esperança – Rm 5.5
6º) –
Amor – Rm 6.6
7º) –
O Espírito Santo – Rm 5.6
8º) –
Reconciliação – Rm 5.10
9º) –
Glorificação – Rm 5.10
5.2 –
SANTIFICAÇÃO – É o processo de limpeza do salvo. I Ts 4.3 “Pois esta é a
vontade de
Deus,
a vossa SANTIFICAÇÃO: que abstenhais da prostituição.
A
Santificação, é o estudo do lado pratico da salvação.
Com a
justificação temos uma mudança de relação perante Deus, isto é, a
RESTAURAÇÃO
das relações interrompidas pelo pecado, enquanto que com a santificação
temos
uma mudança em nosso caráter, isto é, UMA NOVA MANEIRA DE VIVER. I Pe 1.15.
Jesus
prometeu-nos vitória, sobre o MUNDO,o Diabo, e a carne, mas isso, dar-se-á à
medida
que
fomos nos identificando com ELE dia a dia. Assim sendo, teremos a consolidação
gradual da
nossa
vitória em Cristo.
Há
diferença entre: Santificação e Santidade
12
Santificação
é o processo de tornar santo, o ato pelo qual pode-se chegar à santidade;
Santidade
é o estado daquele que é santo. Não podemos falar que temos santidade, mas que
estamos
em processo de Santificação.
A
Santificação não é uma necessidade opcional mas sim, absoluta, porque:
1º)
Fomos chamados para a Santificação – I Ts 4.7 a
2º) O
evangelho é o caminho da Santificação – Is 35.8 a / Jo 17.17
3º)
Cristo deseja a Santificação para nós – Jo 17.17,19 / I Cor 1.30
4º) A
Santificação é fundamental para a adoração – Sl 24.3-4
5º) É
a “via expressa”, a condição de ver a gloria de Deus – Hb 12.14
Há
dois aspectos a serem abordados dentro da Santificação:
1º)
Aspectos Instantâneo (Posicional)
_
REFERE-SE à obra instantânea de santificação e limpeza realizada por Jesus no
momento da
conversão
do pecador.
_ UMA
nova posição, que possibilita ao novo crente ser considerado”santo” em Cristo,
a partir da
conversão.
I Cor 1.30 / Jo 17.19 / I Cor 6.11
2º)
Aspecto Progressivo(Prático)
_REFERE-SE
à obra progressiva que é operada no crente enquanto vive no corpo físico.
_ É o
desenvolvimento da santificação, de forma continua, até a volta de Jesus, ou o
passamento
do crente para a outra vida. Hb 12.14 / Ap 22.11.
Isso
implica, obviamente, em uma rejeição de nossa parte, de tudo que se interpõe ou
venha
a se interpõe em nosso caminho de santificação
A SANTIFICAÇÃO ENVOLVE:
1º)
SEPARAÇÃO – das coisas do mundo – Jo 2.17 / I Pe 1.15
2º)
DEDICAÇÃO – apresentação de todo o nosso se para Deus – Rm 12.1-2
3º)
PURIFICAÇÃO – limpeza de toda imundícia do corpo, alma e do espírito – II Cor
7.1 / Ts 5.23
4º)
SERVIÇO – como instrumento de justiça para e na obra de Deus – Rm 6.13 B.
OS MEIOS DE SANTIFICAÇÃO:
1. O
SANGUE DECRISTO – Hb 9.14
2. A
PALAVRA DE CRISTO – Ef 5.26
3. O
ESPIRITO DECRISTO – Rm 8.9
5.3 –
GLORIFICAÇÃO – Como resultado do SERVIÇO.
Rm
8.18 “Porque para mim tenho por certo, que as aflições deste tempo presente não
são
para
comparar com GLORIA que em nós há de ser revelada”.
A
Glorificação é a recompensa do nosso trabalho. Jr 31.16 / I Cor 15.58.
COMO SERVIR A DEUS:
1)
Com todo coração e com toda a alma – Js 22.5 / Mc 12.30 / II Rs 23.25
2)
Com toda a Integridade – I Sm 12.1-3 / Sl 24.3-4
13
3)
Com toda a Voluntariedade – Sl 51.12 / 116.12
4)
Com toda Imparcialidade – At 20.24 / Sl 100.1-2
5)
Com toda Alegria – At 20.24 / Sl 100.1-2
- O
serviço Cristão exige um sacrifício próprio – Rm 12.1-2:
a)
Crucificação do “EU” – Gl 2.20
b)
Apresentação do corpo – II Cor 12.15 / Rm 6.13 b
c)
Fervura de espírito – Rm 12.11
- O
serviço Cristão em relação à igreja exige submissão. At 21.13 / Rm 1.15
a)
Humildade – Pv 18.12 / 11.2
b)
Dedicação – Rm 12.7
c)
Cuidado e Sabedoria – Rm 12.8 / Tg 3.17
O
serviço Cristão em relação ao Próximo exige
a)
Amor – Rm 12.10
b)
Altruísmo – Rm 12.20-21
c)
Fidelidade e Paciência – Rm 12.17-21
A
recompensa do trabalho dar-se-á, para o cristão, quando do arrebatamento da
igreja,
com
os mortos ressuscitando primeiro e os vivos sendo transformados, a partir daí,
para o
tribunal
de Cristo – onde então, haverá a prestação de contas. I Cor 3.13-15
A
Glorificação é a total e plena consumação da salvação do crente, que esta
completamente
seguro por um plano divino, infalível e poderoso para redimir o homem. A
Salvação
pode ser vista como: um ATO, um FATO e uma CONSUMAÇÃO.
ATO –
Quando aceitamos a Cristo como Salvador;
FATO
– Quando vivemos a realidade da salvação em Cristo;
CONSUMAÇÃO
– Quando formos glorificados. Rm 13.11 / I Jo 3.2
No
futuro será tudo glorioso, em arrebatamento glorioso; - receberemos um corpo
glorioso,
nosso
lar será glorioso; nossas vestes serão gloriosas; nossa cidade será gloriosa;
etc. I Cor 2.9.
“AS
COISAS QUE O OLHO NÃO VUI, E O OUVIDO NÃO OUVIU, ENÃO SUBIRAM AO
CORAÇÃO DO HOMEM, SÃO AS
QUE DEUS PREPAROU PARA OS QUE OS AMAM” – Aleluia
9.HARMATIOLOGIA:
01 - Introdução:
No grego, hamartia? (hamartiologia = doutrina do
pecado). Significa: errar o alvo, fracassar.
Filósofos,
psicólogos, teólogos, cientistas e muitos outros tem-se ocupado com o mistério
da origem do pecado. Os resultados das suas pesquisas diferem muito entre si,
mas a Bíblia nos da uma definição correta
I - A natureza do pecado, perspectiva Bíblica:
1- Inclinação Interior: disposição interior que nos inclina para atos errados. os motivos são tão importantes quanto as ações. jesus usou a mesma veemência para condenar tanto a ira e a cobiça,como também o homicídio e o adultério. Mt 5.21,22,27,28.
" pecado é qualquer falta de
conformidade, ativa ou passiva, com a lei moral de Deus. isso pode ser uma
questão de ato, e pensamento ou disposição ou estado interior". Millard
.J. Erickson.
2 - Pecado é rebelião e desobediência: segundo a Bíblia, todas as pessoas estão em contato com a verdade de Deus, mesmo os gentios, não tendo a revelação especial, tem a lei de Deus escrita no coração. Rm 2.14,15. Adão e Eva rejeitaram a prerrogativa de Deus que era o dizer o que era certo e errado. rebelaram contra a autoridade de Deus. Gn 2.16,17.
3 - Implica incapacidade espiritual: altera nossa condição interior, nosso carater. A imagem de Deus segundo a qual fomos criados, fica deformada. Rm 1.21-31. a mente humana não é adequada para informar corretamente na orientação de nossa conduta. Somente por meio de uma renovação da mente, os indivíduos podem ser restaurados a uma condição espiritual aceitável. Rm 12.2.
4 - O desalojamento de Deus: colocar qualquer coisa no lugar que só pertence a supremacia de Deus. esta afirmação é sustentada tanto no A.T como no N.T. no Decálogo " não terás outros deuses diante de mim" Ex 20.3. a primeira proibição na lei. "amarás, pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração, alma, entendimento e de toda a tua força" Mc 12.30. Jesus afirmou ser o primeiro grande mandamento. a idolatria em qualquer forma, é a essência do pecado.
II - A Fonte do Pecado (causa que produz ao pecado) O
ensino Bíblico:
Somos pecadores por natureza, e estamos sendo influênciados, por forças que nos conduzem a pecarmos. o pecado não é causado por Deus Tg 1.13. "...Deus não pode ser tentado...e a ninguém tenta". "cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado uma vez consumado, gera a morte" Tg 1.14,15. os desejos que todo ser humano possui, a principio, são legítimos.
A satisfação desses desejos é indispensável para a sobrevivência do indivíduo ou da raça humana:
1 - a comida e a bebida, são essenciais porém quando procuradas apenas por prazer e em excesso comete-se o pecado da glutonaria.
2 - o impulso sexual, necessário para a propagação da raça humana e prazer, porém praticado fora do casamento é pecado.
Qualquer satisfação indevida de um desejo
natural é "concupiscência da carne" 1 Jo 2.16. na tentação de Jesus,
Satanás apelou para desejos legítimos, a forma e o cumprimento constituíam o
mal. pecamos por inclinação interior e indução exterior.
III - As Conseqüências do Pecado:
1 - Desfavor Divino: Deus odeia Israel por causa de seus pecados Os 9.15; Jr 12.8, Deus odeia os iníquos. Sl 5.5; 11.5. Deus odeia a iniqüidade Pv 6.16,17; Zc 8.17. os iníquos são descritos como os que odeiam a Deus. Êx 20.5; Dt 7.10, e odeiam os justos. Sl 18.40; 69.4; Pv 29.10. pecar é fazer-se inimigo de Deus Rm 8.7; Cl 1.21. em Tg 4.4 diz: "quem quizer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus".
2 - Desfiguração da Imagem Divina: O homem não perdeu completamente a imagem divina,ainda é considerado uma criatura á imagem,semelhança de Deus. Gn 9.6; Tg 3.9.
3 - Morte: uma das conseqüências mais óbvias do pecado é a morte. Rm 6.23 " o salário do pecado é a morte", Gn 2.17"...no dia em que dela comeres,certamente morrerás". Aspectos ; Morte [1] física. [2] espiritual. [3] morte eterna.
- Física:
Hb 9.27; Rm 2.12. por meio de Adão, o pecado original é o responsável. É
dificil separar as idéias da morte física da espiritual, Gn 3.22 dá-se a
impressão que mesmo após a queda, Adão e Eva poderiam ter vivido para
sempre se tivesse acesso a arvore da vida.
- Espiritual:
Deus sendo santo não tolera o pecado, o pecado faz separação entre Deus e
os homens. Ef 2.1; I Tm 5.6.
- Eterna:
A segunda Morte. Ap 21.8; Jo 5.28,29; II Ts 1.9; Mt 25.41.
Quanto a morte eterna, é porque justamente se dá quando não mais há tempo, ou chance de arrependimento, depois da morte segue-se ao juízo,os que forem condenados para a morte eterna, foi devido a morte espiritual, mas enquanto a porta da graça está aberta ainda há esperança para esses que estão mortos espiritualmente.
10.ESCATOLOGIA:
Escatologia é uma
palavra que no original grego se subdivide em dois termos Eskato Logia.
ESKATOS = Significa "Último"
LOGIA = Significa "Estudo"
Portanto ESCATOLOGIA significa "Estudo das Últimas Coisas" ou "Estudo das Coisas Futuras".
DENTRO DESTE TEMA ESTUDAREMOS :
O tempo da vinda de Jesus Cristo
A segunda vinda de Jesus Cristo
A grande tribulação
O milênio
O juízo final
________________________________________
O TEMPO DA VINDA DE JESUS CRISTO
Tentativas houveram para determinar a data da vinda de Cristo, mas em nenhuma delas o Senhor veio na hora marcada pelos homens.
E destacou que o tempo exato da sua vinda está oculto em Deus. Mateus 24 : 36 - 44.
Daremos a seguir uma visão geral sobre o tempo da sua vinda.
I OS SINAIS QUE PRECEDERÃO A SUA VINDA
Falsos Cristos Mateus 24 : 5 Porque muitos virão e meu nome, dizendo : Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
Guerras Mateus 24 : 6 E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis,...
I Guerra Mundial - 8 milhões morreram
- 15 milhões mutilados
II Guerra Mundial - 55 milhões morreram
Fome Mateus 24 : 7 ... haverá fomes,...
Milhares de pessoas morrem [de fome] diariamente no mundo.
Pestes Mateus 24 : 7 ... e pestes ...
Câncer, Cólera, Aids e outras.
Terremotos Mateus 24 : 7 ... e terremotos em vários lugares..
1985: 8.000 mortos no México
1988: 25.000 mortos na Armênia
1990: 35.000 mortos no Irã
1993: 30.000 mortos na Índia
Multiplicação dos pecados Mateus 24 : 12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
Proliferação do ocultismo I Timóteo 4 : 1 ... dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.
Decadência moral II Timóteo 3 : 1 - 2 ... que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,...
Ciência avançada Naum 2 : 4 Os carros se enfurecerão nas praças, chocar-se-ão pelas ruas; o seu parecer é como o de tochas, correrão como relâmpagos.
II CONFIRMAÇÕES BÍBLICAS DA SUA VINDA
Do próprio Jesus Mateus 24 : 27
Dos apóstolos I João 2 : 28
Dos profetas Isaías 60 : 1 - 2
Dos anjos Atos 1 : 10 - 11
________________________________________
A SEGUNDA VINDA DE JESUS
A segunda vinda de Jesus será dividida em duas fases :
1a Fase ARREBATAMENTO DA IGREJA
2a Fase A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
1a FASE ARREBATAMENTO DA IGREJA
O termo arrebatar significa "Tirar com violência"
A ASPECTOS GERAIS
- Será ante a última trombeta I Cor. 15 : 52 ... ante a última trombeta; porque a trombeta soará,...
- Será muito rápido Mat. 24 : 27 Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim também a vinda do Filho do Homem.
- Cristo virá até as nuvens Atos 1 : 9 - 11 ... vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu... Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir.
I Tes. 4 : 17 ... seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens,...
- Ocorrerá a ressurreição da vida João 5 : 29
Os mortos ressuscitarão primeiro I Tes. 4 : 16 ... e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Trará consigo os seus I Tes. 4:14 ... assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele.
- Ocorrerá a transformação do corpo I Cor. 15 : 52 - 55 ... e os mortos ressuscitarão incorruptível, e nós seremos transformados.
"O que será que os salvos verão quando forem arrebatados ?"
B O QUE ACONTECERÁ COM A IGREJA APÓS O ARREBATAMENTO ?
1 O TRIBUNAL DE CRISTO
II Cor. 5 : 10 Porque todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal
Este julgamento não foi estabelecido para determinar se as pessoas que diante dEle comparecerem são culpadas ou inocentes, isto é, salvas ou perdidas, uma vez que já foram arrebatadas. Agora trata-se da questão de recompensa.
Cristo irá galardoar os seus Apoc. 22 : 12 ... e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.
As obras serão provadas I Cor. 3 : 13 A obra de cada uma se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE OBRAS
Ouro - Justiça , Pureza
Prata - Perdão
Pedras preciosas - solidez
Madeira - Humanidade
Feno - Alimento fraco
Palha - Muito volume
"Como estamos construindo o nosso edifício espiritual ?"
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE GALARDÕES
Coroa incorruptível I Cor. 9 : 25 E todo aquele que de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar um coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.
Reservada aos que tem autodomínio
Coroa da vida Apoc. 2 : 10 ... sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Reservada aos mártires e sofredores
Coroa de glória I Pe. 5 : 3 - 4 Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançarei a incorruptível coroa de glória.
Reservada aos ministros que presidem com fidelidade
Coroa de justiça II Tim. 4 : 8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que amarem a sua vinda.
Reservada aos que amam a sua vinda
Pedra branca Apoc. 2 : 17 ... Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca,...
Utilizadas nos julgamentos
Utilizada por pessoas especiais
Utilizadas pelos vencedores
2 AS BODAS DO CORDEIRO
Este glorioso evento terá seu inicio tão logo termine o Tribunal de Cristo.
As Bodas do Cordeiro será o enlace matrimonial entre Cristo e a Igreja.
Será a sua abertura com louvor Apoc. 19 : 7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos - lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro,...
A esposa estará preparada Apoc. 19 : 8 ... e já a sua esposa se aprontou
Será celebrada a Ceia do Senhor Apoc. 19 : 9 ... Bem-aventurado aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
Cristo mesmo servirá à mesa Lucas 12 : 37 ... Em Verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar `a mesa, e, chegando-se, os servirá.
Os crentes do V. T. participarão desta festa Mat. 8 : 11 ... e assentar-se-ão `a mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus.
OBS. Os mártires da Grande Tribulação não participarão desta festa.
2a FASE A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
É a sua revelação ou manifestação pessoal em glória, majestade e poder às nações da terra.
Esta revelação se dará tão logo termine as Bodas do Cordeiro. Apoc. 19 : 11 - 16
Sua vinda se dará lentamente Mat. 24 : 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
Todo olho o verá Apoc. 1 : 7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,...
Virá acompanhado da esposa
Jd. 14 ... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.
Apoc. 19 : 14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.
Virá acompanhado pelos anjos Mat. 25 : 31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se assentarão no trono da sua glória.
Haverá convulsões na terra Mat. 24:29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol se escurecerá, e a lua não dará mais a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Descerá sobre o Monte das Oliveiras Zac. 14 : 4 E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras,...
O povo Judeu será libertado Zac. 14 : 4 - 5 ... e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio,... e fugireis pelo vale dos meus montes.
Será o fim da Grande Tribulação Apoc. 20 : 2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, eu é o diabo e satanás, e amarrou-o por mil anos.
A ressurreição dos mártires da grande tribulação Apoc. 20:4 ... e vi as almas daqueles que foram degolados pelos testemunhos de Jesus, e pela Palavra de Deus...
Implantará o reino milenial Apoc. 19 : 15
________________________________________
A GRANDE TRIBULAÇÃO
Enquanto a Igreja se regozija no céu, a terra é sacudida por grandes catástrofes, as quais resultam dos juízos de Deus. A Grande Tribulação iniciar-se-á tão logo ocorra o arrebatamento da igreja.
A terra entrará em pânico total com a desaparição dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais, trazendo uma falsa paz.
Este período de Grande Tribulação é o cumprimento literal da última semana de Daniel. (70aSemana) Daniel 9 : 24 - 27. Será após o Arrebatamento da Igreja. II Tes. 2 : 6 - 7
A DURAÇÃO DESTE PERÍODO SERÁ DE SETE ANOS DIVIDIDOS EM DUAS ETAPAS.
3 anos e meio de falsa paz.
3 anos e meio de grande tribulação
Apoc. 13 : 5 ... e deu-se lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.
Ler Daniel 19 : 24 - 27
Será o grande dia da ira de Deus Apoc. 6 : 16 - 17, Sofonias 1 : 14 - 18
Reino do Anti-Cristo II Tes. 2 : 3 Ninguém de maneira nenhuma vos engane, porquê não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.
As duas Bestas.
A que subiu do mar. Apoc. 13 : 7 : 10 Significa um dirigente político.
A que subiu da terra. Apoc. 13 : 11 - 18 Significa um dirigente religioso.
Conhecido como falso profeta. Apoc. 19 : 20
OS SETE SELOS
PRIMEIRO SELO CAVALO BRANCO Apoc. 6 : 1 - 2
Cavalo Branco significa falsa paz
Como conseguirá implantar esta paz ?
Resolvendo o problema do Arrebatamento
Resolvendo o problema sócio - político
Ler Apoc. 6 : 7 - 12
SEGUNDO SELO CAVALO VERMELHO Apoc. 6 : 3 - 4
Cavalo Vermelho significa guerra
Inicio da segunda etapa da Grande Tribulação. Apoc 12 : 12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.
TERCEIRO SELO CAVALO PRETO Apoc. 6 : 5 - 6
Cavalo Preto significa dificuldade e fome.
Balança significa controle.
Começa a escassez de alimento. Apoc. 13 : 16 - 17
QUARTO SELO CAVALO AMARELO Apoc. 6 : 7 - 8
Cavalo Amarelo significa doença e morte.
QUINTO SELO OS MÁRTIRES Apoc. 6 : 9 - 11
A visão dos mártires da Grande Tribulação.
São aqueles que não receberão o sinal da besta.
SEXTO SELO A VINDA DE JESUS Apoc. 6 : 12 - 17
A vinda do Senhor em glória.
SÉTIMO SELO AS TROMBETAS Apoc. 8 : 1 - 2
O soar das sete trombetas
AS SETE TROMBETAS
PRIMEIRA TROMBETA Apoc. 8 : 7
1/3 dos alimentos são destruídos
Começa a fome sobre a terra Apoc. 6 : 6
SEGUNDA TROMBETA Apoc. 8 : 8 - 9
1/3 das águas dos mares apodrecem
1/3 das criaturas marítimas morrem
1/3 dos navios e embarcações naufragam
TERCEIRA TROMBETA Apoc. 8 : 10 - 11
1/3 das águas doce apodrecem
A sede se intensifica mais Isaías 19 : 5 - 8
Comparar com Êxodo 7 : 20, 24
QUARTA TROMBETA Apoc. 8 : 12 - 13
Sol, lua e estrelas escurecerão
Serão dias sombrios, úmidos e nublados, Lucas 21 : 25 - 26
"Ai ! Ai ! dos que habitam sobre a terra..."
QUINTA TROMBETA Apoc. 9 : 1 - 6
Começa a ira de Deus sobre os homens
O abismo é aberto e soltos os demônios Lucas 8 : 31
Os homens que tiverem o sinal da besta serão possessos.
Não haverá morte por cinco meses.
SEXTA TROMBETA Apoc. 9 : 14 - 16
São chefes de 200 milhões de demônios
SÉTIMA TROMBETA Apoc. 11 : 15
Esta trombeta se refere ao milênio
AS SETE TAÇAS
PRIMEIRA TAÇA Apoc. 16 : 1 - 2
Chaga má e maligna, será uma epidemia mundial.
Comparar com Êxodo 9 : 9 e Jó 2 : 7
Esta praga afetará quem tem o sinal da besta
SEGUNDA TAÇA Apoc. 16 : 3
Toda água apodrecerá.
Todas as criaturas aquáticas morrerão.
Com a 2a trombeta somente 1/3 das águas apodrecerão.
O odor da podridão dos mares será insuportável.
TERCEIRA TAÇA Apoc. 16 : 4
Toda água potável se contaminará
As criaturas aquáticas morrerão
Com a 3a trombeta 1/3 das águas apodrecerão.
Leiamos Isaías 19 : 5 - 8
QUARTA TAÇA Apoc. 16 : 8 - 9
Calor intenso.
Obs. A falta de alimento, as úlceras, o mal cheiro, o sol causticante, os homens possessos.
"Serão homens normais"
QUINTA TAÇA Apoc. 16 : 10 - 11
Dores insuportáveis.
SEXTA TAÇA Apoc. 16 : 12 - 16
Preparação para o Armagedom.
SÉTIMA TAÇA Apoc. 16 : 17 - 21
A vinda do Senhor em glória.
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O MILÊNIO
Após a Grande Tribulação, Cristo voltará em glória, pousará seus pés sobre o Monte das Oliveiras, e assim iniciará o Reino Milenar.
ASPECTOS GERAIS
Quem viverá no milênio ?
Cristo reinará sobre o mundo. Apoc. 11 : 15, Zac. 14 : 9
Satanás será preso por mil anos. Apoc. 20 : 1 - 2
Cristo será reconhecido como Rei dos reis. Apoc. 19 : 16
Será um reinado de paz.
Os armamento serão destruídos Ezeq. 39 : 9 - 10
Algumas armas serão transformadas [em instrumentos pacíficos]. Isaías 2 : 4, Miq. 4 : 3 - 4
Jerusalém será a capital do reino. Isaías 2 : 2 - 3
Haverá o julgamento das nações. Mat. 25 : 31 - 32
Conforme o tratamento que deram a Israel. Joel 3 : 2
O grande enterro dos mortos. Ezeq. 39 : 11 - 15
Os homens serão poucos no início. Isaías 13 : 12
A maldição da terra será tirada. Isaías 29 : 17
O mar morto terá vida. Ezeq. 36 : 29 - 30, 47 : 9 - 10
Não haverá doenças. Isaías 29 : 17 - 19, 35 : 5 - 6
A idade será prolongada. Isaías 65 : 19 - 20
A morte será em pequena escala. Isaías 65 : 20
Todos conhecerão a Cristo. Mat. 24 : 14, Isaías 11 : 9
Haverá salvação no milênio. Isaías 65 : 23 - 24
Não haverá mais crises. Isaías 65 : 21 - 23
As nações adorarão ao Senhor anualmente. Zac. 14 : 16 - 19
Os animais serão dóceis. Isaías 11 : 6 - 9
O sol brilhará mais. Isaías 30 : 26
A lua será como o sol. Isaías 24 : 23
Israel receberá Jesus como messias. Zac. 12 : 10 - 11, 13 : 6
Israel possuirá toda a terra prometida. Gên. 15:8, 17:7 - 8
Israel será reconhecido como cabeça. Zac. 8 : 23
No final satanás será solto. Apoc. 20 : 7 - 9
Enganará as nações.
Será lançado no lago de fogo. Apoc. 20 : 10
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O JUÍZO FINAL
A cena do Juízo Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa.
A idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça de todos que estão a sua frente.
Os termos usados para descrever o Trono "Grande e Branco" salienta a Soberania e Santidade.
ASPECTOS GERAIS
Cristo será o Juiz. Atos 17 : 31
A esposa o auxiliará. I Cor. 6 : 2
Quem será julgado ?
Os mortos Apoc. 20 : 12 - 13
Os anjos caídos. I Cor. 6 : 3
Como será o julgamento ?
Conforme as obras. Rom. 2 : 5 - 7
Baseado no que foi escrito. Apoc. 20 : 12
ESKATOS = Significa "Último"
LOGIA = Significa "Estudo"
Portanto ESCATOLOGIA significa "Estudo das Últimas Coisas" ou "Estudo das Coisas Futuras".
DENTRO DESTE TEMA ESTUDAREMOS :
O tempo da vinda de Jesus Cristo
A segunda vinda de Jesus Cristo
A grande tribulação
O milênio
O juízo final
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O TEMPO DA VINDA DE JESUS CRISTO
Tentativas houveram para determinar a data da vinda de Cristo, mas em nenhuma delas o Senhor veio na hora marcada pelos homens.
E destacou que o tempo exato da sua vinda está oculto em Deus. Mateus 24 : 36 - 44.
Daremos a seguir uma visão geral sobre o tempo da sua vinda.
I OS SINAIS QUE PRECEDERÃO A SUA VINDA
Falsos Cristos Mateus 24 : 5 Porque muitos virão e meu nome, dizendo : Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
Guerras Mateus 24 : 6 E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis,...
I Guerra Mundial - 8 milhões morreram
- 15 milhões mutilados
II Guerra Mundial - 55 milhões morreram
Fome Mateus 24 : 7 ... haverá fomes,...
Milhares de pessoas morrem [de fome] diariamente no mundo.
Pestes Mateus 24 : 7 ... e pestes ...
Câncer, Cólera, Aids e outras.
Terremotos Mateus 24 : 7 ... e terremotos em vários lugares..
1985: 8.000 mortos no México
1988: 25.000 mortos na Armênia
1990: 35.000 mortos no Irã
1993: 30.000 mortos na Índia
Multiplicação dos pecados Mateus 24 : 12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
Proliferação do ocultismo I Timóteo 4 : 1 ... dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.
Decadência moral II Timóteo 3 : 1 - 2 ... que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,...
Ciência avançada Naum 2 : 4 Os carros se enfurecerão nas praças, chocar-se-ão pelas ruas; o seu parecer é como o de tochas, correrão como relâmpagos.
II CONFIRMAÇÕES BÍBLICAS DA SUA VINDA
Do próprio Jesus Mateus 24 : 27
Dos apóstolos I João 2 : 28
Dos profetas Isaías 60 : 1 - 2
Dos anjos Atos 1 : 10 - 11
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A SEGUNDA VINDA DE JESUS
A segunda vinda de Jesus será dividida em duas fases :
1a Fase ARREBATAMENTO DA IGREJA
2a Fase A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
1a FASE ARREBATAMENTO DA IGREJA
O termo arrebatar significa "Tirar com violência"
A ASPECTOS GERAIS
- Será ante a última trombeta I Cor. 15 : 52 ... ante a última trombeta; porque a trombeta soará,...
- Será muito rápido Mat. 24 : 27 Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim também a vinda do Filho do Homem.
- Cristo virá até as nuvens Atos 1 : 9 - 11 ... vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu... Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir.
I Tes. 4 : 17 ... seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens,...
- Ocorrerá a ressurreição da vida João 5 : 29
Os mortos ressuscitarão primeiro I Tes. 4 : 16 ... e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Trará consigo os seus I Tes. 4:14 ... assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele.
- Ocorrerá a transformação do corpo I Cor. 15 : 52 - 55 ... e os mortos ressuscitarão incorruptível, e nós seremos transformados.
"O que será que os salvos verão quando forem arrebatados ?"
B O QUE ACONTECERÁ COM A IGREJA APÓS O ARREBATAMENTO ?
1 O TRIBUNAL DE CRISTO
II Cor. 5 : 10 Porque todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal
Este julgamento não foi estabelecido para determinar se as pessoas que diante dEle comparecerem são culpadas ou inocentes, isto é, salvas ou perdidas, uma vez que já foram arrebatadas. Agora trata-se da questão de recompensa.
Cristo irá galardoar os seus Apoc. 22 : 12 ... e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.
As obras serão provadas I Cor. 3 : 13 A obra de cada uma se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE OBRAS
Ouro - Justiça , Pureza
Prata - Perdão
Pedras preciosas - solidez
Madeira - Humanidade
Feno - Alimento fraco
Palha - Muito volume
"Como estamos construindo o nosso edifício espiritual ?"
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE GALARDÕES
Coroa incorruptível I Cor. 9 : 25 E todo aquele que de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar um coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.
Reservada aos que tem autodomínio
Coroa da vida Apoc. 2 : 10 ... sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Reservada aos mártires e sofredores
Coroa de glória I Pe. 5 : 3 - 4 Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançarei a incorruptível coroa de glória.
Reservada aos ministros que presidem com fidelidade
Coroa de justiça II Tim. 4 : 8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que amarem a sua vinda.
Reservada aos que amam a sua vinda
Pedra branca Apoc. 2 : 17 ... Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca,...
Utilizadas nos julgamentos
Utilizada por pessoas especiais
Utilizadas pelos vencedores
2 AS BODAS DO CORDEIRO
Este glorioso evento terá seu inicio tão logo termine o Tribunal de Cristo.
As Bodas do Cordeiro será o enlace matrimonial entre Cristo e a Igreja.
Será a sua abertura com louvor Apoc. 19 : 7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos - lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro,...
A esposa estará preparada Apoc. 19 : 8 ... e já a sua esposa se aprontou
Será celebrada a Ceia do Senhor Apoc. 19 : 9 ... Bem-aventurado aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
Cristo mesmo servirá à mesa Lucas 12 : 37 ... Em Verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar `a mesa, e, chegando-se, os servirá.
Os crentes do V. T. participarão desta festa Mat. 8 : 11 ... e assentar-se-ão `a mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus.
OBS. Os mártires da Grande Tribulação não participarão desta festa.
2a FASE A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
É a sua revelação ou manifestação pessoal em glória, majestade e poder às nações da terra.
Esta revelação se dará tão logo termine as Bodas do Cordeiro. Apoc. 19 : 11 - 16
Sua vinda se dará lentamente Mat. 24 : 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
Todo olho o verá Apoc. 1 : 7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,...
Virá acompanhado da esposa
Jd. 14 ... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.
Apoc. 19 : 14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.
Virá acompanhado pelos anjos Mat. 25 : 31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se assentarão no trono da sua glória.
Haverá convulsões na terra Mat. 24:29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol se escurecerá, e a lua não dará mais a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Descerá sobre o Monte das Oliveiras Zac. 14 : 4 E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras,...
O povo Judeu será libertado Zac. 14 : 4 - 5 ... e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio,... e fugireis pelo vale dos meus montes.
Será o fim da Grande Tribulação Apoc. 20 : 2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, eu é o diabo e satanás, e amarrou-o por mil anos.
A ressurreição dos mártires da grande tribulação Apoc. 20:4 ... e vi as almas daqueles que foram degolados pelos testemunhos de Jesus, e pela Palavra de Deus...
Implantará o reino milenial Apoc. 19 : 15
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A GRANDE TRIBULAÇÃO
Enquanto a Igreja se regozija no céu, a terra é sacudida por grandes catástrofes, as quais resultam dos juízos de Deus. A Grande Tribulação iniciar-se-á tão logo ocorra o arrebatamento da igreja.
A terra entrará em pânico total com a desaparição dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais, trazendo uma falsa paz.
Este período de Grande Tribulação é o cumprimento literal da última semana de Daniel. (70aSemana) Daniel 9 : 24 - 27. Será após o Arrebatamento da Igreja. II Tes. 2 : 6 - 7
A DURAÇÃO DESTE PERÍODO SERÁ DE SETE ANOS DIVIDIDOS EM DUAS ETAPAS.
3 anos e meio de falsa paz.
3 anos e meio de grande tribulação
Apoc. 13 : 5 ... e deu-se lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.
Ler Daniel 19 : 24 - 27
Será o grande dia da ira de Deus Apoc. 6 : 16 - 17, Sofonias 1 : 14 - 18
Reino do Anti-Cristo II Tes. 2 : 3 Ninguém de maneira nenhuma vos engane, porquê não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.
As duas Bestas.
A que subiu do mar. Apoc. 13 : 7 : 10 Significa um dirigente político.
A que subiu da terra. Apoc. 13 : 11 - 18 Significa um dirigente religioso.
Conhecido como falso profeta. Apoc. 19 : 20
OS SETE SELOS
PRIMEIRO SELO CAVALO BRANCO Apoc. 6 : 1 - 2
Cavalo Branco significa falsa paz
Como conseguirá implantar esta paz ?
Resolvendo o problema do Arrebatamento
Resolvendo o problema sócio - político
Ler Apoc. 6 : 7 - 12
SEGUNDO SELO CAVALO VERMELHO Apoc. 6 : 3 - 4
Cavalo Vermelho significa guerra
Inicio da segunda etapa da Grande Tribulação. Apoc 12 : 12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.
TERCEIRO SELO CAVALO PRETO Apoc. 6 : 5 - 6
Cavalo Preto significa dificuldade e fome.
Balança significa controle.
Começa a escassez de alimento. Apoc. 13 : 16 - 17
QUARTO SELO CAVALO AMARELO Apoc. 6 : 7 - 8
Cavalo Amarelo significa doença e morte.
QUINTO SELO OS MÁRTIRES Apoc. 6 : 9 - 11
A visão dos mártires da Grande Tribulação.
São aqueles que não receberão o sinal da besta.
SEXTO SELO A VINDA DE JESUS Apoc. 6 : 12 - 17
A vinda do Senhor em glória.
SÉTIMO SELO AS TROMBETAS Apoc. 8 : 1 - 2
O soar das sete trombetas
AS SETE TROMBETAS
PRIMEIRA TROMBETA Apoc. 8 : 7
1/3 dos alimentos são destruídos
Começa a fome sobre a terra Apoc. 6 : 6
SEGUNDA TROMBETA Apoc. 8 : 8 - 9
1/3 das águas dos mares apodrecem
1/3 das criaturas marítimas morrem
1/3 dos navios e embarcações naufragam
TERCEIRA TROMBETA Apoc. 8 : 10 - 11
1/3 das águas doce apodrecem
A sede se intensifica mais Isaías 19 : 5 - 8
Comparar com Êxodo 7 : 20, 24
QUARTA TROMBETA Apoc. 8 : 12 - 13
Sol, lua e estrelas escurecerão
Serão dias sombrios, úmidos e nublados, Lucas 21 : 25 - 26
"Ai ! Ai ! dos que habitam sobre a terra..."
QUINTA TROMBETA Apoc. 9 : 1 - 6
Começa a ira de Deus sobre os homens
O abismo é aberto e soltos os demônios Lucas 8 : 31
Os homens que tiverem o sinal da besta serão possessos.
Não haverá morte por cinco meses.
SEXTA TROMBETA Apoc. 9 : 14 - 16
São chefes de 200 milhões de demônios
SÉTIMA TROMBETA Apoc. 11 : 15
Esta trombeta se refere ao milênio
AS SETE TAÇAS
PRIMEIRA TAÇA Apoc. 16 : 1 - 2
Chaga má e maligna, será uma epidemia mundial.
Comparar com Êxodo 9 : 9 e Jó 2 : 7
Esta praga afetará quem tem o sinal da besta
SEGUNDA TAÇA Apoc. 16 : 3
Toda água apodrecerá.
Todas as criaturas aquáticas morrerão.
Com a 2a trombeta somente 1/3 das águas apodrecerão.
O odor da podridão dos mares será insuportável.
TERCEIRA TAÇA Apoc. 16 : 4
Toda água potável se contaminará
As criaturas aquáticas morrerão
Com a 3a trombeta 1/3 das águas apodrecerão.
Leiamos Isaías 19 : 5 - 8
QUARTA TAÇA Apoc. 16 : 8 - 9
Calor intenso.
Obs. A falta de alimento, as úlceras, o mal cheiro, o sol causticante, os homens possessos.
"Serão homens normais"
QUINTA TAÇA Apoc. 16 : 10 - 11
Dores insuportáveis.
SEXTA TAÇA Apoc. 16 : 12 - 16
Preparação para o Armagedom.
SÉTIMA TAÇA Apoc. 16 : 17 - 21
A vinda do Senhor em glória.
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O MILÊNIO
Após a Grande Tribulação, Cristo voltará em glória, pousará seus pés sobre o Monte das Oliveiras, e assim iniciará o Reino Milenar.
ASPECTOS GERAIS
Quem viverá no milênio ?
Cristo reinará sobre o mundo. Apoc. 11 : 15, Zac. 14 : 9
Satanás será preso por mil anos. Apoc. 20 : 1 - 2
Cristo será reconhecido como Rei dos reis. Apoc. 19 : 16
Será um reinado de paz.
Os armamento serão destruídos Ezeq. 39 : 9 - 10
Algumas armas serão transformadas [em instrumentos pacíficos]. Isaías 2 : 4, Miq. 4 : 3 - 4
Jerusalém será a capital do reino. Isaías 2 : 2 - 3
Haverá o julgamento das nações. Mat. 25 : 31 - 32
Conforme o tratamento que deram a Israel. Joel 3 : 2
O grande enterro dos mortos. Ezeq. 39 : 11 - 15
Os homens serão poucos no início. Isaías 13 : 12
A maldição da terra será tirada. Isaías 29 : 17
O mar morto terá vida. Ezeq. 36 : 29 - 30, 47 : 9 - 10
Não haverá doenças. Isaías 29 : 17 - 19, 35 : 5 - 6
A idade será prolongada. Isaías 65 : 19 - 20
A morte será em pequena escala. Isaías 65 : 20
Todos conhecerão a Cristo. Mat. 24 : 14, Isaías 11 : 9
Haverá salvação no milênio. Isaías 65 : 23 - 24
Não haverá mais crises. Isaías 65 : 21 - 23
As nações adorarão ao Senhor anualmente. Zac. 14 : 16 - 19
Os animais serão dóceis. Isaías 11 : 6 - 9
O sol brilhará mais. Isaías 30 : 26
A lua será como o sol. Isaías 24 : 23
Israel receberá Jesus como messias. Zac. 12 : 10 - 11, 13 : 6
Israel possuirá toda a terra prometida. Gên. 15:8, 17:7 - 8
Israel será reconhecido como cabeça. Zac. 8 : 23
No final satanás será solto. Apoc. 20 : 7 - 9
Enganará as nações.
Será lançado no lago de fogo. Apoc. 20 : 10
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O JUÍZO FINAL
A cena do Juízo Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa.
A idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça de todos que estão a sua frente.
Os termos usados para descrever o Trono "Grande e Branco" salienta a Soberania e Santidade.
ASPECTOS GERAIS
Cristo será o Juiz. Atos 17 : 31
A esposa o auxiliará. I Cor. 6 : 2
Quem será julgado ?
Os mortos Apoc. 20 : 12 - 13
Os anjos caídos. I Cor. 6 : 3
Como será o julgamento ?
Conforme as obras. Rom. 2 : 5 - 7
Baseado no que foi escrito. Apoc. 20 : 12
Editado e postado por: Pastor Oséias Batista 30/10/2012.